quarta-feira, 4 de julho de 2012

#FicaAdica 2



Pense naquela situação que sempre acontece com você e que você já desistiu de tentar mudar. Antecipe-se, imagine-a acontecendo novamente e reze por ela, peça a Jesus que a transforme e que lhe dê forças para enfrentá-la com ânimo. Procure imaginar o que você vai dizer e o que vai fazer quando essa situação se repetir. E, quando ela chegar, aja segundo o que Deus lhe mostrou. As situações e pessoas à nossa volta mudam, quando nós mudamos primeiro.

Márcio Mendes

# Fica a Dica





O cântico da Sabedoria

O livro da Sabedoria é o último escrito bíblico do primeiro testamento. Seu autor (ressalvando sempre que o inspirador é o Espírito Divino),  é  um piedoso judeu de Alexandria, que se distinguiu não somente pelos seus sólidos conhecimentos, mas também pela leitura dos acontecimentos humanos pelo prisma da fé. Suas páginas contém ensinamentos admiráveis. Dentre esses quero destacar especialmente um trecho, pertencente ao capítulo nono, cujos conceitos batem de frente com certas posições da modernidade.Tais ideias “modernas” vem confirmar a convicção da filosofia cristã, de que, uma vez deixado o Ser Eterno na sombra do esquecimento, a importância do ”homo sapiens” é reduzida a farelo. Deixa de ser o eixo para se tornar apenas um lance modesto da imensa roda dentada da criação. Chega-se ao cúmulo de afirmar que o “anthropos” é um grande intruso, um verdadeiro vilão da natureza. Não entra no esquema. Quando muito, deve considerar-se com direitos iguais aos dos outros seres.

E nada mais do que isso. É perda total da autoestima.

O escrito sapiencial nos apresenta uma humilde oração do representante da raça humana: “Vosso saber o ser humano modelou para ser rei da criação, que é obra vossa” (Sab 9, 2). Sem rodeios o autor sagrado considera o homem como rei da criação, e não apenas mais um na roda da vida. E por ser esse rei da criação, recebeu do Criador a incumbência de “reger o mundo com justiça, paz e ordem” (Sab 9, 3). Os ambientalistas com razão reclamam dos abusos e das destruições irreparáveis da humanidade (em todos os tempos). Basta olhar quantas espécies de animais e de plantas já desapareceram da face da terra. Sobretudo depois da vigência das ideias nefastas do primeiro capitalismo. Ainda hoje se pode ver a ganância irrefreável contra os bens que pertencem a todos. Somos a favor do progresso, mas como diz a Rio + 20  deve ser um progresso sustentável. O orante do livro da Sabedoria nos dá a chave do reto agir: “Dá-me o saber, ó Senhor, que esteja junto a mim no meu trabalho” (Sab 9, 10). Assim a liderança humana será bem sucedida, e terá a capacidade de cuidar de tudo. O homem é o eixo da criação.

Dom Aloísio Roque Oppermann