“Não desprezeis nenhum desses pequeninos,
pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face de meu Pai
que está nos céus” (Mt 18,10).
O texto do Evangelho de hoje é um paralelo ao
de ontem (Lc 9,46-50), porém, apresenta um acréscimo que não podemos deixar de
considerar: a assistência que Deus concede aos pequenos e a necessidade de
valorizarmos os desvalidos do mundo.
Um dos significados da palavra “desprezar” é
DEPRECIAR. Para desprezarmos alguém não precisamos insultar nem ofender, basta
avaliar e decidir que aquela pessoa não tem valor, não merece a nossa atenção.
Por força do mundo em que vivemos, tendemos a dar mais valor a quem pode nos
dar algo em troca. Costumamos rotular as pessoas pelo seu poder aquisitivo,
vemos a possibilidade de tirar algum proveito disso e procuramos nos aliar aos
melhores potenciais. Por outro lado, fechamos as portas aos desamparados.
Porém, se ouvíssemos a voz de Jesus,
gastaríamos nosso tempo e dinheiro com quem realmente precisa de nós e não tem
como recompensar. É isso que Jesus quer de nós, que abramos o nosso coração
para os ‘pequeninos’ como Ele tantas vezes fez, como por exemplo, quando
acolheu a prostituta, o ladrão, o cobrador de impostos... Os que acolhem aos
pequeninos é ao próprio Deus que recebem.
Que neste dia acolhamos essa Palavra como
fonte de inspiração para a nossa vida, para a nossa missão como cristãos
propagadores do Evangelho de Jesus Cristo. Peçamos ao Senhor que nos dê a
pureza de uma criança, que não mede as pessoas pelo seu poder, mas sim pelo
sorriso, pelo que elas podem oferecer de coração. Que abracemos nesse dia os
excluídos e marginalizados pela sociedade.
E neste dia em que celebramos os Anjos da
Guarda, rezemos também com o salmo 91, que nos diz que “Nenhum mal há de chegar
perto de ti, nem a desgraça baterá à tua porta; pois o Senhor deu uma ordem a
seus anjos para em todos os caminhos te guardarem”.
Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!
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