O texto abaixo foi publicado originalmente no blog gocarnaubadosdantasrcc.blogspot.com.br. Minha humilde contribuição para as reflexões marianas postadas pelo blog da Renovação Carismática Católica Carnaubense:
“O lugar do
meu refúgio é o teu colo, onde eu posso me deitar e ser amada...” Este foi o
tema que o Senhor escolheu para mim, para que eu pudesse falar com você sobre
Maria. Antes de tudo, gostaria que você compreendesse que este não é somente um
artigo, é também um testemunho de vida.
Eu quero
começar falando de uma criança que aos seis anos de idade, sem nada
compreender, viu sua mãe sendo tirada do seu convívio. Assim inicia a minha
história com Maria. Cresci sem a presença da figura materna e com as
consequências naturais desse fato. Coisas como passar o dia das mães sem uma
mãe para abraçar, para presentear, para quem eu pudesse confeccionar um
trabalho na escola, me deixavam muito triste. Durante anos esse foi o
sentimento que senti. Até mesmo participar da Santa Missa nesse dia era causa
de muita tristeza para mim.
A revolta
contra Deus, por causa disso, também fez morada em meu coração, não posso
negar. Como o insensato do Salmo 14, muitas vezes eu disse: “Deus não existe!”
Porém, o Senhor que conhece tudo, sabia que esse não era o meu caminho. Com o
tempo, Ele conseguiu me resgatar desse mar de angústia e colocar no meu coração
que não havia esquecido de mim. E aí, fui tomando consciência que não só uma,
mas duas mães estavam cuidando de mim o tempo todo.
A certeza
desse fato foi acontecendo na minha vida de forma gradativa. Comecei sentindo o
desejo de acolher Maria como minha mãe invisível. A partir daí, o amor filial
foi renascendo no meu coração, a vontade de ter Maria como minha mãe foi
crescendo. Esses primeiros encontros entre Mãe e filha aconteceram em momentos
de tristeza, em que me sentia desamparada. E fui descobrindo no olhar sereno de
Maria que Ela foi presenteada por Jesus também a mim. E a cada nova experiência
ouvia Jesus me dizer: “Eis aí a sua mãe...” À medida que a minha intimidade com
a Mãe de Jesus aumentava, eu via que com ela eu podia contar nas horas em que
precisava do colo de uma mãe. Passei a fazer isso, passei a procurar consolo em
minha mãezinha do céu. Com o tempo, passei também a acreditar que o lugar da
minha mãe, Ana Constância, sempre foi ao lado de Jesus. A Virgem Maria, aquela
que Jesus me ofereceu como mãe, me ensinou a acreditar em Deus, a acreditar
mesmo quando não entendo.
Termino esse
texto lembrando a vocês que temos SIM uma mãe que está à nossa disposição a
qualquer hora e em qualquer lugar. Eu hoje não tenho receio nem vergonha de
pedir auxílio à Maria, minha mãezinha do céu. Com ela eu sei que posso contar.
O lugar do meu refúgio é o seu colo, onde eu sei que posso amar e ser amada.
Peço a Deus
que estas simples palavras penetrem no coração de você que, por providência
divina, está a lê-las. Que, como eu, você possa se sentir amado(a) e
acolhido(a) no colo da Mãe de Jesus.
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