segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fui criada porque Deus me ama!

“Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra’. Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou.”

Lendo mais uma vez o Capítulo 1 do Livro do Gênesis, pude meditar sobre a criação do universo, sobre a minha criação. E nessa releitura, comprovei mais uma vez que eu sou uma criatura; não existo a partir de mim mesma, mas fui criada por Deus. Eu fui criada para amar e ser amada por Deus, para conhecer e amar a Deus. Fui criada puramente por amor, somente porque Deus me amou e não em função de outra pessoa, coisa ou acontecimento, e não só para conhecer, mas para participar da vida da Trindade.

É grande a minha alegria em constatar mais uma vez que Deus fez tudo com um carinho especial: as aves, os animais terrestres, o firmamento, o mar, as estrelas... mas Ele se encheu de um contentamento especial ao criar o homem, ao me criar! A cada um que Ele cria, o faz com a vontade de ver a glória do Seu nome santificado. Somos criados à sua Imagem e Semelhança. Isso é demais!

(CIC) Como falar de Deus?

Ao defender a capacidade da razão humana de conhecer a Deus, a Igreja exprime sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção esta na base de seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e com as ciências, como também com Os não-crentes e os ateus.

Uma vez que nosso conhecimento de Deus é limitado, também limitada é nossa linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus a partir das criaturas e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.

As criaturas, todas elas, trazem em si certa semelhança com Deus, muito particularmente o homem criado à imagem e a semelhança de Deus. Por isso as múltiplas perfeições das criaturas (sua verdade, bondade e beleza) refletem a perfeição infinita de Deus. Em razão disso podemos falar de Deus a partir das perfeições de suas criaturas, "pois a grandeza e a beleza das criaturas fazem, por analogia, contemplar seu Autor" (Sb 13,5).

Deus transcende a toda criatura. Por isso, é preciso incessantemente purificar nossa linguagem daquilo que possui de limitado, de proveniente de pura imaginação, de imperfeito, para não confundirmos o Deus "inefável, incompreensível, invisível, inatingível" com as nossas representações humanas. Nossas palavras humanas permanecem sempre aquém do Mistério de Deus.

Assim falando de Deus, nossa linguagem se exprime, sem dúvida, de maneira humana, mas ela atinge realmente O próprio Deus, ainda que sem poder exprimi-lo em sua infinita simplicidade. Com efeito, é preciso lembrar que "entre o Criador e a criatura não se pode notar uma semelhança, sem que se deva notar entre eles uma ainda maior dessemelhança", e que "não podemos apreender de Deus o que ele é, mas apenas O que ele não é e de que maneira os outros seres se situam em relação a ele"

Catecismo da Igreja Católica (CIC), §§ 39-43