sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Que liberdade é esta...


Que liberdade é esta, surpreendente, desconcertante, desse Bento XVI? Onde encontrou luz, fibra, inspiração para tomar uma decisão tão importante deixando-se guiar somente pela sua consciência? Qual o segredo desse homem tão frágil fisicamente e tão gigante na fé?

O segredo é uma Pessoa, é Jesus Cristo nosso Senhor, em Quem o Santo Padre sempre teve seu olhar fixo! Seu amor a Jesus, sua intimidade com Jesus, sua entrega total a Jesus - eis o motivo de Bento XVI, o único, simples e absoluto motivo!
 

Sabem o que me impressiona e faz-me rir, meus amigos? É a tremenda hipocrisia de um mundo que vive falando em autenticidade, liberdade, em simplicidade, e quando encontra um homem tão autêntico, tão livre, tão simples quanto Bento XVI, fica apavorado, não o compreende e, então, sem compreender a simplicidade desarmada de seus motivos, a limpidez de sua palavra, fica a todo custo inventando motivos, procurando explicações complexas, criando conspirações e tramas...

Tudo porque não consegue suportar, não pode compreender, não é capaz de enquadrar a lógica de um homem que vive, pensa e age segundo o Evangelho.


Na verdade, nunca agradeceremos o bastante ao Santo Padre Bento XVI por este seu vívido e profético gesto de amor a Cristo e à Igreja!


Confesso sem acanhamento: esse homem é um gigante, diante do qual sinto-me miseravelmente pequeno.

Que orgulho tenho de Cristo, que gera homens assim, livres!

Que orgulho tenho da Igreja, minha Mãe, que mostra ao mundo pastores assim, generosos, preocupados do interesse de Cristo e não dos seus próprios!


Que gratidão deveríamos ter ao Senhor por presenciar gestos assim!

Dom Henrique Soares da Costa

#FicaAdica 65





Sabemos que o amor não dispensa as palavras, mas que em muitos momentos o olhar conta mais… Através do olhar conseguimos transmitir aquilo que as palavras não conseguem dizer. Através dos gestos, do toque, das mãos também atingimos os corações. É preciso entender a comunicação do amor que fala, mesmo que no silêncio da própria fala!

Estamos iniciando um tempo privilegiado de conversão e de mudança de vida. Que possamos rever nossas ações, nossas vidas e até nossa prática de fé. Que possamos fazer a travessia desse deserto na certeza do encontro com a luz da ressurreição. Que possamos crer sempre mais na presença de Deus na condução de nossas vidas…

Frei Paulo Sérgio, ofm

(CIC) O sentido da morte cristã



Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. "Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro" (Fl 1,21). "Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos" (2Tm 1,11). A novidade essencial da morte cristã está  nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente "morto com Cristo", para Viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este "morrer com Cristo" e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor:

É bom para mim morrer em ("eis") Cristo Jesus, melhor do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele que procuro, Ele que morreu por nós: é Ele que quero, Ele que ressuscitou por nós. Meu nascimento aproxima-se. (...) Deixai-me receber a pura luz; quando tiver chegado lá, serei homem.  (Sto. Inácio de Antioquia)

Na morte, Deus chama o homem a si. É por isso que o cristão pode sentir, em relação à morte, um desejo semelhante ao de São Paulo: "O meu desejo é partir e ir estar com Cristo" (Fl 1,23); e pode transformar sua própria morte em um ato de obediência e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo:

Meu desejo terrestre foi crucificado; (...) há em mim uma  água viva que murmura e que diz dentro de mim: "Vem para o Pai". (Sto. Inácio de Antioquia)

Quero ver a Deus, e para vê-lo é preciso morrer. (Sta. Teresa de Jesus)

Eu não morro, entro na vida. (Sta. Terezinha do Menino Jesus)

A visão cristã da morte é expressa de forma privilegiada na liturgia da Igreja:

Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.

A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado "o único curso de nossa vida terrestre", não voltaremos mais a outras vidas terrestres. "Os homens devem morrer uma só vez" (Hb 9,27). Não existe "reencarnação" depois da morte.

A Igreja nos encoraja à preparação da hora de nossa morte ("Livra-nos, Senhor, de uma morte súbita e imprevista": antiga ladainha de todos os santos, a pedir à Mãe de Deus que interceda por nós "na hora de nossa morte" (oração da "Ave-Maria") e a entregar-nos a São José, padroeiro da boa morte:

Em todas as tuas ações, em todos os teus pensamentos deverias comportar-te como se tivesses de morrer hoje. Se tua consciência estivesse tranquila, não terias muito medo da morte. Seria melhor evitar o pecado que fugir da morte. Se não estás preparado hoje, como o estarás amanhã? (Imitação de Cristo)

Louvado sejais, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal, felizes aqueles que ela encontrar conforme a vossa santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará  mal. (São Francisco de Assis)


Catecismo da Igreja Católica, § 1010-1014