segunda-feira, 15 de julho de 2013

#FicaAdica 93


confianca



Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que você é fala da sua essência, dos seus valores, das suas verdades… Por mais que podemos (e devemos) mudar, tais valores acompanham essa evolução, pois as respostas de ontem nem sempre valem mais para hoje…

Confiança é algo que se exige tempo e também capacidade de acolher aquilo que não concordamos. Quem confia está disposto a fazer uma parceria, a percorrer um caminho, a se fazer companheiro. A confiança é algo que se cresce à medida que se convive, que se ensina e se aprende. Quem se sente dono da verdade e da razão nunca confiará em ninguém. Quem confia faz a experiência da presença, da certeza de que nuca se está sozinho…

Frei Paulo Sérgio, ofm

O que procuram esses jovens?




Aproxima-se a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)-Rio 2013. Foram quase 2 anos de intensa preparação, desde que o papa Bento XVI anunciou, em julho de 2011, no final da JMJ de Madrid,  que a próxima Jornada seria realizada no Rio de Janeiro!

No dia 18 de setembro sucessivo já começou a movimentação para a JMJ-Rio 2013, com a acolhida da cruz da Jornada e do ícone de Nossa Senhora, em São Paulo; iniciou-se, então, a peregrinação desses sinais de Jesus e de sua Mãe, que percorreram todas as 274 dioceses do Brasil, encontrando as realidades mais diversas vividas pelos jovens: igrejas, escolas e universidades, prisões, locais de recuperação de dependentes químicos, favelas e situações de degrado, como a “cracolândia”, em São Paulo.

Agora, esses mesmos sinais já estão no Rio de Janeiro, a esperar a chegada dos jovens peregrinos, que para lá acorrerão em grande número, procedentes de todo o Brasil e também do exterior. Quase 200 países estarão representados! No dia 22 de julho, chegará o papa Francisco, peregrino também ele, para o abraço do Cristo Redentor e o encontro com esta multidão, que mostrará o rosto jovem da humanidade e da Igreja.

As JMJ são pensadas e organizadas como peregrinações, com um significado primariamente religioso, sem deixar de ter múltiplos outros significados. Assim, também estão impostados os principais momentos do programa da JMJ 2013, que se estende de 22 a 28 de julho. Haverá três manhãs de “catequeses”, oferecidas em dezenas de línguas e em cerca de 200 locais diversos; elas  proporcionarão aos jovens peregrinos a reflexão sobre alguns aspectos da sua vida, à luz da fé cristã. Não faltarão iniciativas culturais e de solidariedade social.

Sucessivamente, os encontros com o papa Francisco terão o mesmo objetivo: aprofundar a experiência do encontro da grande família humana, unida por laços comuns muito profundos, cujo movente será a experiência religiosa e eclesial, mas cuja base, de fato, é a nostalgia latente no coração humano (ou será utopia?) de ver a família dos povos reunida, reconciliada e vivendo em paz, malgrado todas as diferenças nela existentes.

Os pontos culminantes da JMJ serão a grande vigília jovens com o Papa Francisco, no sábado, 27 de julho, e a missa no “campo da fé”, na manhã seguinte. Nesses momentos intensos, mais uma vez, os jovens farão a experiência da peregrinação, com todos os esforços e sacrifícios que isso geralmente requer: sair de casa e por-se em caminho para alcançar uma meta; encontrar outros companheiros andando na mesma direção; conversar com algum desconhecido que se encontra no mesmo trecho e busca a meta comum; partilhar o pão e a água, socorrer quem já cansou ou machucou o pé, festejar a chegada... Tudo isso não é uma parábola da própria vida?
Somos todos peregrinos e trazemos no mais íntimo de nós o desejo de chegar ao lugar do nosso descanso, à paz e felicidade tão sonhadas, meta que move nossos passos todos os dias, mesmo sem termos consciência disso. Os jovens da JMJ farão esta experiência de peregrinação na fé, ao encontro dos outros e de si mesmos, ao encontro de Deus, que os atrai de maneira sutil, mas irresistível, meta final da existência humana.

Mas esta peregrinação também é movida pela busca de fundamentos sólidos, que dêem consistência e sentido ao convívio humano, onde as diferenças não sejam vistas como barreiras ou fossos intransponíveis, mas como riquezas a compartilhar. Não é também algo disso que se percebe nas manifestações de rua dessas últimas semanas, com grande adesão de jovens, que descem às ruas e se colocam em marcha? Onde querem chegar?

Protestam contra o que não está bem na política, na economia, no ordenamento social; acreditam que as coisas podem melhorar e têm vontade de contribuir para isso... Nem sempre os clamores estão plenamente afinados, mas é certo que revelam uma desarmonia profunda no convívio político e social brasileiro. Há a percepção de uma meta, que não é simplesmente o vão livre do MASP na avenida Paulista, mas o Brasil e o mundo melhores do que estão sendo. Os jovens dão mostras de que não se satisfazem em navegar na rede, nem se conformam com o tentador aceno das praias da corrupção, do degrado moral e cívico. São peregrinos da verdade e da justiça. Sinais de esperança!

A JMJ-2013 já estava prevista há cerca de 3 anos e os jovens, por certo, não irão ao Rio para protestar contra o governo brasileiro, nem darão vazão às insatisfações com a política de seus  países de origem. Eles irão ao encontro do Cristo Redentor, que os espera com os braços em cruz, para o amplexo da vida e da esperança. No final da sua peregrinação, eles encontrarão a mesma cruz peregrina, que foi antes ao encontro deles nos muitos espaços e ambientes onde vivem. Cruz de madeira, tosca, nada brilhante, como foi a de Cristo; como as cruzes que abraçamos cada dia...

Em torno dela, juntar-se-ão às centenas de milhares, com o Papa Francisco, para proclamar a sua fé no Deus da vida e da esperança; fé que também é necessariamente um compromisso pessoal e comunitário com a edificação de um mundo melhor, como eles bem o sabem sonhar, movido pelo amor, sem mais violência nem cruzes que esmagam!

E o que esperar da JMJ? O mesmo que se espera de um campo semeado: quem pode garantir seus frutos? O tempo e a paciência os mostrarão. Sem semear, não há esperança de colher. Vale a pena investir nos jovens.

E o Brasil terá muito fruto a colher. Serão centenas de milhares de jovens a percorrer o país, em direção ao Rio de Janeiro. As imagens de nosso povo e de nossa cultura, recolhidas nessa peregrinação, serão levadas para todo o mundo. E isso tem um valor inestimável!

Cardeal Odilo Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Permanecei firmes!





Permanecei firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Aqui está o segredo do nosso caminho. Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo, se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida. Isto é verdade mesmo, e sobretudo, quando nos sentimos pobres, fracos, pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão e perdão ao nosso pecado. O Senhor é tão misericordioso! Se vamos ter com Ele, sempre nos perdoa. Tenhamos confiança na ação de Deus! Com Ele, podemos fazer coisas grandes; Ele nos fará sentir a alegria de sermos seus discípulos, suas testemunhas. Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!

Novidade de Deus, tribulação na vida, firmes no Senhor. Queridos amigos, abramos de par em par a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes n'Ele: aqui está a verdadeira alegria. Assim seja.

Papa Francisco, Homilia, dia 28/04/2013

O amor sempre vence




Temos a oportunidade de agirmos como Jesus em todos os momentos e em todas as circunstâncias, para que o amor sempre vença na nossa vida e na vida do nosso próximo. “E quem é o meu próximo?” (Lc 10,29b).

Sempre há alguém que precisa de nós, e precisamos ter os olhos e o coração bem abertos para percebermos e nos adiantarmos em favor dos que necessitam. Às vezes, temos tantas desculpas para não ajudarmos a quem necessita, mas a caridade deve ser a nossa fonte de ação e inspiração para tudo.

Com certeza,  hoje há alguém que vem ao nosso encontro  precisando de ajuda ou que precisamos ir ao encontro de alguém que necessita.  É claro que a nossa humanidade muitas vezes se estremece e se opõe à prática da caridade, mas peçamos o auxílio do Espírito Santo que vem sempre em auxílio das nossas necessidades.

Rezemos insistentemente: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

Luzia Santiago, Comunidade Canção Nova

Festejar: Faz parte do seu mundo. Isso é JMJ!




Uma multidão reunida diante do sucessor de Pedro, Vigário de Cristo na terra. Uma mesma fé que une pessoas de culturas, costumes e idiomas diferentes. Respira-se a alegria de conhecer e testemunhar o encontro pessoal com Jesus. Um espetáculo de júbilo que irradia a luz de Cristo nos corações e tem o poder de contagiar uma cidade inteira. Isso tudo é motivo de festejar.

Qual é o jovem que não partilha a alegria de uma conquista com os outros? Quem consegue conter-se diante de uma experiência marcante de júbilo e guardar apenas para si? O Papa Bento XVI, em sua mensagem para a JMJ Rio2013, disse: “é um dom precioso a comunicação da alegria do encontro com Cristo”. E é esse o grande dom que a JMJ proporciona aos peregrinos que vivem esses dias de encontro com o Papa. Festejar, demonstrar alegria, aplaudir, louvar, comemorar. Isso é JMJ!

“Também nós acolhemos Jesus; também nós manifestamos a alegria de O acompanhar, de O sentir perto de nós, presente em nós e no nosso meio, como um amigo, como um irmão, mas também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. Jesus é Deus, mas desceu a caminhar conosco como nosso amigo, como nosso irmão; e aqui nos ilumina ao longo do caminho. E assim O acolhemos”, disse o Papa Francisco no Domingo de Ramos.

O Santo Padre convidou ainda os jovens a festejarem a presença de Jesus. “Queridos jovens, imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes uma parte importante na festa da fé! Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo, o coração nunca envelhece”.

Nessa grande festa da fé, o Papa João Paulo II convocou a juventude para festejar com ele na JMJ de Toronto, no Canadá, em 2002. “Vinde fazer ressoar pelas grandes artérias da cidade o anúncio jubiloso de Cristo que ama todos os homens e dá pleno cumprimento a todo o sinal de bem, de beleza e de verdade presente na cidade humana. Vinde proclamar a todo o mundo a vossa alegria por ter encontrado Cristo Jesus, o vosso desejo de conhecê-Lo cada vez melhor, o vosso compromisso de anunciar o seu Evangelho de salvação até aos últimos confins da terra!”.

Essa é a experiência da JMJ. Festejar faz parte do seu mundo. Isso é JMJ!

Fonte: www.rio2013.com