domingo, 26 de agosto de 2012

Felicidade

A felicidade está ao nosso alcance. Temos tudo para construí-la.

 Ela está dentro de nós e não depende das coisas que existem ao nosso redor. A angústia pelo passado e o temor diante do futuro impedem a felicidade do momento presente. Recordar as tristezas passadas é prolongar o sofrimento; temer o futuro é sofrer por antecipação.

 O passado é sempre fonte de alegria, tenha sido ele bom ou mau, negativo ou positivo. Se houve erros, vamos agradecer a Deus com alegria o perdão recebido. Se o passado foi bom, maior ainda a obrigação de agradecer a Deus e de alegrar-se pelos dons que nos foram concedidos.

 Viver bem o momento presente é a melhor forma de preparar a chegada do futuro. A ansiosa preocupação com o futuro prevê males que jamais acontecerão.

Aprendi da experiência da vida a lição que não quis aprender do Evangelho. Quantas vezes li e ouvi: 'Não vos preocupeis com o dia de amanhã... O amanhã trará seu próprio sofrimento... A cada dia basta sua própria cruz ...'.

 Preocupei-me com tantos problemas que nunca se tornaram realidade...

 A tristeza pelo passado e o medo diante do futuro tornaram-se uma cruz. Não temos forças para carregar três cruzes: a do passado, a do presente e a do futuro. Só temos forças e energias para carregar a cruz do momento presente. Concentrando toda a atenção, forças e energias sobre a atividade que estivermos exercendo no momento presente, a obra será executada com mais eficiência e com menor espaço de tempo, além de sair mais perfeita.

 Por mais que lamentemos o passado, ele jamais voltará; por mais que nos preocupemos com o futuro, ele nunca virá por antecipação.

 Viver com alegria o momento presente, ser bem o que somos, colocar um grande amor em tudo que fazemos são condições de êxito da vida.

Fonte: Geocities

A quem iremos Senhor?


Estamos terminando a leitura do Sermão do Pão da vida do evangelho de João. Conhecemos quase de cor tudo aquilo que foi sendo lido ao longo dos domingos de agosto.  Jesus se apresenta como alimento da vida dos seus. Não somente no pão da eucaristia, mas com toda sua vida e sua fala, seu testemunho e o testemunho que dele dá o Pai.  Os ouvintes  experimentaram dúvidas a respeito da fala de Jesus.  Não entendiam essa questão de dar a carne pelos seus, dar a vida pelos seus.  “A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele”.  Jesus exige uma postura corajosa dos apóstolos.  Coloca a questão:  “Vós também quereis ir embora?”

Muitos de nós conhecemos Cristo em nossas famílias e no tempo da preparação para  Primeira Eucaristia.  Pode ter acontecido que, por felicidade, tenhamos tido a oportunidade de aprofundar nosso conhecimento do Senhor e tenhamos mesmo chegada a uma vida de seguimento do Senhor… A fidelidade exige coragem, requer firmeza no tempo que passa e  audácia para superar as provações.   Nesses momentos pode ser que a figura de Jesus, que o horizonte da fé nos pareçam fluidos e  venhamos a ter a tentação de deixar de ouvir o  Senhor.  A fidelidade é sempre uma virtude difícil de ser profundamente vivida.

A primeira leitura deste domingo é tirada do Livro de Josué.  O líder do povo tem a impressão que muitos querem abandonar o Senhor.  Se seus ouvintes não estão dispostos a seguir o Senhor, que tomem outro caminho: “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses aos quais vossos pais serviram na Mesopotâmia ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais.  Quanto a mim e à minha família serviremos ao Senhor”.   Josué declara solenemente  que não abandonará a fé.  Belíssima a resposta do povo:  “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir a deuses estranhos…ele nos tirou da terra do Egito… nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos e no meio de todos os povos pelos quais passamos. Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”.  O povo confirma seu desejo de ser um povo do Senhor.

Encontramos a mesma postura na figura de Pedro no final do evangelho do Pão da Vida.  Quando Jesus  deixa liberdade para que os apóstolos se afastem como muitos discípulos tinham feito, ouvimos a palavra forte e luminosa de Pedro: “A quem iremos, Senhor?   Só tu tens palavras de vida eterna.  Nós cremos  firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”.

Cabe a cada um de nós, diante da fragilidade de cada um e das exigências da fé responder à pergunta de Jesus:  “Quereis ir… quereis  fazer vossa vida de outro modo?”


Frei Almir Ribeiro Guimarães