domingo, 28 de dezembro de 2014

As lições de Nazaré

Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.
Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.
Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.
Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.
Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.
Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.
Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.

(Alocução do papa Paulo VI, pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964)


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

É preciso ter esperança


Quando pensarmos no fim, com todos os nossos pecados, com toda a nossa história, pensemos no banquete que gratuitamente nos será dado e levantemos a cabeça. Nada de depressão. Esperança! Mas a realidade é ruim. Há tantos e tantos povos, cidades e pessoas, tanta gente que sofre; tantas guerras, tanto ódio, tanta inveja, mundanidade espiritual e corrupção. Sim, é verdade! Tudo isso cairá! Mas peçamos ao Senhor a graça de sermos preparados para o banquete que nos espera, com a cabeça sempre erguida.


Papa Francisco

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A verdadeira árvore


Lendo e meditando o capítulo 15 do Evangelho de João (1-8), vi ali a beleza que é a nossa vida, comparando-a com uma árvore. Existem árvores que germinam, crescem, criam galhos, dão frutos... com o tempo, alguns galhos precisam ser podados para que galhos novos apareçam para darem novos frutos. Outras árvores passam por esse mesmo processo, mas num determinado momento as podas são esquecidas, a água necessária para que elas vivam já não é derramada... a árvore morre. Assim somos nós. Quando nos deixamos podar, no tempo certo, quando deixamos que a Água Viva esteja sempre a nos molhar, estamos a crescer e podemos dar sempre bons frutos, até o dia em que o Senhor nos chamar. Porém, se preferimos nos fechar, preferimos continuar com os galhos defeituosos, as folhas cairão, os galhos murcharão, os frutos deixarão de aparecer... Peço a Deus que não deixe de derramar sobre todos nós o Seu Espírito de paz, de amor, e, sempre que necessário, envie jardineiros para fazer a poda necessária para o nosso crescimento.


“Quem permanece em mim, e eu nele, dará muito fruto...” (Jo 15,5b)  

Publicado em Jornal Kyrie, Novembro/2019

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um fato real na vida de um santo

Na vida de São Clemente Hofbauer, um santo da Congregação dos Padres Redentoristas, há um fato que mostra a força do perdão e da mansidão.

Certa vez ele entrou numa taverna para pedir uma esmola para as obras que realizava; mantinha um orfanato de crianças pobres. Um homem, Kalinski, o odiava, e estava presente ali no bar, tomando vinho e jogando cartas com os amigos. São Clemente entrou, se dirigiu à mesa de Kalinski e pediu uma esmola.

- Como é Kalinski, você não vai fazer nada? perguntou o amigo. Não é este padre ai que você nos disse que quando encontrasse com ele ia “acertar as contas”?

- Sim, é ele mesmo, e eu vou fazer isso agora mesmo, disse Kalinski. Kalinski pegou o copo de cerveja que bebia, encheu a boca e despejou no rosto de São Clemente.

Embora de índole colérica, o santo não se perturbou. Puxou o lenço e enxugou o rosto, enquanto todos esperavam a briga.

Calmamente São Clemente disse ao agressor: Kalinski, eu sou um pecador e mereço isso, você já deu o que eu mereço. Agora dê uma esmola para as minhas pobres crianças, elas merecem.

A atitude do santo desconcertou Kalinski, o quebrou ao meio, e também aos demais do grupo. Na mesma noite, Kalinski não conseguia dormir de remorso; se levantou e foi à casa do Santo; bateu na janela do quarto, e quando esta se abriu ele entregou a São Clemente um saquinho de moedas de ouro: “É para seus meninos!” Arrependido e penitente Kalinski tornou-se grande amigo e colaborador do santo.

É a força da mansidão e do perdão. Isto é o que São Paulo chamou de “amontoar brasas ardentes sobre a cabeça do pecador” (Pr 25,21; Rom 12,20).

Jesus ensinou no monte das bem aventuranças: “Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar a teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem”. (Mt 5,43-44). É claro que isso não é fácil; mas é possível com o auxílio da graça de Deus.

Quando olho para Jesus crucificado, a lição mais forte que aprendo é essa esta: “Eu que sou Deus, puro e santo, morri crucificado, perdoando os meus algozes. Faças o mesmo se queres ser cristão”.

(Prof. Felipe Aquino)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Feridas Abertas


Prepare-se! Cada dia é em si mesmo um chamado para novas batalhas e os vencedores serão aqueles que estiverem mais bem preparados, afinal de contas, a vida não aceita desculpas como o famoso: "ninguém me avisou…".

Será que é preciso avisar mais alguém que sem estudar não se chega a lugar nenhum? 

Será que é preciso avisar que estamos na era digital e que o computador substituiu a máquina de escrever?

Fala sério! É preciso avisar que o cigarro mata? Que a bebida alcoólica causa dependência, que a cocaína vicia e corrói o cérebro pelas beiradas e transtorna muitos lares, que o orgulho mata, fere, machuca e cobra um alto preço da nossa felicidade?

Será que tem gente que ainda não sabe o valor do respeito? 

Será que fazem mal aos outros por ignorância das Leis Divinas? Será que sequestram pessoas sem saber da Lei dos homens? 

Por quê alegamos ignorância quando a dor nos visita ou a própria vida vem cobrar os nossos erros, seja através de doenças, da dor ou sofrimento?

Hoje você tem diante de si uma porta chamada " futuro" e que não é preciso bater para se entrar, nem precisa de apresentação, nem carteirinha, nem padrinho nem "quem indicou", precisa sim, ter coragem de abandonar aquilo que sabemos ser prejudicial a nós mesmos, ao próximo (e até ao distante), e assumir uma postura bem simples diante da vida: "eu me amo, me aceito e luto para que cada dia seja o meu melhor dia". Bem vindo ao futuro, hoje!


Fonte: www.catequisar.com.br

Publicado no Jornal Kyrie, novembro/2019

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Por obediência...


Sou como os papagaios. Aprendem a falar e só sabem dizer as palavras sempre ouvidas, repetindo-as constantemente. Assim acontece comigo, ao pé da letra.

Se o Senhor quiser que eu diga alguma coisa nova, Sua Majestade mesmo me dará sua luz. Ou então me trará à memória o que me fez dizer de outras vezes. Não me lembro bem, mas gostaria muito de acertar com alguns pontos que, diziam, estavam bem explicados em outros escritos, os quais talvez se tenham perdido¹. Com isso já me contentaria.

Se nem essa graça o Senhor me conceder, se ninguém tirar proveito de minhas palavras, ficarei com o lucro de ter-me cansado e aumentado a dor de cabeça por amor da obediência.

¹ Refere-se a Santa a sua autobiografia, que estava na Inquisição

Do Livro “Castelo Interior ou Moradas”, de Santa Teresa de Jesus

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Recomece hoje...


 “Irmãos, não acho que eu já tenha alcançado o prêmio, mas uma coisa eu faço: esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está na frente” (Fl 3,13).

Constantemente, procure reservar um tempo para fazer um exame de consciência de seus pensamentos, palavras e ações, de forma a reconhecer suas fraquezas diante de Deus e tomar a decisão de ir ao encontro d’Ele. Recomece hoje deixando o que é velho para trás e decidindo-se por uma vida nova com Jesus. N’Ele está a verdade, a vida e a felicidade que você deseja alcançar.

“Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5,17).

(Luzia Santiago, Comunidade Canção Nova)




domingo, 16 de novembro de 2014

A parábola dos talentos, na visão do Papa Francisco


O Evangelho deste domingo é a parábola dos talentos, tirada de São Mateus (25, 14-30). Conta sobre um homem que, antes de partir para uma viagem, convoca os servos e confia a eles o seu patrimônio em talentos, moedas antigas de grande valor. Aquele patrão confia ao primeiro servo cinco talentos, ao segundo dois, ao terceiro um. Durante a ausência do patrão, os três servos devem fazer frutificar este patrimônio. O primeiro e o segundo servos dobram, cada um, o capital de partida; o terceiro, em vez disso, por medo de perder tudo, enterra o talento recebido em um buraco. No retorno do patrão, os dois primeiros recebem o louvor e a recompensa, enquanto o terceiro, que restitui somente a moeda recebida, é repreendido e punido.

É claro o significado disso. O homem da parábola representa Jesus, os servos somos nós e os talentos são o patrimônio que o Senhor confia a nós. Qual é o patrimônio? A sua Palavra, a Eucaristia, a fé no Pai celeste, o seu perdão… em resumo, tantas coisas, os seus bens mais preciosos. Este é o patrimônio que Ele nos confia. Não somente para ser protegido, mas para crescer! Enquanto no uso comum o termo “talento” indica uma qualidade individual – por exemplo talento na música, no esporte, etc., na parábola os talentos representam os bens dos Senhor, que Ele nos confia para que o façamos dar frutos. O buraco cavado no terreno pelo “servo mau e preguiçoso” (v. 26) indica o medo do risco que bloqueia a criatividade e a fecundidade do amor. Porque o medo dos riscos do amor nos bloqueia. Jesus não nos pede para conservar a sua graça em um cofre! Jesus não nos pede isso, mas quer que a usemos em benefício dos outros. Todos os bens que nós recebemos são para dá-los aos outros, e assim crescem. É como se nos dissesse: “Aqui está a minha misericórdia, a minha ternura, o meu perdão: peguem-no e façam largo uso”. E nós, o que fazemos?  Quem ‘contagiamos’ com a nossa fé? Quantas pessoas encorajamos com a nossa esperança? Quanto amor partilhamos com o nosso próximo? São perguntas que nos farão bem. Qualquer ambiente, mesmo o mais distante e impraticável, pode se tornar lugar onde fazer frutificar os talentos. Não há situações ou lugares incompatíveis com a presença e o testemunho cristão. O testemunho que Jesus nos pede não é fechado, é aberto, depende de nós.

Esta parábola nos exorta a não esconder a nossa fé e a nossa pertença a Cristo, a não enterrar a Palavra do Evangelho, mas a fazê-la circular na nossa vida, nas relações, nas situações concretas, como força que coloca em crise, que purifica, que renova. Assim também o perdão, que o Senhor nos dá especialmente no Sacramento da Reconciliação: não o tenhamos fechado em nós mesmos, mas deixemos que desencadeie a sua força, que faça cair muros que o nosso egoísmo levantou, que nos faça dar o primeiro passo nas relações bloqueadas, retomar o diálogo onde não há mais comunicação… E por aí vai. Fazer com que estes talentos, estes presentes, estes dons que o Senhor nos deu sejam para os outros, cresçam, deem frutos, com o nosso testemunho.

Acredito que hoje será um belo gesto que cada um de vocês peguem o Evangelho em casa, o Evangelho de São Mateus, capítulo 25, versículos de 14 a 30, e leiam isto, e meditem um pouco: “os talentos, as riquezas, tudo aquilo que Deus me deu de espiritual, de bondade, a Palavra de Deus, como faço com que cresçam nos outros? Ou somente os protejo em um cofre?”.

E também o Senhor não dá a todos as mesmas coisas e no mesmo modo: conhece cada um de nós pessoalmente e nos confia aquilo que é certo para nós; mas em todos, em todos há algo de igual: a mesma, imensa confiança. Deus confia em nós, Deus tem esperança em nós! E isto é o mesmo para todos. Não o desiludamos! Não nos deixemos enganar pelo medo, mas vamos retribuir confiança com confiança! A Virgem Maria encarna esta atitude no modo mais belo e mais pleno. Ela recebeu e acolheu o dom mais sublime, Jesus em pessoa, e à sua volta O ofereceu à humanidade com coração generoso. A ela peçamos para nos ajudar a sermos “servos bons e fiéis” para participar “da alegria do nosso Senhor”.


(Ângelus com o Papa Francisco, 16/11/2014)

Pecados que se tornam hábitos


Diz Scott Hahn, no livro "O Banquete do Cordeiro": "Temos que considerar o pecado como uma ação que destrói nosso vínculo familiar com Deus e nos afasta da vida e da liberdade. Como isso acontece? Temos a obrigação, antes de tudo, de resistir à tentação. Se então falhamos e pecamos, temos a obrigação de nos arrependermos imediatamente. Se não nos arrependemos, Deus nos deixa por nossa conta: permite que experimentemos as consequências naturais de nossos pecados, os prazeres ilícitos. Se seguimos sem arrependimento - mediante a abnegação e os atos de penitência - Deus permite que continuemos em pecado, FORMANDO ASSIM UM HÁBITO, UM VÍCIO, QUE OBSCURECE NOSSO ENTENDIMENTO E DEBILITA NOSSA VONTADE.

Uma vez que estamos presos a um pecado, nossos valores se tornam revés. O mal se converte em nosso "bem" mais urgente, nosso mais profundo anseio; o bem se apresenta como um "mal" porque ameaça nos separar da satisfação de nossos desejos ilícitos.

Chegados a esse ponto, O ARREPENDIMENTO SE TORNA QUASE IMPOSSSIVEL, PORQUE O ARREPENDIMENTO É, POR DEFINIÇÃO, UM SEPARAR-SE DO MAL E VOLTAR-SE PARA O BEM; porém, neste momento, o pecador redefiniu a consciência tanto do bem como do mal. Isaías disse de tais pecadores: "Ai dos que chama de bem o mal e de mal, o bem" (Is 5,20)."

domingo, 7 de setembro de 2014

Palavra e Silêncio de Deus

Impressionante o aparente silêncio de Deus diante do drama humano que se descortina a nosso redor. Mais chocante é o silêncio diante das orações dos que creem. Perseguição e violência contra cristãos, em várias partes do mundo, caso do Iraque. Morte de fome e doenças, em várias partes do Planeta, caso das vítimas do ébola na África. Coloca-se a pergunta: Deus onde estás? Eis o drama de muitos que, como Jó, rezam e não escutam resposta.

O mês de setembro, entre nós católicos, é dedicado de forma especial à consideração da Palavra de Deus: mês da Bíblia! À pergunta sobre onde está Deus, devemos responder que Ele está no meio de nós. É isto que a Bíblia nos ensina. “A Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14 ). Em Jesus Deus nos fala de forma vibrante, total. São João da Cruz escreve; “Uma palavra disse o Pai, que foi seu Filho; e di-la sempre no eterno silêncio e em silêncio ela há de ser ouvida” ( cf. in Ditos de Amor e Luz n. 98).

Não há silêncio de Deus a não ser para aqueles que não querem ouvir Jesus: “Este é meu filho amado em quem encontro meu agrado: escutai-o” (Mt 17,5). Por aí se deduz que não é Deus que não fala, ou não responde. Somos nós que não sabemos fazer o necessário silêncio para ouvi-Lo. Ou nossa fé não é suficiente para fazer silêncio e contemplar o mistério que nos envolve. Deus é tão grande que não o compreendemos (cf. Jó, 36,26). O profeta Isaías deixa registrado: “...vós sois um Deus escondido”(Is 45,15). Este ocultamento é glória para Deus! (cf. Pr 25,2).

Mas se Deus se revelou plenamente em Jesus, como permanece este ocultamento? Ao ponto de São Paulo escrever: “Quem és tu, ó homem, para pedires conta a Deus?” (Rm 9,20). Aqui nos defrontamos com o mais profundo do mistério da Revelação que Deus faz de si mesmo em Jesus Cristo: Deus se revela na fraqueza (cf. 2 Cr 12,7-10). Grande parte da revolta contra Deus, e até mesmo da negação da existência de Deus está no fato de que o modo e o local, no qual Deus quis se revelar não são aceitos, embora sejam conhecidos. O que o mundo julga estulto Deus escolheu para confundir os sábios...etc

A sabedoria de Deus é infinita e se revelou na pobreza do modo e dos meios, com os quais se deu a conhecer: de Belém até a cruz. Não é fácil fazer-se conhecer quando se é Deus, pois, Ele não teria sido amado, mas adulado ou temido somente, se tivesse feito de outro modo.

O mês da Bíblia é um mês para nos recordar que a Palavra de Deus está aí para nos iluminar, a fim de percebermos no dia a dia da vida o quanto Deus continua nos falando. Sobretudo, a ensinar-nos que Deus escreve direito por linhas tortas. E que precisamos nos tornar hábeis na leitura destas linhas tortas. “Conserva-te em silêncio diante de Deus e espera Nele” (Sl 37,7). Esta é a resposta da fé, a única que convém diante da Revelação amorosa que Deus nos faz.

Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Amparo/SP


domingo, 24 de agosto de 2014

Quem é Jesus para você?


No Evangelho de hoje, Jesus, na região de Cesareia de Filipe, faz um confronto, um interrogatório, aos Seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mt 16, 13). Uma pergunta que pode parecer tão simples, mas, na verdade, é a grande interrogação que os céus fazem a nós hoje.
Já se passaram dois mil anos da vinda e da vida do Senhor entre nós, e quem dizem os homens ser Jesus? Aliás, é a pergunta que Deus faz a mim e a você: Quem é Jesus para nós? Pode ser que para alguns Ele seja um grande profeta – assim O consideram nossos irmãos muçulmanos. Pode ser que para outros Ele seja um grande rabino, um sábio e grande conhecedor – assim O consideram nossos irmãos judeus. Para outros, Jesus foi apenas mais um homem que passou entre nós, dizem talvez aqueles que não têm fé ou cuja fé não seja voltada para a pessoa de Jesus Cristo.
Mas, e para nós que vamos à igreja e que participamos das coisas de Deus, será que no fundo da nossa alma e do nosso coração nós realmente já o descobrimos ou tivemos um encontro pessoal com esse Mestre Jesus a ponto de responder e dizer quem, na verdade, é Ele para nós!?
Ah, meus irmãos, como nós precisamos responder com a vida, responder com as nossas atitudes e com o nosso coração quem é Jesus para nós, quem Ele é em nossas vidas! Essa não é uma resposta teórica, não é uma resposta vinda de estudos, de conhecimentos científicos; nem é uma resposta teológica, teologal! É uma resposta que vem do fundo da alma que fez uma experiência pessoal com Jesus.
Quem O encontra e quem experimenta a vida de Jesus pode responder quem, na verdade, Ele é. Pedro, com seu jeito mais entusiástico e entusiasmado de ser, respondeu com uma precisão sem igual, ele foi no fundo da experiência que estava fazendo dia a dia com o Mestre Jesus e disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Foi por causa dessa profissão de fé, porque Pedro realmente professou com o coração, com a vida e reconheceu em Jesus o Messias e o Senhor, que Jesus confiou a ele a autoridade e a responsabilidade por Sua Igreja (Mt 16, 18 ss).
A nossa fé é fundamentada na profissão de fé do apóstolo Pedro, no reconhecimento da messianidade de Jesus, no reconhecimento de que Jesus não é simplesmente o Jesus de Nazaré, um pregador, um rabino; não! Para nós, Jesus é o Cristo, o Messias, o Senhor, o enviado, o ungido de Deus. E se Cristo é tudo isso, Ele é a resposta maior, última, definitiva, por excelência, do amor de Deus para cada um de nós.
Descubramos Jesus, tenhamos um encontro pessoal com Ele, permitamos realmente que Ele seja o Senhor de nossa vida. Não é hora de aprofundarmos os nossos conhecimentos e teorias a respeito do Mestre; mas sim de crescermos na intimidade, na vida mística, na oração, na contemplação e na meditação dos valores que Ele mesmo nos ensinou a viver.
Nós precisamos mostrar ao mundo quem é Jesus; e mostrar para o mundo quem é Ele não é simplesmente gritar: “Olha, Ele é o Senhor, Ele é Deus!” Mostrar quem é Jesus, para o mundo, é mostrar com a nossa vida e por intermédio daquilo que nós vivemos que Jesus é a razão e o sentido do nosso viver!
Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo, Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Comprometer-se com Deus


Aquele que ocupa sua vida com Deus não tem tempo para murmurações. Aquele que acredita no Senhor se compromete com Ele. Quando nós nos aproximamos de Deus temos a certeza de que alcançaremos o que temos esperado, pois Ele recompensa quem O procura. Pode ser que Ele nos guie por caminhos desconhecidos, mas confiemos na vontade do Senhor porque quem nos leva é o próprio Deus.

Peçamos a graça ao Senhor de confiarmos em Suas mãos. Deus assume a responsabilidade de conduzir nossos passos. Ele é fiel e Sua fidelidade não tem fim.
Rezemos: Guia-nos à Tua vontade, Senhor!


Márcio Mendes, Missionário da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 8 de julho de 2014

Vença o medo diante das escolhas


A juventude não pode ter medo de fazer suas próprias escolhas 
Muitas vezes, ao partilhar algo com os jovens, que, assim como eu, se sentem chamados a uma vocação, escuto sempre esta frase: “Eu tenho medo de errar, de não ser esse o lugar que Deus quer para mim!”. Este é um questionamento que sempre aflige o coração daqueles que estão descobrindo sua vocação.
Olhando para a minha curta caminhada vocacional, percebo que eu também me fiz esse questionamento, e que ele nada mais é do que o medo disfarçado de preocupação. Isso mesmo: medo.
O jovem tem medo de decidir-se por algo, de tomar uma decisão definitiva, pela qual somente ele vai arcar com as consequências. Muitos buscam pessoas, palavras e sinais para confirmar a sua vocação, o que, em muitas situações, pode significar o desejo de responsabilizar alguém pelas suas atitudes. O jovem tem medo de decidir-se por sua vida.
Esse medo começa a partir do momento em que ele percebe que está crescendo, amadurecendo, comprometendo-se. É neste momento que, na grande maioria das vezes, Deus entra na vida dele e faz o chamado. Agora ele tem de se decidir!
Vivemos em uma sociedade que já não acredita nas escolhas definitivas, não crê em tudo o que é para sempre. É nessa sociedade que os jovens hoje se veem.
Mas há um caminho! Deus, quando escolhe alguém, o faz de forma definitiva. A escolha d’Ele independe do seu querer, do seu medo. Claro, é Ele quem o escolhe, mas é você quem Lhe dá o ‘sim’. No entanto, mesmo que você fuja, corra, o chamado vai sempre estar no coração do Pai. Se você mudar de ideia, Ele estará pronto a conquistá-lo novamente.
Não tenha medo de se arriscar no caminho que leva à vontade de Deus. Não tenha medo de errar, de perceber, mais na frente, que não era bem aquele o lugar que o Senhor havia preparado para você. Deus vai aproveitar-se de todas as suas experiências para fazê-lo crescer. Se não for aquele o ponto de chegada, durante a corrida Deus vai lhe mostrar o desvio. Não tenha medo de se arriscar!
Independente da vocação – matrimônio, sacerdócio, vida consagrada ou até mesmo uma vocação profissional –, no mundo sempre existirão dois tipos de pessoas vocacionadas por Deus: as que se arriscaram e descobriram a verdade do Senhor para elas, e as que nunca deram passos e ficaram sempre se questionando: “E se eu tivesse dado passos nesta direção?”. Você é quem escolhe que tipo de pessoa quer ser.
Medos todos os temos. Eu os tive. Eu os tenho. Mas, cada vez que esse medo salta em meu coração, eu me lembro de Quem me chamou. Lembro-me de que foi Deus quem fez o chamado, e Ele pode cuidar de tudo, basta que eu permita e dê passos na fé.
O segredo é arriscar-se! Ninguém erra por buscar a vontade de Deus. Se você se lançar, tudo o mais Ele fará!

(Renan Félix, Seminarista da Comunidade Canção Nova)



quinta-feira, 19 de junho de 2014

Ó precioso e admirável banquete!



       O unigênito Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses.
Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.
Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o seu sangue como bebida. Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? Nele, já não é mais a carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Poderia haver algo de mais admirável que este sacramento?
De fato, nenhum outro sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais.
É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de todos.
Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste sacramento; nele se pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a memória daquele imenso e inefável amor que Cristo demonstrou para conosco em sua Paixão.
Enfim, para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o memorial perene da sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência.

(Das Obras de Santo Tomás de Aquino, presbítero, séc. XIII)

terça-feira, 10 de junho de 2014

Maria, passa à frente dos meus impossíveis!



Dos meus impossíveis, Maria, passa à frente!
Daquilo que eu preciso fazer, Maria, passa à frente!
Daquilo que eu não consigo fazer, Maria, passa à frente!
Daquilo que eu não gosto, mas preciso fazer, Maria, passa à frente!
Daquilo que eu gosto, mas não posso fazer, Maria, passa à frente!
Do bem que eu fiz e do bem que eu deixei de fazer, Maria, passa à frente!
Das palavras que saem da minha boca, Maria, passa à frente!
Das palavras que me chegam aos meus ouvidos, Maria, passa à frente!
Das imagens que me chegam aos meus olhos, Maria, passa à frente!
Dos pensamentos que ocupam a minha mente, Maria, passa à frente!
Das sensações que tomam o meu corpo, Maria, passa à frente!
Dos sentimentos que habitam em meu peito, Maria, passa à frente!
Das altas muralhas da minha Jericó, Maria, passa à frente!
Dos Golias e gigantes do meu dia a dia, Maria, passa à frente!
Dos Mares Vermelhos que eu tenho que atravessar, Maria, passa à frente!
Para que eu viva com fé e total confiança no Senhor, Maria, passa à frente!
Daquela graça que eu julgo ser muito difícil, impossível ou demorada demais para chegar, Maria, passa à frente!
Das portas que eu fechei por conta de meus pecados, Maria, passa à frente!
Das portas que têm que ser abertas, Maria, passa à frente!
Das portas que têm que ser abertas, onde nem portas e paredes existem, Maria, passa à frente!

Do Livro “Poderosa Novena Maria, passa à frente!”, de Padre Márlon Múcio

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Maria, passa à frente da minha fé!


Da minha fé, Maria, passa à frente!
Para que eu tenha uma fé viva e nova, carismática e comprometida com os irmãos, Maria, passa à frente!
A fim de que seja reinflamado o dom de Deus em minha alma, Maria, passa à frente!
Para que Jesus seja o Senhor da minha vida, Maria, passa à frente!
Para que minha caridade cubra uma multidão de pecados, Maria, passa à frente!
Do meu Pentecostes pessoal e cotidiano, Maria, passa à frente!
Da minha vida de oração, Maria, passa à frente!
Da minha visão espiritual, Maria, passa à frente!
Da minha audição espiritual, Maria, passa à frente!
Da maneira como eu leio a Bíblia, Maria, passa à frente!
Para que eu tenha ouvidos de discípulo e boca de profeta, Maria, passa à frente!
Para que eu seja discípulo missionário de Jesus, Maria, passa à frente!
Para que a minha fé seja associada às obras, Maria, passa à frente!
Para que os homens, vendo as minhas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos Céus, Maria, passa à frente!
Para que eu tenha profecia no olhar, Maria, passa à frente!
Para que eu seja sal da Terra e luz do mundo, Maria, passa à frente!
Para que eu seja liberto de toda raiz de pecado, vício e enfermidade, Maria, passa à frente!
Para que o Senhor atualize em mim seu poderoso ministério de cura e libertação, Maria, passa à frente!
Quando eu tiver vontade de abandonar tudo e todos, Maria, passa à frente!
Para que nada cometamos de errado, por desconhecimento ou desobediência à Santa Palavra de Deus e aos demais ensinamentos da Santa Madre Igreja, Maria, passa à frente!

Do Livro “Poderosa Novena Maria, passa à frente!”, de Padre Márlon Múcio

domingo, 25 de maio de 2014

Maria, passa à frente dos meus afetos e relacionamentos!


Dos meus afetos, Maria, passa à frente!
Dos meus amigos e dos meus inimigos, Maria, passa à frente!
Da minha sexualidade e afetividade, Maria, passa à frente!
Dos meus relacionamentos, Maria, passa à frente!
Da maneira como lido com as pessoas, os fatos e acontecimentos, Maria, passa à frente!
Para que nossas conversas e afazeres sejam sempre ditados pelos Santos Anjos e nunca por uma corja de anjos maus e decaídos, Maria, passa à frente!
Das nossas brincadeiras e trabalhos, lazeres e decisões, Maria, passa à frente!
Para que eu sempre ande no caminho da retidão e da santidade, da pureza e da verdade, Maria, passa à frente!
Para que eu sempre ande no caminho da misericórdia, da mansidão e da concórdia, Maria, passa à frente!
Para que eu não me dê aos mexericos e fofocas, Maria, passa à frente!
Daqueles que me magoaram, traíram e trapacearam, Maria, passa à frente!
Daqueles que falam algo sobre mim, Maria, passa à frente!
Daqueles que decidem algo sobre mim, Maria, passa à frente!
Daqueles que pensam algo sobre mim, Maria, passa à frente!
Para que o olhar arrogante não me veja, Maria, passa à frente!
Para que a língua maldizente não me fira, Maria, passa à frente!
Para que a mão malvada não me toque, Maria, passa à frente!
Para que o passo maldito não cruze o meu caminho, Maria, passa à frente!
Para que eu não seja causa de queda para ninguém, Maria, passa à frente!
Para que, em mim, tudo esteja ordenado para a glória do Deus Uno e Trino, Maria, passa à frente!

Do Livro “Poderosa Novena Maria, passa à frente!”, de Padre Márlon Múcio

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Maria, passa à frente da minha família!



Da minha família, Maria, passa à frente!
Para que minha família seja de Deus, Maria, passa à frente!
A fim de que o amor seja a lei em nossa casa, Maria, passa à frente!
Para que nossos Anjos da Guarda se saúdem, a fim de que nossa comunicação seja perfeita, e nossos relacionamentos, agradáveis aos olhos do Pau, Maria, passa à frente!
Para que minha família seja um celeiro de santas vocações para o altar e a vida consagrada, o matrimônio e a sociedade, Maria, passa à frente!
Para que não nos falte o pão de cada dia e a graça do trabalho, Maria, passa à frente!
Para que não haja amargura e egoísmo em nossa casa, Maria, passa à frente!
Para que a mentira e a tristeza não nos ganhem, Maria, passa à frente!
Para que o ódio, as contendas e as desuniões não falem alto, Maria, passa à frente!
Para que não haja lugar em nossas famílias para a frieza, a falta de diálogo e a indiferença, Maria, passa à frente!
Para que nossas famílias sejam protegidas do ciúme e da inveja, Maria, passa à frente!
Para que sejamos poupados de toda forma de violência e de maldade, Maria, passa à frente!
A fim de que sejam estreitados os laços familiares que nos unem, Maria, passa à frente!
A fim de que sejam dilatados nossos corações pela força renovadora do perdão, Maria, passa à frente!
Para que nossa família seja uma Igreja Doméstica e um Santuário da Vida, Maria, passa à frente!
De toda doença, vício, acidente, má tendência, má inclinação e mau costume que têm sido transmitidos, de geração em geração, em minha família, Maria, passa à frente!
Para que não morramos antes da graça da conversão e sem antes vermos a salvação dos nossos, Maria, passa à frente!
Para que, no momento de nossa partia, encontremos as portas do Céu abertas, Maria, passa à frente!
Para que eu e minha casa sirvamos ao Senhor e a mais ninguém, Maria, passa à frente!

Do Livro “Poderosa Novena Maria, passa à frente!”, de Padre Márlon Múcio

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Maria, passa à frente da minha casa!



Da minha casa, Maria, passa à frente!
De quem entra e de quem sai da minha casa, Maria, passa à frente!
De cada cômodo da minha casa, Maria, passa à frente!
De cada pessoa que passa em frente à minha casa, Maria, passa à frente!
De toda notícia e correspondência que chega à minha casa, Maria, passa à frente!
De tudo que existe em minha casa, Maria, passa à frente!
Dos meus animais de estimação, Maria, passa à frente!
Dos meus vizinhos, Maria, passa à frente!
Para que sejamos protegidos de assaltos, acidentes, incêndios e sequestros, Maria, passa à frente!
Para que sejamos poupados das inundações, raios, tempestades, tremores e ventos fortes, Maria, passa à frente!
Para que a infelicidade e a infidelidade nunca nos visitem, Maria, passa à frente!
Para que as pragas e as maldiçoes não tenham vez, Maria, passa à frente!
Para que sejamos guardados da inveja e do ciúme, Maria, passa à frente!
Para que sejamos guardados do mau-olhado e dos maus-agouros, Maria, passa à frente!
Para que sejamos poupados da morte cruel e repentina, Maria, passa à frente!
Para que não nos atormentem cenas terríveis, visões espantosas e sonhos pavorosos, Maria, passa à frente!
Das pragas e maldições, Maria, passa à frente!
Para que os anjos maus batam em ordem de retirada de nossa casa, Maria, passa à frente!
Para que sejamos libertos das investidas do demônio, Maria, passa à frente!
Para que nossa casa seja uma casa de oração, Maria, passa à frente!

Do Livro “Poderosa Novena Maria, passa à frente!”, de Padre Márlon Múcio