quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Os desejos do nosso coração


“Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá.” (Sl 36,4)

Muitas vezes, quando lemos esse versículo do salmo, pensamos que ao colocarmos no Senhor a nossa alegria e gratidão, Ele vai atender nossos desejos e realizar nossos sonhos e, muitas vezes, Ele faz isso mesmo. Mas, o que esse versículo expressa é muito mais do que apenas isso. Não se trata aqui de nos alegrarmos no Senhor e depois fazer tudo o que queremos, é muito mais bonito e mais profundo do que isso. Se nós colocarmos nossas delícias no Senhor, se fizermos Dele a alegria da nossa vida, então Ele mudará o nosso coração para que os nossos desejos se tornem os Dele. Em outras palavras, Ele colocará seus desejos em nosso coração. Nós precisamos disso na nossa vida, pois os nossos desejos, às vezes, são vãos, são gerados pelo pecado em nós ou são limitados e pequenos.

Os desejos do Senhor para a nossa vida são perfeitos, porque fazem parte do seu plano de amor para nós. Eles são infinitamente superiores e mais bonitos do que tudo o que podemos imaginar, como nos diz a passagem em Isaías 55, 8-9: Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos.

Li, certa vez, um testemunho bonito de David Mangan sobre esse versículo bíblico. Ele é um dos que estavam em Duquesne naquele fim de semana do início da Renovação Carismática e até hoje ele continua cheio do Espírito, frequentando Grupo de Oração, pregando a Palavra de Deus e dando bom testemunho. David disse que esse versículo significa muito para sua vida pois enquanto ele se deliciava com o Senhor, buscando fazer sua vontade,  se apaixonou por aquela que hoje é sua esposa. Então, conforme sua compreensão, o desejo, o amor que começou a sentir por ela foi colocado no seu coração pelo Senhor. Por isso, ele mandou gravar esse versículo nas suas alianças, para nunca se esquecer de quem sua esposa é para ele: desejo de Deus colocado no seu coração.

Que possa ser assim também conosco. Coloquemos todo o nosso amor, o nosso louvor, a nossa confiança no Senhor, passando todos os dias um tempo em oração com Ele, deliciando-nos na sua presença e deixemos que Ele vá colocando os seus desejos no nosso coração e teremos assim a nossa vida grandemente abençoada.

Maria Beatriz Spier Vargas, Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

A graça de suportar a injustiça...



 Ele não cometeu nenhum pecado; mentira nenhuma foi achada em sua boca.
Quando injuriado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava,
antes, punha a sua causa nas mãos daquele que julga com justiça.
Sobre o madeiro, levou os nossos pecados em seu próprio corpo,
a fim de que, mortos para os nossos pecados, vivêssemos para a justiça.
Por suas feridas fostes curados, pois estáveis desgarrados como ovelhas,
 mas agora retornastes ao Pastor e guarda de vossas almas.
 
(1ª Epístola de São Pedro, capítulo 2,22-25)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sagrado Coração



Sagrado Coração
(Rinaldo e Samuel)

Por onde eu ando sinto sua presença
Em todos os lugares está sempre perto de mim
Em minhas escolhas vens me iluminar
Como posso te deixar se mesmo quando eu erro vens me amar
E me ajudas a acertar e na tua direção caminhar
Como sería a minha vida se as tuas mãos não estivessem sobre mim
Como sería os meus sonhos se o teu espírito não habitasse em mim

O teu amor me envolve
O teu amor me protege
És o meu porto seguro
O melhor lugar de está é o teu coração
Sagrado coração!


Cometer erros ou fazer milagres?

Tomar uma decisão nunca foi tarefa fácil, afinal, decidir implica escolher, e escolher uma coisa é inevitavelmente abrir mão de outra. Desta forma, perdas e ganhos se entrelaçam na arte de escolher e viver. A cada dia, a vida nos oferece novas descobertas, e a oportunidade de decidir nos acompanha do nascer ao pôr do sol, estejamos ou não conscientes disso. No entanto, nossas escolhas podem ser até inconscientes, mas não voluntárias. Elas trazem consequências e são impulsionadas por nossos sentimentos, objetivos e tantos outros fatores. Além disso, nossas escolhas trazem também consequências para a vida de outros, já que ninguém vive totalmente isolado neste mundo.

Madre Teresa de Calcutá, em um momento difícil na congregação por ela fundada, escreveu às filhas espirituais (irmãs da caridade): “Sejam amáveis umas com as outras. Prefiro que cometam erros com amabilidade, a que façam milagres com falta dela. Sejam amáveis sempre. Contemplem a amabilidade de Nossa Senhora, vejam como ela falava, como ela agia. Olhem para seu exemplo. Ela podia perfeitamente ter revelado a São José a mensagem do Anjo a respeito do nascimento de Cristo, mas escolheu o silêncio, não disse uma palavra. E a essa altura, vendo seu amor, Deus interveio diretamente em seu favor. Maria guardava todas estas coisas no seu coração, eis a grande lição! E quem nos dera podermos guardar todas as nossas palavras no coração dela.

Para que tanto sofrimento e tantas incompreensões? Basta uma simples palavra, um olhar, uma pequena ação sem amor e o coração da vossa Irmã mergulha na escuridão. Não deve ser assim. Peçam a Nossa Senhora que vos encha o coração de doçura”.

É como se Madre Teresa nos dissesse com a vida até mais do que com as palavras: decidam-se pelo amor, pois esta é a única força que pode mudar o mundo. E por saber do quanto precisamos de referências, ela nos mostra o melhor exemplo: a Virgem Maria. Aliás, acredito que na hora de tomar decisões é sempre muito importante a ajuda de quem nos conhece e nos ama, de preferência que esta pessoa não esteja envolvida no caso. Mesmo que a decisão seja só nossa, outra pessoa pode nos ajudar no sentido de avaliar bem “os dois lados da moeda”.

Tendo em vista que, quando nos sentimos pressionados, corremos o sério risco de agir guiados por nossos sentimentos, pela razão ou por impulsos, mas quase nunca pela verdade. Recordo-me das diversas vezes em que precisei fazer grandes escolhas na vida e acredito que não teria acertado sozinha.

A pressa também é uma grande inimiga nesta hora; então, calma! Esperar um momento, deixar a poeira baixar pode ser muito proveitoso para uma boa escolha. Mas atenção! Também não é o caso de deixar a situação ir se prolongando de um dia para outro até nos acostumarmos com ela. A falta de decisão torna a vida pesada, rouba os sonhos e enfraquece a vontade. Já conheci muita gente que perdeu o sentido da vida por medo de fazer uma escolha. É preciso calma, mas não comodismo.

Talvez hoje, ao ler este texto, você se sinta encorajado a tomar uma decisão. Se é o caso, não tenha medo de dar os passos e aceitar o desafio de passar pelo processo necessário da mudança. Pode ser mais fácil do que você imagina, mas só o saberá ao tentar. A natureza nos ensina muito sobre isso. Quando observamos a mesma árvore nas diversas estações do ano, ficamos impressionados como a vida vai se entrelaçando entre perdas e ganhos. Conosco não é diferente e saber perder para ganhar é questão de sobrevivência.

No entanto, que sirva de lição a “cartinha” da Madre Teresa: Entre fazer grandes obras e até milagres ou sermos caridosos é preferível optar pela caridade, e o amor, na maioria das vezes, traduz-se no silêncio e na discrição.

Olhemos para Nossa Senhora, ela é o exemplo perfeito de quem decidiu amar na simplicidade sem se preocupar em fazer coisas extraordinárias aos olhos humanos. Inspirados em seu exemplo, tenhamos hoje a coragem de levar luz aos corações em vez de trevas. Madre Teresa fez desta escolha a sua missão durante toda a vida. Em meio às grandes provas pelas quais essa grande mulher de Deus passou vivendo a “noite escura da alma”, escreveu ao seu diretor espiritual: “Um caloroso SIM a Deus e um grande SORRISO para todos são as únicas duas palavras que me mantêm seguindo em frente”, e esta escolha corajosa beneficiou e continua beneficiando a tantos ao longo dos anos que se seguiram.

Tomemos a decisão de seguir em frente com um sorriso nos lábios e um caloroso "sim" a Deus, que nos chama a optarmos pelo amor, mesmo que cometamos erros, pois este certamente é o maior milagre do qual o mundo carece.

Dijanira Silva, Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"Novos pastores Ele fará" - ENF 2012

(CIC) O alcance da fé no Deus Único

Crer em Deus, o Único, e amá-lo com todo o próprio ser em consequências imensas para toda a nossa vida.

Significa conhecer a grandeza e a majestade de Deus. "Deus, é grande demais para que o possamos conhecer" (Jó 36,26). E por isso que Deus deve ser o "primeiro a ser servido".(Santa Joana d’Arc, dictum).

Significa viver em ação de graças. Se Deus é o Único, tudo o que somos e tudo o que possuímos vem dele: "Que é que possuis, que não tenhas recebido?" (1Cor 4,7). "Como retribuirei ao Senhor todo o bem que me fez?" (Sl 116,12).

Significa conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens. Todos eles são feitos "à imagem e à semelhança de Deus" (Gn 1,27).

Significa usar corretamente das coisas criadas. A fé no Deus único nos leva a usar de tudo o que não é Ele, na medida em que isso nos aproxima dele, e a desapegar-nos das coisas, na medida em que nos desviam dele:

Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós.
Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de vós.
Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo pai
doar-me por inteiro a vós.

Significa confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na adversidade. Uma oração de Sta. Teresa de Jesus (Poes. 9) exprime-o de maneira admirável:

Nada te perturbe
Nada te assuste
Tudo passa
Deus não muda
A paciência tudo alcança
Quem a Deus tem
Nada lhe falta.
Só Deus basta.

Catecismo da Igreja Católica, §§ 222-231

Custoso é deixar costumes antigos...

Custoso é deixar os costumes antigos; porém mais custoso ainda é ir contra a própria vontade.

Mas se não venceres as coisas pequenas e fáceis, como vencerás as difíceis?

Resista no princípio à sua inclinação e deixe quanto antes o mau costume, para que não o leve pouco a pouco a maiores dificuldades.

Oh! Se soubesse quanta paz teria e quanta alegria daria aos outros tendo boa vida, creio que seria mais solícito no seu aproveitamento espiritual!

Do Livro “Imitação de Cristo”

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Foi por amor a você!

O jaguar e a cadeira de rodas

Um jovem e bem sucedido executivo dirigia por sua vizinhança, correndo um pouco demais em seu novo Jaguar. Observando crianças se lançando entre os carros estacionados, diminuiu um pouco a velocidade, quando achou ter visto algo. Enquanto passava, nenhuma criança apareceu. De repente uma pedra espatifou-se na porta lateral do Jaguar! Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo a pedra. Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou: - Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro, aquela pedra que você jogou vai me custar muito dinheiro. Por que você fez isto?

- Por favor, senhor, me desculpe, eu não sabia mais o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e me atender neste momento.

Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados. - É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo sozinho.

Soluçando, o menino perguntou ao executivo: - O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim.

Movido internamente muito além das palavras, o jovem motorista engolindo “um nó imenso” dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.

- Obrigado e que Deus possa abençoá-lo - a grata criança disse a ele.

O homem então viu o menino se distanciar... empurrando o irmão em direção à casa.  Foi um longo caminho de volta para O jaguar... um longo e lento caminho de volta.
Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou-a amassada para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter a sua atenção.

Deus sussurra em nossas almas e fala aos nossos corações. Algumas vezes, quando nós não temos tempo de ouvir, Ele permite que alguém jogue um tijolo em nós.

E a escolha é nossa: OUVIR O SUSSURRO OU ESPERAR PELO TIJOLO!

Final da mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2012

«Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.

Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Pv 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre atual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).

Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.

Fonte: www.rccbrasil.org.br

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sábado tem Grupo de Oração Frutos do Amor de Deus

Sábado é dia de Grupo de Oração Frutos do Amor de Deus.
Neste sábado, 25 de fevereiro, estaremos reunidos a partir das 19 horas,
na Igreja Matriz de São José.

O tema do encontro será
“Arrependimento e Reconciliação”

Todos estão convidados a participarem desse encontro de oração,
onde estaremos unidos a Deus que, ao perdoar,
manifesta seu poder sobre o mal e sua vitória sobre o pecado.

Que nesse momento pós-carnaval, onde a nossa liberdade foi posta à prova,
possamos abrir os nossos corações, como o Rei Davi abriu o seu,
e implorar a misericórdia de Deus sobre as nossas vidas,
para que verdadeiramente possamos viver uma Quaresma Santa. 

Continuação da mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2012

«Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.

O fato de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.

Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e onipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a ação do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

Fonte: www.rccbrasil.org.br

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Será que você já viveu ou está vivendo o Carpe Diem?


Talvez seja um termo um pouco desconhecido da sociedade, mas na prática muito usado. Pois, naturalmente vemos pessoas que vivem o Carpe Diem, que dão valor a significância desse termo e levam para suas vidas como uma lição. Mas, de antemão eu te digo: viver o Carpe Diem é uma cilada do inimigo. Na íntegra, Carpe Diem quer dizer “aproveitar o momento”, “colher o dia”, “aproveitar ao máximo o que o dia te oferece”, ou seja, você tem que sugar tudo do dia, dedicar-se somente aquele momento, sem pensar em um futuro, porque você não sabe do amanhã e não se importa com o futuro. E, pelo contrário, Deus criou o mundo e para cada coisa limitou um tempo, como na própria passagem de Eclesiastes 3,1 diz: “Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.” E quem faz do Carpe Diem um estilo de vida, acaba descumprindo também o que a Palavra de Deus prega.

Como você vai viver uma vida só do “hoje”?

Aí você pode me interrogar: mas aquela frase “Viva cada dia como se fosse o último”... as igrejas pregam e é correto. Então, porque você está dizendo que o termo Carpe Diem, que quer dizer: “aproveitar o momento” não é aconselhável ser colocado em prática? Justamente por isso, irmãos, porque alguns jovens acham que aproveitar a vida é você beber todas em uma festa, fumar, é você ficar com várias meninas em um só dia, é você falar dos outros... Sendo que na realidade isso não é aproveitar! É preciso que abramos nossos olhos e enxerguemos que “Viver cada dia como se fosse o último” é amar ao próximo, é cuidar das pessoas que vivem ao seu redor, é correr atrás dos seus sonhos, é arrepender-se do que faz de errado... Fazer tudo isso como se fosse a última vez que estiver fazendo na vida, afinal, um dia será!

Não nos tornemos pessoas que vivem Carpe Diem, pessoas que querem pegar tudo com as mãos só no dia de hoje, sem pensar no amanhã. Tornemo-nos, sim, pessoas que amam, cuidam, protejem e acolhem intensamente os outros como se fosse a última vez das nossas vidas.

      Bárbara de Medeiros Dantas - Ministério de Pregação da RCC de Carnaúba dos Dantas.

Continuação da mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2012


«Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objeto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o fato de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo atual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).

A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. (...) A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. (...)

O fato de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Pv 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). (...) Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. (...)

Fonte: www.rccbrasil.org.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2012


Nesta Quarta-Feira de Cinzas, inicia-se um período litúrgico de grande importância para a Igreja, a Quaresma. Voltado à conversão, ao sacrifício e a oração, o tempo que viveremos até os festejos da Semana Santa nos prepara para a data ápice da nossa fé, a Páscoa.

Para este ano, o papa Bento XVI preparou uma mensagem a todos os fiéis nos convidando ao cuidado que devemos ter uns para com os outros. Confira o texto do Sumo Pontífice, que vem ao encontro do tema que a RCC trabalha durante 2012: “Apascenta as minhas ovelhas”.

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2012
1ª parte
«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (Hb 10, 24)

Irmãos e irmãs!
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito, este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre atual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.

Fonte: www.rccbrasil.org.br

(CIC) “Sei em quem pus minha fé”

CRER  SOMENTE EM DEUS
A fé é primeiramente uma adesão pessoal do homem a Deus; é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou. Como adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade que ele revelou, a fé cristã é diferente da fé em uma pessoa humana. E justo e bom entregar-se totalmente a Deus e crer absolutamente no que ele diz. Seria vão e falso pôr tal fé em uma criatura.

CRER EM JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS
Para o cristão, crer em Deus é, inseparavelmente, crer naquele que Ele enviou, "seu Filho bem-amado", no qual Ele pôs toda à sua complacência; Deus mandou que O escutássemos. O próprio Senhor disse a seus discípulos: "Crede em Deus, crede também em mim" (Jo 14,1). Podemos crer em Jesus Cristo por que ele mesmo é Deus, o Verbo feito carne: "Ninguém jamais viu a Deus: o Filho unigênito, que está voltado para o seio do Pai; este o deu a conhecer" (Jo 1,18). Por ter ele "visto o Pai" (Jo 6,46), ele é o único que o conhece e pode revelá-lo.

CRER NO ESPÍRITO SANTO
Não se pode crer em Jesus Cristo sem participar de seu Espírito. E o Espírito Santo que revela aos homens quem é Jesus. Pois "ninguém pode dizer 'Jesus é Senhor' a não ser no Espírito Santo" (1 Cor 12,3). "O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus... O que está em Deus, ninguém o conhece a não ser o Espírito de Deus" (1 Cor 2,10-11). Só Deus conhece a Deus por inteiro. Cremos no Espírito Santo porque Ele é Deus.

A Igreja não cessa de confessar sua fé em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo


Catecismo da Igreja Católica, §§ 150-152

Ágape: Amor Divino

Ágape é uma palavra de origem grega que significa o amor divino. O amor de Deus pelos seus filhos. E ainda o amor que as pessoas sentem umas pelas outras inspiradas por esse amor divino.

Deus é amor. A criação do mundo e do homem é um ato contínuo de amor. É por isso que o profeta Isaías traz esta revelação tão essencial:

Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti. Fica tranquilo, pois estou contigo, (...). (Is 43,4-5b).

A palavra de Deus nos traz essa revelação. Deus nos ama. Deus nos aprecia. Valemos mais do que reinos e nações. Aqui não se trata de pessoas que vivem em reinos e nações, mas de poder. O poder do amor de Deus por seus filhos é maior do que qualquer outra forma de poder. Uma mulher, um homem, valem mais do que o exercídio de poder sobre todo um reino. Ou, em outras palavras, o poder só se justifica se tiver como preocupação central a pessoa humana. O poder não pode ter um objetivo em si mesmo. O seu objetivo tem de ser o cuidado, o respeito, a caridade para com quem mais precisa. Madre Teresa de Calcutá, a mulher plena de Amor e cheia de poder, nos ensinou em oração e ação. É seu este poema da paz:

O dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? O medo
O erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? O egoísmo
A distração mais bela? O trabalho
A pior derrota? O desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
O que mais faz feliz? Ser útil aos demais
O mistério maior? A morte
O pior defeito? O mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
O sentimento pior? O rancor
O presente mais belo? O perdão
O mais imprescindível? O lar
A estrada mais rápida? O caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
O melhor remédio? O otimismo
A maior satisfação? O dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? O amor.

O amor é a coisa mis bela de todas, porque o amor é ação. O amor é cuidado. E Deus nos ama. E o seu amor nos dá a paz cotidiana, como diz o poema.

Do Livro “Ágape”, de Pe. Marcelo Rossi


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Nós somos a Igreja da Cruz!



SANTA CRUZ
(Banda Arkanjos)
 
Todos os pecados os meus e os seus foram cravados no madeiro
Pois Jesus com seu sangue nos lavou
Ele se fez cordeiro e recebeu as dores que nos foram impostas
E na cruz com amor nos libertou
Ele desceu de sua realeza para se fazer sacrifício por nós
Se aniquilou e se entregou
E como ovelha muda ao matadouro
Não murmurou, não reclamou por nada
E decidido pelas nossas vidas
Obediente foi até a morte de cruz
Oh! Santa cruz! Bendita cruz!
Bendita seja a cruz! O amor por ela se revelou.
Nós somos a Igreja da cruz, por isso a exaltamos Senhor.
Não existe mais barreira entre nós, por ela o véu do templo rasgou.
O Céu está aberto pra nós, o que era pecado agora é graça sem fim

Só em Deus está o nosso repouso

“Só em Deus repousa, 
ó minh’alma,
pois dele vem minha esperança”

(Salmo 62,6)

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Como seria bom se tivéssemos esse mesmo sentimento do salmista!

Perceber que só em Deus está o nosso repouso, nossa paz, nossa realização, nossa esperança, nossos sonhos.

Um sonho individualista não resiste às dificuldades do caminho. Mas, quando se sonha e se espera em Deus, todos os obstáculos são transpostos e encontra-se o verdadeiro sentido do caminho da vida.

Do Livro “Deus Fala com Você”, de Marina Adamo