quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Viver e morrer por Cristo



“E apedrejaram Estêvão enquanto ele dizia esta invocação: ‘Senhor Jesus, recebe meu espírito’. Depois, caindo de joelhos, gritou em voz alta: ‘Senhor, não lhes leves em conta este pecado’.” (At 7,59-60a)

Estas são palavras do primeiro mártir da Igreja Católica, Santo Estêvão, escolhido como diácono na Comunidade de Jerusalém. Com a força que lhe vinha de Deus, Estêvão realizava milagres e anunciava nas sinagogas o Evangelho.

Estevão foi apedrejado por falar a Verdade, por ser audacioso, por anunciar a Salvação que vem de Deus, por meio de Seu Filho, Jesus Cristo.

Ao final, Estêvão entrega o seu espírito a Jesus, como Jesus entregou o Seu ao Pai. E, como Jesus, Estêvão pede misericórdia para os que o levavam à morte.

Rezemos por aqueles que, nos dias atuais, sofrem perseguições por causa da fidelidade a Cristo e à Sua Igreja. Que Maria Santíssima nos ajude a ser testemunhas fiéis do Evangelho, respondendo aos combates com a força da verdade e da caridade. E que sejamos capazes de perdoar aos que não nos entendem.

Este é o mistério de ser Cristão: VIVER POR CRISTO, MORRER POR ELE E, UM DIA, RESSUSCITAR COM ELE!

Um sentido para cada momento



“E como a chuva e a neve que caem do céu 
para lá não voltam sem antes molhar a terra 
e fazê-la germinar e brotar, 
a fim de produzir semente para quem planta 
e alimento para quem come, 
assim também acontece com a minha palavra: 
Ela sai da minha boca 
e para mim não volta sem produzir seu resultado, 
sem fazer aquilo que planejei, 
sem cumprir com sucesso a sua missão”.
(Is 55,10-11)

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A água é fonte de vida: rega e fecunda a terra, germina e faz crescer a planta.

Talvez, hoje, você esteja vivendo situações que o levaram ao deserto e, sem saber como agir, pergunta-se: “Meu Deus, por que estou vivendo esta situação?”

Vamos ao deserto quando passamos por grandes sofrimentos e provações, tais como: perda de emprego, divórcios, rebeldia de filhos, decepções com pessoas amadas, humilhações em terras estrangeiras, problemas financeiros, drogas, alcoolismo, depressão, solidão e também quando vemos fracassados os nossos sonhos.

Aproveite esse tempo de deserto para compreender o sentido desse momento, quer seja para a sua purificação, para encontrar-se consigo mesmo ou com Deus, aprender o valor do silêncio, ou perceber que a sua vida precisa de uma mudança radical.

Permita que a Palavra de Deus caia em seu coração como a água cai sobre a terra árida do deserto.

Do Livro “Deus Fala com Você”, de Marina Adamo

A gratidão

O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrine.Os olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. 
"É para minha irmã Pode fazer um pacote bem bonito?"
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: "Quanto dinheiro você tem?"
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: "Isto dá, não dá?"
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa."Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos."
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde. "Tome, leve com cuidado".
Ela saiu feliz, saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de longos cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou: "Este colar foi comprado aqui?"
"Sim, senhora", respondeu o homem.
"E quanto custou?"
Ah, falou o dono da loja, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês.
A moça continuou: "Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!"
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem. "Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar", disse ele. "Ela deu tudo o que tinha".
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura. E a gratidão é sempre a manifestação de quem tem riqueza de emoções e altruísmo.
Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém.
Gratidão, como amor, é também dever que não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.