Continuamos a
fazer nosso retiro quaresmal. As leituras bíblicas proclamadas na liturgia de
todos esses dias nos ajudam a ajustar nosso interior aos pedidos do
Senhor. Queremos nos renovar. Desejamos estar preparados para a
viver a festa da Páscoa e ganhar novo entusiasmo em nossa batalha por um mundo
conforme o coração de Deus.
Moisés, no
texto do Deuteronômio, pede fidelidade do povo aos desígnios e determinações do
Senhor. É sempre de novo o respeito pela Aliança, por esse pacto que seria
selado, mais tarde, com o mistério pascal vivido por Cristo. Ele é a nova e
eterna aliança!
Trata-se de
fazer uma escolha por Deus e permanecer fiel a ele. “Tu escolheste hoje o
Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos e guardares os
seus preceitos, mandamentos e decretos e para obedeceres a sua voz”. Cada
pessoa, inserida nesse povo que é do Senhor, é convidada a optar pelo caminho
da vida, da intimidade com o Senhor, do serviço carinhoso aos irmãos, da tentativa
de transformar a terra num espaço de fraternidade, de amor e de justiça.
Belíssimo quando nossos jovens, nessa fase importante de sua caminhada, optam
pelo Senhor. Num tempo de Campanha da Fraternidade em torno do tema da
juventude nada mais normal que os jovens sejam levados a fazer uma clara e
profunda opção pelo Senhor. Todos sentimos que será fundamental observar
de todo o coração os pedidos do Senhor. Jovens que hoje optam pelo Evangelho
constituem a esperança da Igreja.
Há a escolha
do Senhor pelo seu povo. “E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas
para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os
seus mandamentos”. Há, antes de tudo, a escolha do Senhor por cada um dos
que ele convida a fazer parte de seu Povo. Não estamos sozinhos. O Senhor nos
quer juntos, como seu Povo, como Povo que ele conquistou. Ao Senhor que
nos escolheu respondemos com nosso assentimento que ilumina o presente e
o amanhã de nossa caminhada.
O Sermão da
Montanha do Novo Testamento é a Carta da Nova Aliança. O evangelho
hoje proclamado nos lembra a lei da generosidade. Todas as
afirmações de Jesus no alto da Montanha vão na linha de uma entrega profunda e
radical a Deus e aos irmãos. Com Jesus há coisa nova no ar. Não se trata apenas
de querer bem aos que nos são simpáticos e nos fazem o bem. Seremos atentos
carinhosamente ao que vivem aqueles que seriam nossos inimigos. Os que fomos
escolhidos pelo Senhor gratuitamente somos convidados a ser santos como ele é
santo. Terminou a era do olho por olho e dente por dente. Que recompensa
teremos se amamos somente os que nos amam?
“Sede
perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito!”
Frei Almir
Ribeiro Guimarães
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