Aos
meus irmãos em Cristo, companheiros de oração, de caminhada, alegrias e
tristezas partilhadas...
“Eu aconselharia aos que têm oração que, especialmente no princípio, procurem ter amizade e relações com pessoas que se ocupem da mesma coisa. Isso é importantíssimo, pois, além da ajuda mútua nas orações, muito há a lucrar aí! E não sei por que (já que, para conversas e prazeres humanos, mesmo que não sejam muito bons, procuramos amigos com quem folgar e melhor aproveitar esses prazeres vãos) não se há de permitir à alma que começa a amar e a servir a Deus com sinceridade que compartilhe a companhia de pessoas que têm oração, confiando-lhes suas alegrias e tristezas, visto serem os seus sentimentos os mesmos. De fato, quem realmente deseja obter a amizade do Senhor não deve temer a vanglória, para que, ao primeiro sinal de fraqueza, possa escapar com mérito. Creio que, tendo esse objetivo, obterá maior proveito para si e para os seus ouvintes, adquirirá mais experiência e, ainda, sem entender como, ensinará a seus amigos.”
Livro
da Vida, de Sta. Teresa de Jesus