sábado, 9 de março de 2013

Somos luz!



Uma lâmpada, mesmo que esteja apagada, tem um potencial de energia elétrica à sua disposição, nos fios que unem essa lâmpada ao gerador.

Nós somos como as lâmpadas. Todos nós temos esse potencial à disposição, quando o reino de Deus brota dentro de nós. Depende de cada um de nós.

Como se aproxima o dia do glorioso São José, sem nenhuma esperança de inverno. A água continua o maior problema da nossa comunidade. Senhor,tenha piedade de nós. Sei que somos pecadores, mas a esperança é a última que morre e a fé remove montanhas...


Josefa Veneranda Dantas, em 16 de março de 2000.

Leitura Bíblica: Lucas 18,9-14



Na parábola, dois homens se apresentam a Deus. O primeiro se julga justo e santo: sua “oração” consiste em ridículo autoelogio, a gabar-se de suas boas obras em longa relação de atos meritórios. O segundo – batendo no peito, os olhos baixos, no fundo do templo – vê-se como pecador e suplica misericórdia. Como todos sabem, Jesus garante que a oração do pecador foi ouvida, e que o outro falou para as paredes...

O leitor conhece alguém que não tem pecados? Eu conheço. Gente que, ao ouvir falar no sacramento da Reconciliação (popularmente conhecido como “confissão”), replica: “Mas, confessar o quê? Não matei nem roubei! Eu não tenho pecados...” Um tipo assim pode ser tão caradura que venha a apresentar a Deus uma fatura, cobrando um lugarzinho no céu!

Claro, não basta “não matar” e “não roubar”. Corremos o risco de... não amar. E não amar é um grave pecado... É por não amar que quebramos nossos juramentos de fidelidades, abandonamos os filhos, ficamos indiferentes perante a dor do mundo... É por não amar que gastamos nosso tempo em pequeninos programas e diversões pessoais, acumulamos dinheiro com avareza e negamos a esmola, fazemos do prazer o alvo de nossa existência. É por não amar que nos tornamos agressivos e agressores. É por não amar que negamos o perdão e defendemos a pena de morte. É por não amar que nos alegramos com a infelicidade dos outros. Basta?

Não. Não basta. Nossos pecados vão muito além. Só que – como dizia o Papa Pio XII, já em 1948, “o maior pecado deste século é a perda do sentido do pecado”. E, ignorando que somos pecadores, mascarados de inocentes, temos sempre a língua afiada para acusar as pequenas falhas dos outros. Se pudéssemos, teríamos igualmente uma lâmina afiada para cortar o pescoço dos pecadores. Claro, os “outros pecadores”...

É hora de meditar na lição desta incômoda parábola de Jesus Cristo: a oração dos honestos autossuficientes não passa da laje do templo. A oração daquele que se reconhece como pecador mexe com as entranhas de misericórdia de nosso Deus. Como cantava o Rei pecador, “um coração contrito e humilhado, ó Senhor, tu não desprezarás!” (Sl 51,19).

Orai sem cessar: “Minha culpa, Senhor, eu a confesso!” (Sl 37,19)

Antônio Carlos Santini, Comunidade Católica Nova Aliança.