domingo, 25 de março de 2012

O caminho da salvação

Bem que eu poderia pôr minha confiança na carne. Se algum outro pensa que pode confiar na carne, eu mais ainda: fui circuncidado no oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus; quanto à observância da Lei, fariseu; no tocante ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que vem da Lei, irrepreensível.

Mas essas coisas, que eram ganhos para mim, considerei-as prejuízo por causa de Cristo. Mais que isso, julgo que tudo é prejuízo diante deste bem supremo que é o conhecimento do Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, perdi tudo e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele. E isto, não com a minha justiça que vem da Lei, mas com a justiça que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, com base na fé. 

É assim que eu conheço Cristo, a força da sua Ressurreição e a comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, para ver se chego até a Ressurreição dentre os mortos. Não que eu já tenha recebido tudo isso, ou já me tenha tornado perfeito. Mas continuo correndo para alcançá-lo, visto que eu mesmo fui alcançado pelo Cristo Jesus.

Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, faço: esquecendo o que fica para trás, lanço-me para o que está à frente. Lanço-me em direção à meta, para conquistar o prêmio que, do alto, Deus me chama a receber no Cristo Jesus.

Filipenses 3,4-14

Escolhas que saram

Quando um homem se entrega a Deus, não só suas orações, mas também suas escolhas e atitudes cooperam para sua cura. Depois de nos dar uma garantia, a Palavra de Deus nos manifesta uma ordem: “O Senhor conhece os que são seus. Renuncie a iniquidade todo aquele que pronuncia o nome do Senhor” (II Tm 2,19).

O Senhor conhece os que são seus. Deus conhece você. Sabe para quê você foi feito e até onde você aguenta. Ele sabe suas necessidades e conhece uma maneira saudável de supri-las.

Há sempre mais de um caminho para se alcançar um objetivo. Renuncie ao modo ruim, você que pronuncia o nome do Senhor. Nosso erro é ficar olhando para o modo como agem os outros que não se comprometeram com Deus. Os outros são os outros. Deixe que eles se entendam com Deus.

Quanto a nós, queremos o que é bom, o que presta, o que vale a pena. De que vale ser rico à custa de roubo? De que vale ser aprovado tendo copiado as respostas de alguém? Qual a vantagem de se dar bem à custa dos outros? Mais cedo ou mais tarde, tudo isso vem à tona.

A conquista só tem valor quando nos torna melhores. A Escritura nos compara compara com vasos (cf. II TM 2,20-21). Que tipo de vaso você é? Para que você serve? O que você traz dentro de si? Quem o usa? O maligno também tem seus vasos e costuma abastecê-los com tudo que é nocivo. Não devemos ser vasos envenenados, cheios de toda espécie de perversidade.

Para apontar o caminho, Timóteo avisa: “Foge das paixões da mocidade” (IITm 2,22). As paixões são nossas inclinações e emoções desequilibradas. Elas são mais fortes na juventude. O segredo para vencê-las é fugir delas. Fazemos isso de duas maneiras: ao buscar a justiça, a fé, o amor e a paz com aqueles que invocam a Deus, e ao rejeitar as discussões tolas e absurdas que geram contendas.

Numa família, entre amigos, na Igreja, dificilmente as pessoas brigam por coisas importantes. Em geral, desentendem-se por ninharias. Como insiste Timóteo, não convém a um homem de bem se meter em brigas e discussões nervosas. O caminho que nos torna serenos e equilibrados é outro.

Há um caminho para quem quer curar suas emoções e viver com mais saúde. Você quer percorrer esse caminho? Então, vamos viver bem um dia de cada vez, vamos ser bons com todos que cruzarem nosso caminho, manifestar-lhes um amor terno e paciente. Com doçura e firmeza, vamos ensinar e ajudar a sair do erro aquele que se perdeu. Mas, para isso, também teremos que ser pacientes em aceitar as chateações, as contrariedades, as decepções. E, se vamos ter que suportar tudo isso, de uma forma ou de outra, de que adianta ficar amuado e aborrecido? É com brandura que corrigimos nossos adversários para livrá-los do erro e dos laços do demônio (cf. II Tm 2,24-26).

Faça a experiência. Você perceberá que o primeiro beneficiado em suas escolhas será você. O bem que sai do seu coração não chega ao outro sem antes abençoar a sua vida.

Do Livro “O Dom da Cura”, de Márcio Mendes