quinta-feira, 12 de abril de 2012

"Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!"


Tantas vezes me senti insegura, com medo de dar um passo... E por causa dessa insegurança tanta coisa deixei de fazer. HOJE, vejo que não tinha fé o suficiente para entregar as minhas decisões, primeiramente, nas mãos de Deus. Não ouvia o sussurro do Senhor a me dizer que o meu destino estava seguro em suas mãos!

HOJE, também me recordo de um dos momentos decisivos em minha vida, quando tive a chance de mudar de trabalho. Naquela época, com toda a minha insegurança, procurei conselho. O que ouvi é que deveria seguir o que o meu coração dissesse. Quanta sabedoria naquelas palavras! Não consigo esquecer aquele momento, pois por causa do conselho que ouvi tomei uma das decisões mais importantes da minha vida. E apenas HOJE é que consigo enxergar naquela pessoa o próprio Deus a me falar!

HOJE, como diz a música, “a minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo”, pois encontrei a segurança necessária para seguir em frente, que é a certeza de que o Senhor me guardará de todo o mal, pois nEle deposito toda a minha confiança. A minha família, os meus amigos, o meu trabalho... tudo isso me edifica, mas apenas porque tenho procurado incansavelmente colocar todos esses aspectos em comunhão com a minha fé.

Por isso, tudo o que sou e o que tenho HOJE entrego em Suas mãos, Pai, para que o Senhor guarde, governe e ilumine. Amém!

.

(CIC) "Não o abandonaste ao poder da morte"

Depois da queda, o homem não foi abandonado por Deus. Ao contrário, Deus o chama e lhe anuncia de modo misterioso a vitória sobre o mal e o soerguimento da queda. Esta passagem do Gênesis foi chamada de "proto-evangelho", por ser o primeiro anúncio do Messias redentor, a do combate entre a serpente e a Mulher e a vitória final de um descendente desta última.

A tradição cristã vê nesta passagem um anúncio do "novo Adão", que, por sua "obediência até a morte de Cruz" (Fl 2,8), repara com superabundância a desobediência de Adão. De resto, numerosos Padres e Doutores da Igreja veem na mulher anunciada no "proto-evangelho" a mãe de Cristo, Maria, como "nova Eva". Foi ela que, primeiro e de uma forma única, se beneficiou da vitória sobre o pecado conquistada por Cristo: ela foi preservada de toda mancha do pecado original e durante toda a vida terrestre, por uma graça especial de Deus, não cometeu nenhuma espécie de pecado.

Mas por que Deus não impediu o primeiro homem de pecar? São Leão Magno responde: "A graça inefável de Cristo deu-nos bens melhores do que aqueles que a inveja do Demônio nos havia subtraído". E Santo Tomás de Aquino: "Nada obsta' a que a natureza humana tenha sido destinada a um fim mais elevado após o pecado. Com efeito, Deus permite que os males aconteçam para tirar deles um bem maior. Donde a palavra de São Paulo: 'Onde abundou o pecado superabundou a graça" (Rm 5,20). E o canto do Exultet: "Ó feliz culpa, que mereceu tal e tão grande Redentor".

Catecismo da Igreja Católica, §§ 410-412