quarta-feira, 22 de agosto de 2012

#FicaAdica 25



A sabedoria nos ensina que precisamos saber a hora de falar e a hora de calar.

Há quem se cale e é considerado sábio, e quem se torne odioso pela intemperança no falar” (Eclo 20,5).

Uma palavra certa, na hora certa, é um bálsamo para o coração, mas uma palavra não certa, pode causar grande estrago. Somente o Espírito Santo de Deus pode nos dar o equilíbrio no falar e no silenciar.

Vamos hoje ficar atentos às nossas inclinações, porque geralmente falamos muito e, às vezes, até o que não devemos. Tomemos por modelo hoje para a nossa vida a Virgem Maria, que era pronta em escutar, e ao fazê-lo bem sabia dar as respostas precisas e essenciais.

Luzia Santiago


Essa mulher admirável chamada Maria


A rainha está sentada à vossa direita com suas vestes de ouro, 
ornada de esplendor (Sl 44,10)

Tudo grandioso e tudo simples.  Maria é a senhora das coisas simples, embora hoje estejamos celebrando a grandeza  da Realeza da Mãe do Rei, a festa de Nossa Senhora Rainha. Maria é Mãe do Rei que morre de amor, coroado de espinhos, mas  ardendo de amor dá vida e no dar sua vida tem a conotação de rei redentor. Tudo grandioso demais e, ao mesmo tempo, tudo tão simples.

Uma jovem judia levava tranquilamente sua vida: rezava, trabalhava, cantava, frequentava a sinagoga.  Tinha a mente e o coração voltados para o Altíssimo.  Essa Maria de Nazaré lembrava Abraão e por vezes encontramos  sua espiritualidade nos salmos que falam dos simples e dos pobres.  Maria vivia a espiritualidade de Abraão e dos pobres que aparecem nos salmos. Nada nela é dela. E nesse despojamento tão lindo e tão profundo vem se instalar aquele que é rico de todas as riquezas.  Maria dá seu sim, acolhe a visita misteriosa e maravilhosa do Altíssimo, desse que olhou para a simplicidade de sua vida e de sua história. Ela continuou rezando, trabalhando, cantando depois que a criança nasceu… Toda virgem, toda transparência, toda limpidez  ela cuida do menino, apresenta-o no templo, vê que ele cresce em idade e sabedoria diante de Deus e dos homens… Acompanha de perto e de longe sua trajetória.  Antes de ter gerado  Jesus no seio  já era  “parenta” dele…. porque todos os que fazem a vontade do Pai são mães, pais, irmãos e parentes de Jesus.  Acompanha ela, de modo especial, os últimos momentos de seu Filho, sobretudo quando ele dá a vida pelos seus. Associa-se estreitamente aos sofrimentos, às dores e à morte  de seu Filho, de tal sorte que se torna a Senhora da Compaixão, aquela que está o mais perto possível da Redenção de seu Filho, em comunhão com a morte do Filho.  Ela é a mulher da cruz, mas também a mãe do Ressuscitado, do rei glorioso.  Depois de ter percorrido os caminhos da terra foi elevada à gloria como Senhora da Glória e  é a Rainha que foi assunta à gloria,  a Senhora Rainha, a Mãe do Rei de Glória.  E essa Senhora da Cruz e da Glória é nossa mãe e nossa rainha.

Ó Deus, que fizestes a mãe do vosso Filho nossa mãe e rainha, dai-nos por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometido aos vossos filhos e filhas.


Frei Almir Ribeiro Guimarães