quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A caridade


Certa dama muito rica, desejava praticar a caridade de forma ampla e eficiente.

Depois de refletir alguns dias, resolveu aconselhar-se com um amigo que desfrutava excelente conceito pela sua grande sabedoria e pelo seu bom coração.

- Encantado, porém há uma caridade de primeiro grau, a que todos estamos obrigados. Consiste em evitar que o próximo padeça por nossa culpa. A simplicidade e a sobriedade devem ser imitadas porque diminuem a dor da espécie humana... enquanto a vaidade a ostentação e o luxo a aumentam de muito. Assim não se pode esquecer de que a legitima caridade começa pelos que estão mais próximos, entre os quais os mais humildes servidores. Realizado tudo isto, se ainda mais for possível, iniciará outra caridade ainda maior.

- Solicitei sua opinião sobre a melhor forma de empregar o meu dinheiro em obras de beneficência. Não pedi conselhos sobre a minha vida.

- Acreditei, senhora, que se tratava de vossa caridade, de vosso amor aos que sofrem. Vejo porém, que toda dúvida esta em como deveis empregar vosso dinheiro. Em tal caso, entendo que deveis consultar um homem de negócios.

A preciosa senhora resolveu refletir melhor.

Do livro “Terra Virgem”, Constâncio C. Vigil

A fraqueza humana




Como é grande a fraqueza humana que sempre está inclinada aos vícios!

Hoje confessa seus pecados e amanhã torna a cair neles.

Agora proponha acautelar-se, e daqui a uma hora age como se nada tivesse proposto.

Com muita razão devemos nos humilhar e não nos ter em grande conta, pois somos tão frágeis e tão inconstantes!

Depressa se perde por descuido o que com muito trabalho e dificultosamente se ganhou pela graça.


Do Livro “Imitação de Cristo”

Leitura Bíblica: Lucas 9, 7-9


“Herodes disse: ‘Quem é esse homem sobre quem ouço falar essas coisas?’ E Herodes procurava ver Jesus” (Lc 9,9)

Pelo que andava fazendo, Jesus se tornou conhecido em todas as cidades e a grande maioria das pessoas tinha curiosidade em conhecê-Lo. Herodes, governador da Galileia, também queria “ver” Jesus, queria conhecer de perto Aquele de quem tanto falavam. E O viu. Não nesse momento narrado no Evangelho de hoje, mas por ocasião do julgamento de Jesus. João descreve no Evangelho que “Herodes se alegrou muito ao ver Jesus; fazia tempo que desejava vê-lo fazer algum milagre. Fez-lhe muitas perguntas, mas Jesus não lhe respondeu” (Jo 23,8-9). Diz ainda que Herodes e seus soldados trataram Jesus com desprezo. O desprezo fez com que Jesus se calasse. A arrogância “cegou” Herodes, pois ele “viu” Jesus, mas não enxergou verdadeiramente que diante de si estava o Rei dos reis.

Durante esses dois mil anos, após a morte e ressurreição de Jesus, quantas pessoas entraram em contato, de alguma forma, com a Sua história. Muitos ainda hoje se comovem com a história da Salvação, mas não mudam de vida. Muitos até já passaram por alguma experiência em que viram concretizados o amor de Deus em suas vidas, mas não testemunham. Veem mas não testemunham sua fé. A fé vivida é fundamental, especialmente nesses tempos em que o relativismo impera soberano na vida das pessoas.

Meus irmãos, peçamos ao Espírito Santo que nos auxilie nesse momento, que venha nos revelar as experiências vividas durante a nossa vida em que a mão de Deus pousou sobre nós, e que sejamos capazes de louvar e agradecer a Ele por essas experiências, bem como que sejamos testemunhas fiéis do Seu amor por nós. Derrama sobre nós, Senhor, a abundância do Espírito Santo. Sozinhos nós não somos capazes de conhecer e revelar que Jesus é o Senhor!

Eu creio, Senhor, mas aumenta minha fé!
Virgem Maria, aquela que acreditou mesmo sem entender, rogai por nós!