Uma
antiga tribo africana utilizava um método bastante curioso para capturar
macacos. Como os macacos são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais
altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema: Pegam uma
cumbuca de boca estreita e colocam dentro uma banana, amarram-na no tronco de
uma árvore frequentada pelos macacos, afastam-se e esperam. Então acontece.
Quando os nativos vão embora, um macaco curioso desce... olha dentro da cumbuca
e vê a banana. Enfia sua mão e apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é
muito estreita, ele não consegue tirar a banana e continua segurando-a.
Surge um dilema: "Se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário continua preso na armadilha".
Após um tempo, os nativos voltam e tranquilamente capturam os macacos que teimosamente recusam-se a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para serem comidos.
Assim como eu, você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez destes macacos, afinal basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais. O problema deve estar no grau exagerado que o macaco atribui a banana. Ela já está ali na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la. Achei essa história engraçada porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos.
Você
nunca conheceu alguém está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste
em permanecer mesmo sabendo que está cultivando um infarto?
Ou
pessoas infelizes por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo
caminho que trará de volta a alegria de viver?
Somos ou não somos como aqueles macacos que meteram a mão na cumbuca? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar na nossa mão pode nos levar direto à panela.
Do
livro “Sabedoria em Parábolas”, Prof. Felipe Aquino