A globalização trouxe inúmeros
benefícios ao homem. Atualmente, com extrema facilidade, temos acesso a outras
culturas e a informações sobre tudo o que está acontecendo em todo o planeta.
Uma quantidade demasiada de informações é despejada sobre nós cotidianamente.
Temos acesso a muitas realidades e, consequentemente, corremos o risco de
acabar sufocados em meio a toda essa diversidade.
A vida nos apresenta uma
multiplicidade de oportunidades. Através da tecnologia tudo se tornou mais rápido
e fácil e temos a possibilidade de realizar muitas coisas ao mesmo tempo.
Porém, mesmo em meio a muitas possibilidades, para ser feliz, o homem precisa
escolher a melhor forma para consumir o seu tempo.
Há quem passa horas navegando e
conhecendo, superficialmente, muitas pessoas pela Internet, mas não consegue
gastar 30 minutos com alguém que lhe é realmente importante, para que possa se
aprofundar nesse relacionamento real. Pois prefere o descompromisso e a
irrealidade do relacionamento virtual, que não exige nada, e que, muitas vezes,
possibilita a informalidade e a ilusão.
Há quem gaste horas e até dias com
amigos, em farras e bebedeiras, mas não tem a capacidade de gastá-las com a
família. Há quem tenha tempo para ir ao
“Shopping Center”, ao clube, ao bar, mas não tem tempo para ir à Santa Missa.
Há mulheres que ficam o dia inteiro no salão de beleza, mas não param para
escutar o marido. Assim como há pais que estão perdendo os filhos, porque nunca
tiveram tempo para escutar suas “tolas experiências”…
Não existe relacionamento sem
diálogo, família sem presença, felicidade sem prioridade.
É muito triste para o homem, no fim
de sua vida, perceber que desperdiçou tempo demais com o supérfluo e desprezou
aquilo e aqueles que eram essenciais.
Há quem se prenda aos erros, deixando
de valorizar a pessoa que está por trás destes. Cargos passam, filhos crescem,
pessoas adoecem, despedidas acontecem, o tempo passa… e, um dia, a vida se
ausenta.
É feliz quem compreende que pessoas
têm mais valor do que coisas; que família é presente de Deus e amizade é uma
arte que torna a vida mais bonita.
Amar é escolher o essencial; é dizer
o que se deve; é escutar a quem se deve escutar; é estar ao lado de quem
necessita de nossa presença; fazer o que é preciso.
Pode ser que para você, hoje, o
essencial seja perdoar ou pedir perdão. Pode ser que seja estar em sua casa
como os seus, não sei… O que sei é que a vida é bela para quem sabe
priorizá-la, e que é no agora que temos a possibilidade de reescrever nossa
história, mudando a direção em que empregamos nosso tempo e nossas energias.
Quem ama consegue encontrar tempo
para aquilo e para aqueles que realmente são importantes. Quem ama sabe priorizar.
A virtude mora na escolha… certa, é
claro. Amar é escolher o essencial.
Padre Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova
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