terça-feira, 31 de julho de 2012

Minha Terra

Carnaúba dos Dantas de Caetano Dantas Correia, terra da música, uma pequena cidade do Rio Grande do Norte atualmente com 6.612 habitantes.

Terra de grandes homens ilustres, como Dom José Adelino Dantas, nosso saudoso Bispo, um poliglota; maestros e compositores, como Felinto Lúcio Dantas, autor de músicas tocadas no Vaticano; Tonheca Dantas, autor de Royal Cinema; Pedro Lúcio Dantas e Pedro Arbués, com sua numerosa Banda. Músicos como José Venâncio Dantas e Severino Leopoldino e seu clarinete, Severino Justino Dantas, meu saudoso pai, Francisco Vítor e outros.

Em 1928, o Dr. Majoca, médico residente na nossa cidade naquela época, estando deitado em uma rede no alpendre do casarão do Sítio Galo, olhando para o serrote do Galo com suas veredas estreitas, manifestou o desejo de escalar o mesmo, tendo como guia o Sr. José Dantas do Galo, como era conhecido. Chegando na cidade, reuniu-se com amigos, inclusive o Sr. Pedro Alberto Dantas, que carinhosamente trouxe a imagem de Nossa Senhora das Vitórias do Pará, devido a uma graça alcançada. Com outros amigos, tiveram a ideia de construir um santuário, hoje chamado Monte do Galo.

Grandes homens de força e coragem com seus próprios braços diante de uma grande multidão entre suspiros e aplausos, ergueram uma majestosa cruz; e do pé dessa cruz, que parece debruçar-se sobre a cidade, observa-se uma paisagem que é um colírio para os olhos de quem observa com amor.

Este lugar por todos nós considerado sagrado, diariamente é visitado por romeiros na inquebrável fé em Nossa Senhora das Vitórias, que ajoelham-se aos seus pés para pedir cura para o corpo e paz para o espírito.

Terra de homens como Honório Dantas, um grande inventor e mecânico de inteligência inexplicável; Manoel Romão da Silva, primeiro professor da Província, sem estudo, mas dotado de profunda inteligência. Era um homem desprovido de interesse financeiro e saía de casa em casa, nos sítios, ensinando de graça...


Escritos de Terezinha Paulino Dantas, em janeiro de 2000.





Leitura Bíblica: Mateus 13, 36-43

O que semeia a boa semente é o Filho do Homem

A nossa vida é um constante semear. Em cada gesto, palavra, observação e projeto estamos semeando sementes que cairão aqui e ali. No trabalho, em casa, nos lugares de lazer ou encontros, as sementes sempre escapam de cada um de nós. Somos, a todo instante, observados pelas pessoas a partir do que fazemos, das palavras que dizemos. Por isso, podemos evangelizar sempre, ou não. É importante estar atento ao que estamos fazendo para que tenhamos uma colheita verdadeira e de bons frutos no futuro. O que queremos que façam de nós, façamos também aos outros. Devemos semear o que queremos colher. Devemos selecionar o que de fato merece ser colocado na terra imaginária do nosso coração e do coração do outro. É preciso coragem para deixar de lado as sementes ruins, caso contrário a colheita pode não ser tão boa e rica como imaginamos. O que queremos deixar para os outros?



Pe. Air José de Mendonça, msc


segunda-feira, 30 de julho de 2012

#FicaAdica 18


Um(a) verdadeiro(a) amigo(a) é alguém que te conhece tal como és, compreende onde tens estado, acompanha-te em teus lucros e teus fracassos, celebra tuas alegrias, compartilha tua dor e jamais te julga por teus erros. Por isso, a amizade é um dom tão sublime que precisa ser cultivado, conquistado, cuidado com todo carinho. Sendo dom ela é dádiva… presente de Deus!

Na experiência da amizade encontrarás espaço de acolhida para que possas ser quem tu és, sem necessidade de disfarce, de máscaras, de esconderijos. Por isso, invista nas pessoas que estão próximas a ti, permita encontros de aprofundamento, de partilha, de fraternidade. Quem tem na vida amigos(as) verdadeiros nunca estará sozinho, mesmo que esteja sem ninguém por perto…

Frei Paulo Sérgio


Fica a Dica!

domingo, 29 de julho de 2012

O pão de tantas mesas

Neste domingo lemos o evangelho da multiplicação dos pães na versão do quarto evangelista.  Pessoas com fome, deserto, falta de comida, proximidade da Páscoa, pão que mata a fome do corpo, falta de pão de um lado, depois fartura,  pão que mata a fome do corpo e uma outra fome… quanta beleza e  quanta riqueza nesse episódio.  Pensamos em tantas mesas, em tantos milagres,  na singeleza encantadora e nos mistérios de tantas mesas.

Há pessoas que passam fome, que reviram latas de lixo, que  nunca comem à saciedade. Há essas multidões famintas que, por vezes, são atendidas por planos sociais e projetos assistenciais sérios.  Há esses indigentes sempre pedindo esmola aqui e alhures. Há, de outro lado, tantos obesos que comem demais.

Aos domingos, a mãe da presidiária vai fazer-lhe a habitual visita.  Todos os domingos. A filha aguarda  todas as semanas a visita de carinho  quando a mãe traz coxinhas de galinha e sorvete de creme. E as duas comem juntas num canto do presídio, a festa da mesa, a festa do carinho enquanto se come.

Há essa mesa de gente simples, de pai e mãe que trabalham, que aos domingos  reúnem a família toda para o almoço.  A mãe prepara a comida, a filha mais velha, balconista numa loja do bairro, faz  a salada. A vizinha  que mora sozinha vem também para esse momento de partilha. Ela traz sempre a sobremesa.   As pessoas se sentam em torno à mesa. Há a alegria  das coisas simples: as pessoas falam, abrem o coração, fazem uma prece para começar e enquanto a mesa dos alimentos nutre o corpo, a convivência amorosa alimenta a vida íntima de cada um, em torno à mesa.

Penso aqui na grande e bela mesa da festa da senhora que completa noventa e cinco anos. Esposa, mãe, avó, bisavó, professora,  colaboradora fiel das atividades da paróquia.  Chegam uns e outros, trazem seu sorriso, um presente simples. Há abraços, uns poucos discursos e depois em torno da imensa mesa com  toalha branca com flores amarelas e  lilás. E  esta refeição feita toda de alegria, de agradecimento e de júbilo.

Por sobre uma outra mesa, uma mesa com uma bela toalha branca,  estão uma patena e uma cálice, pão e  vinho. Um sacerdote  olha para os céus,  pede que o Espírito desça sobre esses alimentos e  o pão e o vinho se tornam  pão da vida e bebida espiritual. Multiplicando-se aos olhos de todos.

“Recolheram os pedaços  e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães”


Frei Almir Ribeiro Guimarães, no site www.franciscanos.org.br

A verdadeira paz

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz.

Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.

O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar, acariciadas por uma brisa suave.

O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu.

O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.

Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate: - Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse: - Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranquilamente?

E os pintores sem entender responderam: - Sim, mas...

Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou: - Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranquilos.

Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender.

Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranquila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.

Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência.

A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranquilo e nossa consciência arder em chamas.

A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.

É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.

Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro da sua intimidade.



Do Livro “Sabedoria em Parábolas”, Prof. Felipe Aquino

sábado, 28 de julho de 2012

Leitura Bíblica: Mateus 13, 24-30


“Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro.”

Nem sempre nos conformamos com um dos maiores ditados que ouvimos e falamos por aí: “O tempo é o senhor de tudo”. De fato, por mais que não consigamos aceitar, essa é a mais pura verdade. Há uma outra reflexão exegética muito importante para esta parábola, mas prefiro me atentar para esta reflexão neste dia. Trigo e joio crescem juntos. Ceifar o joio enquanto cresce junto com o trigo é incoerente. Ceifando o joio, ceifa-se o trigo. É melhor dar tempo para que, na hora certa, ceifando o joio, não danifiquemos o trigo. Há dores que só o tempo cura. Há males que só o tempo exclui. Há situações que só o tempo ajeita. O benefício de tudo isso é que Deus estará sempre conosco para que não tenhamos medo, dificuldade ou angústia enquanto este tempo, que tudo cura, não chega. A oração pode ser uma grande aliada em todo e qualquer momento de aridez.

Pe. Air José de Mendonça, msc

A descoberta de Deus na rotina da vida

Uma das realidades que mais castigam o homem de hoje – juntamente com as doenças psicossomáticas – é o sentimento de desconsolo e de solidão. É comum encontrarmos, nos cenários de nosso tempo, corações que mesmo estando acompanhados por muitas presenças sentem-se profundamente sós.

Percebe-se que muitos dos olhares dos que habitam nosso tempo perderam a sensibilidade para com o simples e o descomplicado da vida, sendo assim incapazes de se descobrirem encontrados e acompanhados no comum e ordinário dos dias.
Diante da rotina e da simplicidade de cada dia, somos constantemente tentados a enxergar pessoas e situações sob o peso do tédio, sem vislumbrar nada de novo e sem perceber uma Presença que dê sentido às lutas e aos desafios próprios do nosso cotidiano. É “mais” fácil fazer o bem e até perceber Deus em ocasiões extraordinárias e incomuns, contudo, a virtude mora no olhar que consegue fazê-lo em meio ao comum dos dias.

O coração que tem o devido tino para descobrir o Eterno no tempo e o Sagrado no comum passa a se sentir mais acompanhado e visitado naquilo que é e experiencia cotidianamente. Assim a vida se torna menos pesada e só e o homem percebe que não é um ser “jogado” e desconsolado na existência.

Em um universo globalizado, globalizante e globalizador, torna-se fácil perder-se no todo e dissolver-se na massa humana das grandes cidades e concentrações sociais, sentindo, com isso, o desconsolo de se entender mais um em meio a um aglomerado de histórias.

Todavia é necessário entender que Deus se faz presente em cada fragmento do que somos e vivemos, Ele cuida de nós e nos acompanha em tudo o que ilustra e compõe os nossos dias. Quem consegue perceber essa presença no comum de seus dias, pode contemplar a sua “rotina” de maneira acompanhada e sempre nova, sem o peso e o tédio próprios daqueles que experienciam a angústia de se sentirem sós e desconsolados em suas histórias.

O olhar precisa desenvolver a devida sensibilidade para, assim, enxergar o comum da vida. Dessa forma, o ordinário investe-se de novidade, e o coração caminha pleno de presença e ausente de solidão... Descubramos essa Presença no normal de nossa vida e permitamos que “Esse” consolo traga uma nova ordem e um novo sentido aos nossos passos.


Pe. Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Leitura bíblica: Mateus 13, 18-23

Sementes e sementeiras
  
Há textos do Novo Testamento muito conhecidos, que voltam sempre de novo, muitas vezes, em diversos momentos da vida litúrgica da Igreja. Penso aqui, de modo particular, na famosa parábola da semente e dos terrenos.

O Senhor fala, nos fala. A Palavra é a semente.  A Palavra do Senhor, ou o Senhor da comunicação, quer estabelecer comunhão conosco. A Palavra morrendo em nosso interior cria um estado de comunhão. Nosso interior, o mais íntimo de nós mesmos, é o lugar das decisões. É terra de acolhimento da Semente.

E o Altíssimo nos fala.  Pode ser que a semente caia em terra dura, em terreno pedregoso,  no meio de espinheiros ou em terra boa.

Há esse caminho de todos os dias, batido, pisado. Há esses corações insensíveis que vivem no meio de ruídos fortes, ruídos de fora, ruídos de dentro. Não escutam. Escutam os sons da palavra  mas seu interior não tem ressonância. Estão sempre com seus fones de ouvido, não querem ouvir, não querem dar uma informação, não estão disponíveis para Deus. Vão caminhando ouvindo o que lhes interessa.

Há  a  semente que cai no caminho pedregoso. As pessoas ouvem.  Há uma camada de terra relativamente suficiente para a semente morrer, crescer e dar fruto. Por ocasião de um retiro espiritual, de uma homilia alguém tem o coração sensibilizado. Dedica-se mais à oração, projeta gestos largos e generosos de caridade. Mas o terreno não tem profundidade.  São as pessoas que assumem este ou aquele compromisso, fazem profissão de vida religiosa consagrada ou outro tipo, mas  não leem mais, não visitam seu interior, estão sempre derramadas nas coisas, twitter e companhia limitada, sempre na superficialidade. A Palavra não pode operar maravilhas.

Há esse outro terreno… terra boa.  A semente, a palavra, a exortação, a inspiração divina, as falas que nascem do Mistério… As pessoas ouvem, mas há espinheiros que  sobrevoam as existências. Alguns são profundamente sensuais, outros orgulhosos, outros  por demais autossuficientes… e a  Palavra não produziu seus efeitos.

Transcrevemos as sempre oportunas reflexões apresentadas no Missal Cotidiano da Paulus:  “Eis uma homilia feita por Jesus sobre sua parábola. Nela figuram quatro categorias de pessoas, segundo a atitude assumida no ato de escutar a palavra de Deus.  Há os que ouvem com planos próprios, sem muita disponibilidade para se questionar com a palavra. Outros, superficiais, ouvem levianamente e levianamente a esquecem. Muitos não têm  tempo para tirar as conclusões da palavra porque têm muito que fazer. Alguns, finalmente, refletem  sobre a palavra ouvida e se dispõem a “mudar” com disponibilidade  mais ou menos ampla, que só Deus pode medir”  (p. 1067)

Frei Almir Ribeiro Guimarães


Em qual direção segue a sua vida?

“Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo!
O Senhor é minha força e meu alegre canto.
O Senhor é a minha salvação” (Is 12,2)

Vivemos num mundo agitado,emque as pessoas correm de um lado para o outro e muitos perdem o gosto de viver, pois estão desencontrados de si mesmos.

Perdemos o gosto pela vida quando nos afastamos de Deus; e quanto mais nos afastamos, mais caímos num profundo vazio, porque só Jesus pode dar o verdadeiro sentido à nossa vida e preencher o nosso coração.

Voltemo-nos, hoje, para o Senhor com todo o nosso coração, porque no nosso íntimo brota esse desejo: queremos ver Jesus!

Jesus, eu confio em vós!


Do Livro “Comece bem o seu dia”, Luzia Santiago




quinta-feira, 26 de julho de 2012

#FicaAdica 17

É provável que seu modo de pensar precise passar por uma reforma!

Forte é quem sabe parar para medir forças e não segue de qualquer jeito com a falsa ideia de que tudo está sempre sob controle. Coragem tem quem sabe pedir ajuda, repartir novas metas e pedir orientação a quem sabe e pode – junto – enxergar mais longe. Forte é quem sabe dizer 'não sei', 'espere um pouco', 'assim que eu puder', 'mais tarde respondo', e não anda por aí com ares de quem sabe tudo, à mercê de um modo de viver que quer tudo rápido demais. Coragem tem quem sabe se sentar sob a sombra de uma árvore só para dizer 'obrigado' a quem criou esta história toda e consegue, dessa forma, fugir desta força medonha que diz que é vagabundo quem para a fim de respirar. Forte é quem sabe pedir socorro sem se deixar levar pela obrigação de dizer que está tudo bem e que deu tudo certo!

Saber parar é a arte de quem domina a si mesmo! É por isso que a Bíblia diz que mais vale um homem que domina a si mesmo do que aquele que conquista uma cidade!


Ricardo Sá


Fica a dica!


A terrível realidade do “mais ou menos”



O homem pode libertar-se de tudo, menos de sua consciência, e não há nada que a incomoda mais que uma vida vivida no “mais ou menos”, ou melhor: uma vida mais ou menos vivida. Porque a indecisão esvazia as possibilidades, e a dúvida conduz a alma à tristeza.

Mais ou menos é a medida da derrota, é o selo do fracasso, é a marca de tudo o que poderia ter sido bem-feito, mas não foi vivido com intensidade. Há uma palavra no livro de Jeremias que diz: “Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor” (Jr 48,10a).  Quem negligencia não deixa de fazer, mas o faz com descuido, com desleixo, sem atenção; faz mais ou menos.

Um homem mais ou menos justo não é justo, uma mulher mais ou menos fiel não é fiel e um coração mais ou menos quente é morno.  Coragem! Chega de deixar escapar as oportunidades que Deus lhe dá, por medo de se entregar! Por que deixar mais uma vez para amanhã aquilo que Deus quer para agora? Tudo o que foi postergado para o dia de amanhã deixou um vazio no hoje, que é o único tempo que você realmente tem. Mas não desanime por isso! 

Deus é amor, Deus ilumina, Deus inspira, Deus acalma sua alma, Deus preenche o vazio que você traz dentro de seu coração. Ele lhe dá uma nova chance para lutar e, quando você cansar, Ele será o seu repouso... mas Ele precisa da matéria prima para construir a sua nova história. Ele precisa da sua luta. Essa mudança é possível porque a fé ainda remove montanhas, porque a oração ainda toca o céu e a persistência continua tornando realidade resultados aparentemente impossíveis de ser alcançados.

Do livro “Vencendo Aflições. Alcançando Milagres”, Márcio Mendes

Leitura bíblica: Mateus 13, 10-17


“Porque a vocês foi dado conhecer os mistérios 
do Reino do Céu...”

A vida nos dá oportunidades que podem não acontecer mais. Porém, Deus Pai estará sempre pronto a nos oferecer outras chances na vida. O rumo que tomamos e as consequências de nossos atos é que tardarão ou anteciparão as chances ou o seu não acontecimento em nossa vida. Se alguém escolhe o mundo das drogas e não volta atrás, certamente já fez a escolha que não lhe permitirá outras chances. Mas, na maioria das vezes, há a possibilidade de se voltar atrás.

Hoje, no evangelho, a situação tem o mesmo foco, apesar das realidades diferentes. Muitos têm a oportunidade de conhecer Jesus de perto, ouvindo as suas palavras e testemunhando os seus atos. Muitos de nós, hoje, gostaríamos de ter tido uma oportunidade de estar com Jesus pessoalmente. Claro, podemos tê-lo na Eucaristia e, por isso, não podemos perder essa oportunidade única de estar com Ele e viver por Ele.

Pe. Air José de Mendonça, msc

quarta-feira, 25 de julho de 2012

(CIC) A intercessão dos santos e a comunhão com os santos



A intercessão dos santos. Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio:

“Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida.” (São Domingos)

“Passarei meu céu fazendo bem na terra.” (Sta. Terezinha do Menino Jesus)

A comunhão com os santos. Veneramos a memória dos habitantes do céu não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para corroborar a união de toda a Igreja no Espírito, pelo exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os santos nos une a Cristo, do qual como de sua fonte e cabeça, promana toda a graça e a vida do próprio Povo de Deus.

“Nós adoramos Cristo qual Filho de Deus. Quanto aos mártires, os amamos quais discípulos e imitadores do Senhor e, o que é justo, por causa de sua incomparável devoção por seu Rei e Mestre. Possamos também nós ser companheiros e condiscípulos seus.” (São Policarpo)

Catecismo da Igreja Católica, §§ 956-957

Aquelas feridas...


À medida que você cresce e avança na vida, procura resolver as coisas com mais paciência, mais humildade e mais amor.

Procurar perdoar e conseguir esquecer. A ferida fecha mas a cicatriz permanece. É como a cirurgia que deixa a marca na pele, onde o bisturi lavrou em tempos passados.

Eu queria muito apagar a marca de uns acontecimentos, mas no momento em que a lembrança chega às vezes choro e peço perdão.

Senhor, médico dos médicos, vem sarar minhas feridas, vem curar minhas enfermidades da alma...

Josefa Veneranda Dantas, 25/07/2000

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tende sal em vós mesmos


Concede-me, Deus misericordioso,
que deseje com ardor o que Tu aprovas,
que o procure com prudência,
que o reconheça em verdade,
que o cumpra na perfeição,
para louvor e glória do Teu nome.

Põe ordem na minha vida, ó meu Deus,
e permite-me que conheça o que Tu queres que eu faça,
concede-me que o cumpra como é necessário
e como é útil para a minha alma.

Concede-me, Senhor meu Deus,
que não me perca no meio da prosperidade
nem da adversidade;
não deixes que a adversidade me deprima, nem que a prosperidade me exalte.

Que nada me alegre ou me entristeça
para além do que conduz a Ti
ou de Ti me afasta.

Que eu não deseje agradar nem receie desagradar a ninguém,
exceto a Ti.




(S. Tomás de Aquino, doutor da Igreja)

O recolhimento diário

Se não pode recolher-se continuamente, recolha-se de quando em quando; e pelo menos uma vez ao dia, a saber: pela manhã ou à noite.

Pela manhã, propõe; à noite, examina tuas ações: como proferiu hoje suas palavras, obras e pensamentos, porque pode ser que tenha ofendido muitas vezes a Deus e ao próximo.

Arme-se como homem forte contra as malícias do demônio: refreie a gula; e facilmente refrearás toda a inclinação da carne.

Nunca esteja de todo ocioso, mas leia ou escreva ou reze ou medite ou trabalhe em alguma coisa de utilidade para os olhos.

Do Livro “Imitação de Cristo”

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mãe vem me ajudar, quero mudar

    Durante muito tempo da minha vida resisti ao amor de Deus, Ele cuidava de mim sem que eu percebesse, me olhava todos os dias, ansioso para que chegasse o dia em que eu voltasse para Ele. Quando esse dia chegou Deus me amou intensamente, como sempre me amará; amou-me apenas com uma diferença: dessa vez não era só Ele que olhava para mim, eu também estava olhando para Ele.

    Depois desse dia Deus me revelou muitas coisas, me contou alguns segredos a meu respeito, me mostrou vários momentos em que Ele estava comigo e eu não percebia, me fez ver que realmente em todo esse tempo Ele me amou. Contou-me que usava várias formas para me amar e me trazer até Ele: através dos meus familiares e amigos, na Santa Missa, pois mesmo sem eu saber Ele me lavava e permitia que eu pudesse tê-Lo em mim, pela Eucaristia; mas o mais curioso foi quando Ele me apresentou Maria Santíssima, me dizendo que podia contar com ela, recorrer as suas orações e ao seu auxílio. Depois disso passei a falar com ela também! Sempre que falava com a Mãe tinha a certeza de que Deus também me ouvia, pois depois das nossas conversas ela sempre ia dizer tudo a Jesus, mesmo Ele sabendo de tudo. Quando tive a minha troca de olhares com Deus algo me dizia que eu precisava mudar, e Nossa Senhora também esteve presente nesses momentos de mudança, momentos em que precisei renunciar ao meu querer, e aprender juntamente com ela a viver de verdade, a verdade e na Verdade, ou seja, viver em Jesus. Vejo que Maria além de uma Mãe maravilhosa é também uma mestra, uma professora, que nos ensina a viver como cristãos. Já tive vezes em que fiquei em recuperação na escola da vida, mesmo sabendo a resposta certa para o problema optei por resolver de outras maneiras, mas Nossa Senhora é do tipo de professora que não desiste dos alunos, acho que é porque ela os tem como filhos.

    Depois de tantas vezes em que pude sentir Nossa Senhora me ajudar, me dar a mão e me colocar no seu colo não há como ter medo de ir até ela, não penso duas vezes quando o assunto é receber graças pela intercessão da minha Mãe do Céu. Lembro-me ainda de um dia em que minha Mãezinha me fez chorar: chorei de emoção quando em uma noite em que eu estava com medo, me sentindo só e sem proteção, Nossa Senhora me pediu para que eu não me amedrontasse, porque ela iria ficar a noite toda no meu quarto e não ia deixar que nada de mal me acontecesse. Quer saber do melhor? Ela disse que o meu travesseiro seria o seu colo, e foi no colo da Mãe que adormeci, sem medo algum, protegido e amado. Tenho convicção de que a Santa Mãe tem colaborado para minha conversão, pois toda vez que ela chega, junto com ela vem o Espírito Santo me visitar, e assim tenho forças para transformar o que precisa ser mudado.

    Os caminhos que eu percorrer quero fazê-los com Jesus e Nossa Senhora do meu lado, aonde eu for quero levá-Los comigo. Talvez eu escolha alguns caminhos errados, e quando isso acontecer será necessário que Eles estejam comigo, para que eu consiga sair desses caminhos que não me levam ao céu. Desejo de todo coração que Nossa Senhora permaneça comigo, e sei que com ela posso contar, foi Deus quem me disse. Reconheço minha fraqueza, preciso da intercessão materna da minha Mãezinha do Céu, e seguindo assim, poderei descansar no seu colo sempre que precisar.

    Nossa Senhora, nossa Mãe e Protetora, rogai por nós, queremos mudar!

 

João Pedro Dantas Silva, Min. de Música, RCC C. dos Dantas
Texto publicado originalmente no blog http://gocarnaubadosdantasrcc.blogspot.com.br/

Em quem você coloca a sua confiança?

“Tudo posso naquele que me dá força” (Fl 4,13)

São Paulo sabia viver bem na penúria e na abundância, e não se deixava abater pelas dificuldades, pois não colocava a confiança nele mesmo, mas sim em Deus. Por isso proclamou: “Tudo posso naquele que me dá força”. Aprendeu a confiar e a se abandonar no Senhor em todas as circunstâncias.

“Sei viver na penúria e sei viver na abundância. Aprendi a viver em toda e qualquer situação: estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou passando falta” (Fl 4,12).

Diante das dificuldades, não podemos recuar nem perder a esperança, e sim avançar, como São Paulo, porque é na nossa fraqueza que o Senhor se faz forte.

Deixe que esta Palavra revigore o seu interior e o encha de coragem. Proclame ao longo de todo o dia e em todas as circunstâncias: “Tudo posso naquele que me fortalece”.


Deus provê, Deus proverá, sua misericórdia não faltará!


Jesus, eu confio em vós!


Do Livro “Comece bem o seu dia”, Luzia Santiago




domingo, 22 de julho de 2012

Ecos da vida

Um filho e um pai caminhavam pela montanha. De repente, o menino cai, se machuca e grita: - Ai!!!

Para sua surpresa, escuta sua voz se repetir em algum lugar da montanha.

Curioso o menino pergunta: - Quem é você?

E recebe uma resposta: - Quem é você?

Contrariado grita: - Seu covarde!

E escuta como resposta: - Seu covarde!

O menino olha para o pai e pergunta aflito: - O que é isso?

O pai sorri e fala: - Meu filho, preste atenção.

Então o pai grita em direção da montanha: - Eu admiro você!

E a voz responde: - Eu admiro você!

De novo o homem grita: - Você é um campeão!

A voz responde: - Você é um campeão!

O menino fica espantado e não entende, então o pai explica: - As pessoas chamam de ECO, mas, na verdade, isso é a VIDA. A vida lhe dá de volta tudo o que você diz, tudo que você deseja de bem e mau aos outros. A vida lhe devolverá toda a blasfêmia, inveja, incompreensão, falta de honestidade que você desejou, praguejou às pessoas que lhe cercam.

Nossa vida é simplesmente um reflexo das nossas ações. Se você quer mais amor, compreensão, sucesso, harmonia, felicidade, crie mais amor, compreensão, harmonia, no seu coração.

Se agir assim, a VIDA lhe dará FELICIDADE, SUCESSO, AMOR das pessoas que lhe cercam.

REFLITA e melhore sua vida enquanto há tempo , crie bons Ecos em sua vida e à sua volta, fale somente palavras que tragam vida e não morte!



Do Livro “Sabedoria em Parábolas”, Prof. Felipe Aquino

#FicaAdica 16


Se você quer ver triunfar a paz em seu coração, não busque culpados para suas derrotas. Aceite uma verdade muito profunda: você é limitado, você é fraco. Paulo experimentou essa verdade quando pediu para o Senhor tirar o espinho de sua carne, e o Senhor disse: “Basta-te minha graça”. O Senhor estava ensinando que Paulo era fraco. Você pode ter muitos talentos, muitos dons, pode saber fazer muitas coisas, mas você vai cair. Você precisa deixar-se conduzir pelo Espírito Santo. Ele nos revela que somos fracos, mas que Deus trabalha a partir da nossa fraqueza. Deus chama pessoas fracas, para que por meio da fraqueza delas se manifeste sua força e seu poder. O triunfo da paz é deixar vencer a paz e não o ódio, não as dificuldades, não os problemas. Então não preciso buscar culpados para minhas derrotas. Dobro meu joelho no chão e reconheço que sou fraco, limitado, e que necessito da graça de Deus.

Pe. Léo, SCJ

Fica a dica!

Leitura bíblica: Marcos 6, 30-34


“Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha pastagem…”.  “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram ovelhas sem pastor…”.

E hoje… e ontem… mais hoje… o      que vemos?  Há essas crianças que nascem sem  o respaldo de um uma família, numa casa onde não se fala do sacramento do matrimônio nem do pastor que dá a vida pelos seus.  Vivem com colegas que não têm  fé e vida cristã… e essas crianças e seus colegas… crescem sem ter uma pessoa que lhes diga as coisas essenciais da vida.  Pode até ser que venham a fazer a primeira comunhão…  Mas,  isso nunca bastou!

Há esses casados  que precisam trabalhar, lutar, comprar, vender… e não pertencem  a um grupo de oração, a um círculo de aprofundamento conjugal. Não lhes sobra tempo. Talvez os pastores tenham certa dificuldade em lhes falar dos temas de  Igreja doméstica, de espiritualidade conjugal…  Há esses homens e mulheres da Igreja que conservaram apenas um certo cristianismo meio infantil, que aprenderam doutrinas no começo… sem terem tido ocasião de confrontar  sua história pessoal com a fé…. Ovelhas sem pastor!  Culpa dos padres?  Culpa de quem?   De  ninguém e de muitos.  Não temos tido a coragem de inventar o novo… e nossa pastoral, algumas vezes, se tornou  seca, legalista, de cursos  e não de uma paixão louca pelo Cristo.
Marcos, no evangelho hoje proclamado, dá a entender que Jesus e os apóstolos andavam assoberbados e quase estressados.   Jesus mais de que depressa convida-os a descansar… a se retirarem  para um lugar deserto. Na verdade havia tanta gente indo e vindo que Jesus e os seus não tinham tempo para comer.  E vão então para o outro lado do lago. E as pessoas correm atrás.  Quando o barco chegou as multidões já estavam  lá… Nesse momento é que Jesus pronuncia a famosa frase que nos deixa pensativos:  “Jesus viu uma numerosa multidão e teve  compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”.

Cristo é o bom Pastor previsto e predito  por Jeremias:  “Suscitarei para as ovelhas novos pastores que as apascentem; não sofrerão mais o medo e a angústia,  nenhuma delas se perderá, diz o Senhor”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães


sábado, 21 de julho de 2012

Desistir?! Jamais...

Quando Albert Sabin e Hugo Rafael descobriram a vacina contra a poliomielite, um repórter perguntou a Hugo Rafael:

— Como é a sensação de ter obtido sucesso, depois de ter fracassado nas duzentas tentativas anteriores? Hugo respondeu-lhe:

— Não houve duzentos fracassos. Meus amigos, minha família e todos os que acompanharam o processo sabem disso. Na verdade, fizemos duzentas descobertas, sem as quais não teria sido possível descobrir a vacina que pôs fim à poliomielite.

Ainda bem que eles não desistiram na ducentésima vez! Há tesouros incalculáveis na arca da perseverança. Muitas conquistas teriam sido perdidas se não fosse por alguém acreditar e tentar mais uma vez... Talvez a sua próxima tentativa seja a que fará aquela real diferença em sua vida. Talvez ela traga o resultado há tanto tempo esperado...

Muitas pessoas desistem de modificar aspectos da sua vida, quando se frustram nas primeiras experiências. Não percebem que esse aparente fracasso as adestra para uma investida mais arrojada e que estão mais preparadas que antes, porque tentativa frustrada se converte em experiência para aqueles que não desistem.

Quem faz escolhas pode errar, mas não precisa se obstinar no erro. Quem avança pode se enganar no caminho, mas não é preciso desistir de caminhar. No momento certo, Deus dará a força e a sabedoria necessárias para retomar o caminho correto. E esse momento pode ser hoje. Um só dia pode ser mais importante que muitos anos...

Você não imagina a força de uma pessoa impulsionada pelo Espírito Santo. É simplesmente incalculável... Uma pessoa sem Deus é desprovida de qualquer poder real. Mas, se ela se deixar conduzir pelo Espírito Santo, se Ele a abrasar, poderá agir em favor da transformação de situações muito além de seu alcance e de suas forças.

Se o Espírito Santo soprar sobre ela e a impelir, poderá levar consigo muitas outras pessoas a uma experiência latente, efetiva e poderosa de Deus.


Do livroVencendo Aflições. Alcançando Milagres”, Márcio Mendes