domingo, 23 de dezembro de 2012

Leitura Bíblica: Hebreus 10, 5-10; Lucas 1, 39-45

Nas vésperas do Natal mais um encontro com Maria, com a cidade de Belém e com esse Jesus que, ao entrar no mundo afirma, segundo a Carta aos Hebreus,  que veio fazer a vontade do Pai.

Vamos transcrever algumas passagens dos Padres da Igreja a respeito da glória e da beleza da Mãe  de Jesus, de Maria do Natal.

“Esteja em cada um de vós a alma de Maria para engrandecer o  Senhor: em cada um esteja o espírito de Maria para exultar em Deus. Embora segundo a natureza haja uma só Mãe do Cristo, segundo a fé o Cristo é fruto de todos; pois toda alma recebe o Verbo de Deus desde que sem mancha e libertada do pecado, guarda a castidade com inteira pureza”  (Santo Ambrósio de Milão).

“Abre, ó Virgem Santa,  teu coração à fé, teus lábios ao consentimento,  teu seio ao Criador.  Eis que o desejado de todas as nações bate à tua porta. Ah!  Se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama!  Levanta-te, corre, abre. Levanta-se pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem,  a serva do Senhor;  faça-se em mim segundo a tua palavra”  (São  Bernardo de Claraval).

“Amamenta, ó Mãe, o nosso alimento; amamenta o pão vindo do céu e posto no presépio para ser a comida  dos santos que tomam o lugar dos animais. É ali que o boi reconhece o seu dono e o jumento a manjedoura de seu Senhor;  trata-se dos circuncisos  e incircuncisos, unidos na pedra angular, cujas primícias foram os pastores e os magos.  Amamenta  quem te fez tal que pudesse ele mesmo se fazer em ti, que ao ser concebido te trouxe o dom da  fecundidade e que, uma vez nascido, não te privou da honra da virgindade;  que antes de nascer escolheu para si tanto o seio do qual nasceria, como o dia em que nasceria. E ele mesmo realizou o que escolheu, para ser como esposo  que sai da câmara nupcial, visível aos olhos dos homens, e testemunhar que ele é a luz espiritual, juntamente no dia do ano em que a luz começa a aumentar”  (Santo Agostinho).

“Maria, imensamente digna de ser Mãe do  Filho de Deus, depois do colóquio com o anjo, devia também subir a montanha e permanecer nas alturas.  Por isso  está escrito: Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa (Lc  1,39).   Porque era solícita e diligente, devia igualmente apressar-se com zelo e, cheia do Espírito Santo, ser conduzida às alturas, protegida pelo poder de Deus, cuja sombra já a envolvera” (Orígenes).

Frei Almir Ribeiro Guimarães