No Símbolo da
Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e seu "desígnio
benevolente" (Ef 1,9) sobre toda a criação: o Pai realiza o "mistério
de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito para a
salvação do mundo e para a glória de seu nome. Este é o mistério de Cristo,
revelado e realizado na história segundo um plano, uma "disposição"
sabiamente ordenada que São Paulo denomina "a realização do mistério"
(Ef 3,9) e que a tradição patrística chamará de "Economia do Verbo
Encarnado" ou "a Economia da Salvação".
"Esta
obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, da qual foram
prelúdio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento,
completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal de sua bem-aventurada
paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão. Por este mistério, Cristo,
'morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, recuperou nossa vida'. Pois
do lado de Cristo adormecido na cruz nasceu o admirável sacramento de toda a
Igreja." Esta é a razão pela qual, na liturgia, a Igreja celebra
principalmente o mistério pascal pelo qual Cristo realizou a obra da nossa
salvação.
E este
mistério de Cristo que a Igreja anuncia e celebra em sua liturgia, a fim de que
os fiéis vivam e deem testemunho dele no mundo:
Com
efeito, a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrifício da
Eucaristia, "se exerce a obra de nossa redenção", contribui do modo
mais excelente para que os fiéis, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros
o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja.
Catecismo
da Igreja Católica, § 1066-1068
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