segunda-feira, 3 de junho de 2013

Vamos encher as nossas talhas?



Quando rezamos e pedimos alguma coisa a Deus, e de fato acreditamos que Ele pode nos conceder, precisamos nos preparar para recebê-la.

Por exemplo: pedimos a graça de fazer um curso, mas não nos informamos das coisas práticas que diz respeito a ele como o preço, o tempo de duração e tantos outros detalhes que o envolve. De repente, pode aparecer alguém que quer ajudar-nos, faz-nos perguntas relacionadas ao assunto, mas nós ficamos sem saber responder, porque não fizemos a nossa parte, e a hora da graça passa. Quando isso acontece, ainda damos desculpas: não era o tempo de Deus, não chegou o momento, Deus proverá! E tantas outras expressões que usamos para explicar o nosso despreparo.

Na verdade, Deus, na Sua bondade, mandou a provisão que pedimos, mas não a recebemos, porque não enchemos as talhas de água. Veja como foi realizado o primeiro milagre de Jesus nas bodas de Caná:

“Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que Ele vos disser. Jesus ordena-lhes: Enchei as talhas de água. Eles encheram-nas até em cima. Tirai agora, disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes. E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era, chamou o noivo e disse-lhe: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora” (Jo 2,3-5.7-10).

Vamos, hoje, encher as nossas talhas para recebermos o que estamos pedindo a Deus?

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago, Comunidade Canção Nova

(CIC) Por que a Liturgia?



No Símbolo da Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e seu "desígnio benevolente" (Ef 1,9) sobre toda a criação: o Pai realiza o "mistério de sua vontade" entregando seu Filho bem-amado e seu Espírito para a salvação do mundo e para a glória de seu nome. Este é o mistério de Cristo, revelado e realizado na história segundo um plano, uma "disposição" sabiamente ordenada que São Paulo denomina "a realização do mistério" (Ef 3,9) e que a tradição patrística chamará de "Economia do Verbo Encarnado" ou "a Economia da Salvação".

"Esta obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, da qual foram prelúdio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal de sua bem-aventurada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão. Por este mistério, Cristo, 'morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, recuperou nossa vida'. Pois do lado de Cristo adormecido na cruz nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja." Esta é a razão pela qual, na liturgia, a Igreja celebra principalmente o mistério pascal pelo qual Cristo realizou a obra da nossa salvação.

E este mistério de Cristo que a Igreja anuncia e celebra em sua liturgia, a fim de que os fiéis vivam e deem testemunho dele no mundo:
Com efeito, a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrifício da Eucaristia, "se exerce a obra de nossa redenção", contribui do modo mais excelente para que os fiéis, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja.


Catecismo da Igreja Católica, § 1066-1068