segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Escolher sempre a verdade



“Consagra-os pela verdade: a tua palavra é a verdade” 
(Jo 17,17).

Recebemos um número tão grande de informações e de maneira tão rápida que, se não estivermos atentos, ficamos impregnados com uma mentalidade totalmente distorcida, a ponto de trocarmos, sem perceber, a verdade de Deus pela mentira do mundo. Para evitar tal atitude, precisamos ser cheios do Espírito Santo. Só Ele nos levará a discernir e a caminhar conforme a verdade de Deus.

Peçamos ao Senhor que derrame sobre nós o seu Espírito Santo, para que não nos desviemos de seus caminhos, e que nos livre do erro, para que não nos desviemos da vontade de Deus.

Ó vinde Espírito Criador! Nosso inimigo repeli e concedei-nos vossa paz se pela graça nos guardais, o mal deixamos para trás.


Jesus, eu confio em Vós!



 Do Livro “Comece Bem o Seu Dia”, Luzia Santiago

Leitura Bíblica: Lucas 12, 13-21


“Alguém do meio da multidão, disse a Jesus: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança” (Lc 12,13)

A pergunta feita por aquela pessoa, cujo episódio está relatado no Evangelho de hoje, leva Jesus a esclarecer que não veio para resolver interesses particulares de cada um, especialmente com relação a bens materiais. Dá pra perceber que Ele mais ensina a dar e partilhar do que a reclamar direitos. Jesus vem nos lembrar por meio dessa passagem o que o Salmo 49 já dissera, que a riqueza não é um seguro de vida.

A nossa preocupação em darmos condições financeiras agradáveis aos nossos entes queridos não pode se tornar dona dos rumos da nossa vida. Dar à família uma vida digna não quer dizer que temos que passar por cima de tudo e de todos para chegar a esse objetivo. Não podemos nos tornar dependentes do dinheiro e dos bens materiais, vivermos como se dependêssemos desses bens, crermos que nossa segurança e futuro estão neles fundamentados, pois isso nos leva a idolatrarmos o dinheiro, colocando-o num pedestal que só caberia Deus. Não podemos servir a dois senhores... E não adianta entrarmos nessa pensando em ir à frente só mais um pouquinho, pois esse pouquinho não bastará.

Façamos uma perguntinha básica a nós mesmos: até que ponto somos capazes de dar até o que nos é quase necessário para que outros possam ter uma vida digna? Nada mais triste do que o apego avarento aos bens que a traça come...

Aí, lembro da parábola contada por Jesus nesse mesmo Evangelho, onde o homem rico já não sabia mais o que fazer com os seus bens. Construiu celeiros maiores para que protegessem os bens. Só pensava em guardar, guardar, guardar... Não pensava ele que sua vida terrena poderia acabar a qualquer momento! E para que serviriam tantos bens guardados? Não passara pela cabeça dele que tantos bens poderiam ser partilhados e ainda não lhe faltaria. Aqui recordo dos ensinamentos do Mestre, de que Deus não desampara aos que a Ele se voltam. Da vida nada levamos a não ser o bem, o amor partilhado e o uso generoso daquilo que conseguimos juntar. A riqueza da caridade humana é o que importa para Deus. Jesus nos alerta, por meio dessa passagem bíblica, que um dia seremos julgados não por aquilo que possuímos, mas pelo modo como vivemos, na fidelidade a Deus e aos irmãos, pela prática constante do amor.

Peçamos ao Senhor, neste dia, que envie o Seu Espírito para nos orientar, ensinando-nos a usar os nossos bens materiais cristãmente, usando-os também em favor dos mais necessitados; que não deixemos sair da nossa frente quem nos entende as mãos vazias. Assim, imitaremos o Pai do Céu, que dá tudo o que possui, sem nada cobrar em troca...