Existe um Deus
que me chama.
Nunca ouvi a sua
voz;
nunca jamais lhe
vi a face;
não vejo nunca
seus olhos,
nem tampouco as
suas mãos.
Mas
há um Deus que me chama. Sinto isso quase todos os dias, às vezes de manhã, às
vezes de tarde, às vezes a noite, às vezes o dia inteiro, por vezes durante
semanas. Depois ele silencia. Mas,quando penso que está tudo terminado, de
repente ele volta.
E
torno a me sentir chamado, sem jamais ouvir a sua voz, sem nunca jamais lhe ver
a face, sem contemplar jamais aqueles olhos, e sem querer saber se ele
gesticula.
Nunca
o vi. Tenho dele uma pálida ideia; imagem, nenhuma! Sei que não se parece com
nada, e que nada se parece com ele; sei que não fala como nós, não ouve como
nós, não enxerga como nós, não gesticula nem age como nós. Mas sinto-o
presente, chamando, chamando, chamando... A
dizer que sou todo seu.
Pe.
Zezinho, scj
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