terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os macacos e as bananas


Uma antiga tribo africana utilizava um método bastante curioso para capturar macacos. Como os macacos são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema: Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro uma banana, amarram-na no tronco de uma árvore frequentada pelos macacos, afastam-se e esperam. Então acontece. Quando os nativos vão embora, um macaco curioso desce... olha dentro da cumbuca e vê a banana. Enfia sua mão e apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue tirar a banana e continua segurando-a.

Surge um dilema: "Se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário continua preso na armadilha".

Após um tempo, os nativos voltam e tranquilamente capturam os macacos que teimosamente recusam-se a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para serem comidos.

Assim como eu, você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez destes macacos, afinal basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais. O problema deve estar no grau exagerado que o macaco atribui a banana. Ela já está ali na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la. Achei essa história engraçada porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos.

Você nunca conheceu alguém está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que está cultivando um infarto?

Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo caminho que trará de volta a alegria de viver?

Somos ou não somos como aqueles macacos que meteram a mão na cumbuca? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar na nossa mão pode nos levar direto à panela.

Do livro “Sabedoria em Parábolas”, Prof. Felipe Aquino

Leitura Bíblica: Lucas 7, 11-17


O episódio do Evangelho de hoje se passa na pequena cidade de Naim, onde uma pobre viúva sepultava o seu único filho. Nada especial até aí, pois, embora dolorido, o enterro de um jovem tratava-se de um fato corriqueiro. O de extraordinário acontece quando, ao entrar naquela cidadezinha, acompanhado de uma grande multidão, Jesus se compadece com o sofrimento da viúva que a partir daquele momento passaria a viver extremamente sozinha.

“Ao vê-la  Jesus sentiu compaixão para com ela e lhe disse: Não chores!”  Jesus se aproxima do morto, toca o caixão e os que o carregavam param. Restitui o filho à mãe, num gesto que aponta para a ressurreição.

Hoje, diante do sofrimento das pessoas, muitas vezes não sabemos como agir, como consolar. Jesus vem nos mostrar, através desse episódio, que uma palavra de conforto é o início. O agir é uma consequência. Se não somos capazes de muito, podemos chorar, comungar do sofrimento. Em Naim, vemos Jesus novamente atuar movido apenas pela compaixão.

“Aspirai aos dons mais elevados”(1Cor 12,31a), essa é a ordem que o Senhor nos dá no dia de hoje. Peçamos a Deus o dom da compaixão pelo ser humano, pelos que sofrem, pelos que já não têm esperança de um dia melhor. Que o Senhor nos dê a capacidade de levarmos ao irmão que passa por uma situação difícil uma palavra de conforto, de esperança. O Espírito Santo irá nos conduzir nesses momentos, basta que peçamos o seu auxílio.

Vinde, Espírito Santo, inundai-nos com vosso amor!




(CIC) O poder das chaves


Depois de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para "anunciar a todas as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão dos pecados" (Lc 24,47). Este "ministério da reconciliação" (2Cor 5,18) os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves recebido de Cristo:

A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo É nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graça nos salvou. (Sto. Agostinho)

Não há  pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. "Não existe ninguém, por mau e culpado que seja, que não deva esperar com segurança a seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero." Cristo que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado.

A catequese empenhar-se-á  em despertar e alimentar nos fiéis a fé na grandeza incomparável do dom que Cristo ressuscitado concedeu à sua Igreja: a missão e o poder de perdoar verdadeiramente os pecados, pelo ministério dos apóstolos de seus sucessores:

O Senhor quer que seus discípulos tenham um poder imenso: quer que seus pobres servidores realizem em seu nome tudo que havia feito quando estava na terra. (Sto. Ambrósio)

Os presbíteros receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos. Deus sanciona lá  no alto tudo o que os sacerdotes fazem aqui embaixo. (São João Crisóstomo)

Se na Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Demos graças a Deus, que deu à Igreja tal dom. (Sto. Agostinho)



Catecismo da Igreja Católica, § 981-983