sexta-feira, 28 de junho de 2013

#FicaAdica 91



Quando você abraça alguém, consequentemente você também é abraçado. Um abraço é uma troca intensa de energia, carinho e amor. Um abraço sincero é capaz de curar feridas da alma, de trazer um novo vigor a quem está sem esperança. Abraçar é envolver a outra pessoa e permitir ser envolvido, sem esquivas, sem culpa, sem reter, sem guardar nada… Abraçar é sentir pulsar os corações na mesma sinergia!
No seu caminho você encontrará muitas pessoas necessitadas da sua atenção, do seu olhar, do seu tempo, do seu abraço… Então, não se negue a quem precisa de você. Tire um pouco do seu tempo para doar a quem precisa dos seus ouvidos, dos seus ombros, dos seus afetos. Como dizia Madre Tereza, podem estar precisando do seu pão ou do seu amor…

Frei Paulo Sérgio, ofm

Leitura Bíblica: Mateus 8,1-4

Tenho a certeza de que o Senhor quer, Ele deseja que estejamos curados. Deus nos quer limpos, livres do pecado.

Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: ‘Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar’” (Mt 8,2).

Hoje, cada um de nós pode aproximar-se do Senhor, olhando para nossas lepras, para os nossos pecados, olhando para as manchas que há em nós, em nosso coração, em nosso corpo, em nossa alma, em todo nosso ser.

As marcas que o pecado deixou em nossa vida contaminam todo o nosso ser, e nós, muitas vezes, nos encontramos assim: sujos, mancos, distantes da graça de Deus por todo o estrago que o pecado causou em nós.

Às vezes, não vemos a consequência da sujeira, porque esta está pequena; mas, quando ela cresce, logo percebemos.

Penso que alguém sensato, com bom senso, não consegue conviver em meio à sujeira. Primeiro, por causa do mau cheiro e todos os incômodos que vêm com ele; ninguém consegue viver com a alma suja, com o mal-estar que o pecado causa em nós.

Hoje, com toda a humildade do nosso coração, precisamos pedir a Deus: “Senhor, limpa-me. Senhor, cura-me, porque, se quiseres, podes me curar”.

Tenho a certeza de que o Senhor quer, Ele deseja que estejamos curados. Deus nos quer limpos, livres do pecado. A atitude primeira não é nem do Senhor, pois Ele já está, de braços abertos, esperando por nós.

Que nós, então, corramos ao encontro de Deus e peçamos: “Senhor, lavai-me e purificai-me”.

Deus abençoe você!  

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 26 de junho de 2013

#FicaAdica 90


Na maioria das vezes vamos ao encontro das pessoas para suprir nossos vazios e carências. Esta forma de encontro ainda é egoísta, pois buscamos nas outras pessoas aquilo que nos falta, aquilo que precisamos para nos preencher. O amor cristão nos impele a ir para levar um pouco de nós, ou, melhor ainda, para partilhar, para permitir que o encontro flua na sinergia eu-tu de maneira suave, sem cobrança, sem expectativas…

Na experiência do amor, carência e necessidade não são as mesmas coisas. Na carência estamos na falta, queremos satisfação; na necessidade buscamos para plenificar, vamos porque há uma atração no coração e na alma. A necessidade de plenitude nos faz buscar Deus para que Ele seja tudo em nós… E nós, plenos n’Ele!

Frei Paulo Sérgio, ofm

Leitura Bíblica: Mateus 7,15-20

Uma árvore boa não  pode dar frutos maus nem uma árvore má pode dar frutos bons (Mt 7, 18)

O bem continua sendo feito e muito bem feito. Há pessoas que respiram bondade e transparência.  São árvores boas que dão frutos de qualidade.

Aquela menina-moça resolveu ser religiosa contemplativa. Nascera  no seio de uma família dilacerada.  A mãe fora abandonada pelo marido e a menina cresceu junto dos avós. Nada de extraordinário.  Ouviu conversas de seus avós,  pessoas ainda relativamente novas, que foram mostrando à menina esplendores de pessoas que fizeram de suas vidas um hino de louvor a Deus. A menina não quis ser medíocre. E a menina ingressou num convento de contemplativas. Oração, trabalho manual, convivência com as irmãs. Serenamente foi se entregando ao Esposo.  Através de seu modo de ser e de agir mostra que é boa árvore que dá bons frutos.

Ela, Dona Clara, vivia com o marido e o filho. Morava numa casa comprida: sala, um quarto, outro quarto, cozinha maior. Costurava em casa. Fazia calças e camisas para homens. Trabalhadeira, serena, correta. Limpava e arrumava a capela de Nossa Senhora das Vitórias. Sempre com um leve sorriso.  Não falante demais. Serena, belamente serena.  Uma mulher que  exalava paz e bondade.  Árvore boa dando bons frutos.

Ele,  Euclides,  era gerente de uma livraria.  Trabalhou em  São Paulo e no Rio. Casou-se com uma mulher que amava profundamente.  A primeira filha nasceu com deficiências cerebrais e viveu até  6 anos. Depois vieram os outros filhos: as Marias e os Josés. E  a mulher é acometida de um violento câncer. Trabalho, seriedade, honestidade, alegria fizeram parte da vida de Euclides. E mais ainda:   dedicava-se ao trabalho pastoral no campo da catequese. Todos o estimavam. Quando morreu todos, diziam  sem pestanejar: “Perdemos Euclides e o céu ganhou um santo”.  Árvore boa que deu bons frutos”.

O evangelho hoje proclamado solicita nossa atenção  para um aspecto particular. Temos que ter cuidado com os falsos profetas. Alguns aparecem em nossas  vidas  revestidos de boas intenções, vestidos com peles de ovelha, quando na verdade são lobos vorazes. São amigos interesseiros, são pessoas que se servem de nós e nos usam… Atenção é  por seus frutos que conhecemos as  árvores boas.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br

sábado, 22 de junho de 2013

Clamemos aos céus


Na Palavra de Deus, encontramos muitos testemunhos e orações que nos conduzem ao total abandono em Deus, os quais nos ensinam que a humildade, a fé e a perseverança são fundamentais para alcançarmos a santidade. Isso ocorre com Daniel, que eleva a sua oração aos céus pelos pecados de seu povo: ”Senhor, fomos reduzidos a nada diante de toda a terra: tudo devido aos nossos pecados [...]. Entretanto, que a contrição do nosso coração e a humilhação do nosso espírito nos permitam achar bom acolhimento junto a vós, Senhor [...]. Ó Senhor não haja confusão alguma para os que põem em vós sua confiança” (Dn 3,34-42).

É isso que nós cristãos de todo o mundo precisamos fazer: clamar aos céus por toda a situação mundial.

Oremos uns pelos outros e, de todo o coração, busquemos a face do Senhor, porque sabemos que não podemos confiar em nossas próprias forças. Busquemos refúgio no Senhor, pois um coração humilde e confiante no poder do Alto é o remédio que cura todas as feridas.

Quando rezamos tudo se torna possível e todas as portas se abrem. Mesmo que, hoje, estejamos numa “fornalha ardente”, lancemos um grito ao Todo-Poderoso, porque Ele vai enviar um anjo para nos socorrer, como nos ensinam as Sagradas Escrituras.
“Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões; os leões não me fizeram mal, porque, na presença d’Ele, foi provada a minha inocência” (Dn 6,22-23ss).

Neste dia, exercitemos o precioso dom da oração e do louvor e levemos todas as nossas misérias e as dos nossos próximos aos pés de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago, Comunidade Canção Nova

(CIC) A liturgia como fonte de vida



Obra de Cristo, a Liturgia é também uma ação da sua Igreja. Ela realiza e manifesta a Igreja como sinal visível da comunhão de Deus e dos homens por Cristo; empenha os fiéis na vida nova da comunidade, e implica uma participação «consciente, ativa e frutuosa» de todos.
«A liturgia não esgota toda a ação da Igreja». Deve ser precedida pela evangelização, pela fé e pela conversão, e só então pode produzir os seus frutos na vida dos fiéis: a vida nova segundo o Espírito, o empenhamento na missão da Igreja e o serviço da sua unidade.

Catecismo da Igreja Católica, § 1071-1072

Leitura Bíblica: Mateus 6, 24-34

Nunca seja escravo do dinheiro, não se deixe dominar por ele, não se venda e nunca compre ninguém pela força do dinheiro; muito pelo contrário, que seja o Senhor o guia da nossa vida.

“Ninguém pode servir a dois senhores (…) Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).

Não podemos colocar a nossa vida a serviço do dinheiro, dos valores financeiros. É verdade que precisamos do dinheiro, e todos nós – para sobrevivermos, para alimentarmos nossa casa, para cuidarmos da nossa família – precisamos também dele para evangelizar.

O que não podemos é sermos dominados, sermos servidores do ‘senhor do dinheiro’. Nós temos de colocar o dinheiro a nosso serviço, nós temos que colocá-lo a serviço de uma causa nobre, do Evangelho, do bem do próximo. Nós não podemos gastar todas as nossas energias para, simplesmente, acumular nossas economias.

Precisamos viver nessa terra, cuidar dos nossos. Mas quando colocamos os bens materiais, a busca desenfreada por ganhar dinheiro e lucrar cada vez mais como prioridade, o nosso coração fica lá em baixo, porque pertence a Deus.

Estou convidando você a fazer uma reflexão sobre os valores na sua vida. Trabalhe honestamente, lute para conseguir um bem-estar para você, para sua casa e sua família, mas nunca seja escravo do dinheiro, não se deixe dominar por ele, não se venda e nunca compre ninguém pela força do dinheiro; muito pelo contrário, que seja o Senhor o guia da nossa vida.

Deus abençoe você nesse dia!

Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Leitura Bíblica: Mateus 6, 19-23


Num dos versículos da segunda carta aos  Coríntios  proclamada na  liturgia de ontem líamos:  “E quando, estando entre vós, tive alguma necessidade,  não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedônia supriram minhas necessidades.  Em todas as circunstâncias, cuidei e cuidarei de não ser pesado a vós”(2Cor 11, 9).  Paulo se contenta com o mínimo e não deseja ser peso para seus ouvintes que, ao que parece,  não estão muito dispostos a serem generosos em seus dons.  Paulo leva uma vida digna e frugal, simples, modesta.  No trecho do Sermão da Montanha  Jesus faz uma séria advertência: “Não junteis tesouros aqui na terra onde a traça e  ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam”.  Estamos diante do desejo desmedido de ganhar e guardar.  Vivemos uma sociedade da competição e do lucro, da complicação da  vida por causa da competição e do desejo do ter.

Muito se tem escrito e refletido sobre a necessidade de reduzir  nossas exigências e desejos materiais.  Vivemos  num processo de complicação da vida.  Se tivermos coragem será possível viver com maior simplicidade,  mesmo nas grandes cidades.  Compramos muito.  Compramos roupas demais, bebidas demais, coisas demais.  As coisas perdem sua validade.  Consumimos.  Não temos tempo de apreciar o perfume de um vinho, porque temos a adega cheia de garrafas.   Não  “curtimos”  as pessoas porque o face-book está  lotado de mensagens.  Respondemos sem colocar afeto nas palavras que formulamos, sem “degustar”  a riqueza  do outro.  Perdemo-nos em detalhes completamente dispensáveis e perdermos a visão do conjunto, porque  “queremos” demais.   Exigimos coisas das quais nem nos lembramos posteriormente. As pessoas precisam ir além do ter e da competição.  Precisam apreciar um por-de-sol, uma paisagem bonita pela paisagem,  um rio pela beleza do rio. Não podemos  querer comprar o terreno para construir uma casa para nós, para nós…para nós…

Liberdade, poesia,  busca do Absoluto,  tentar descobrir o tesouro do evangelho escondido no campo ou  buscar a pérola preciosa que não se compra com dinheiro, nem com poder ou  prestígio.  “Porque onde está o teu tesouro, aí está o teu coração”.

Frei Almir Ribeiro Guimarães
www.franciscanos.org.br