domingo, 29 de abril de 2012

Ensinamentos de pais


Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; 
oriente bem o teu caminho e espera nele 
(Eclesiástico 2,6)

Quando eu era jovem ouvi mamãe falar assim: “As grandes coisas se fazem das pequenas”. Eu fiquei pensando, porque ela falou assim. Hoje eu coloquei aquela frase para reflexão. Nunca se tem logo muito, a começar da estrutura de uma família, dos ensinamentos maternos e paternos. Papai sempre falava para os seus filhos “nunca pegue uma fruta ou um objeto que não é seu se não for oferecido”. Nós obedecíamos com todo respeito, mas as vezes com um pouco de raiva quando estávamos no sítio de vovô. Hoje vejo como os nossos pais nos davam lições de honestidade que nós filhos passamos para os nossos filhos.

Josefa Veneranda Dantas, 06/01/2000

Cristo, o bom pastor

Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, isto é, eu as amo, e minhas ovelhas me conhecem (Jo 10,14). É como se quisesse dizer francamente: elas correspondem ao amor daquele que as ama. Quem não ama a verdade, é porque ainda não conhece perfeitamente.

Depois de terdes ouvido, irmãos caríssimos, qual é o perigo que corremos, considerai também, por estas palavras do Senhor, o perigo que vós também correis. Vede se sois suas ovelhas, vede se o conheceis, vede se conheceis a luz da verdade. Se o conheceis, quero dizer, não só pela fé, mas também pelo amor, se o conheceis não só pelo que credes, mas também pelas obras. O mesmo evangelista João, de quem são estas palavras, afirma ainda: Quem diz: “Eu conheço Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso (1Jo 2,4).

Por isso, nesta passagem do evangelho, o Senhor acrescenta imediatamente: Assim como o Pai me conhece, eu também conheço o Pai e dou minha vida por minhas ovelhas (Jo 10,15). Como se dissesse explicitamente: a prova de que eu conheço o Pai e sou por ele conhecido, é que dou minha vida por minhas ovelhas; por outras palavras, este amor que me leva a morrer por minhas ovelhas, mostra o quanto eu amo o Pai.

Continuando a falar de suas ovelhas, diz ainda: Minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna (Jo 10,27-28). É a respeito delas que fala um pouco acima: Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem (Jo 10,9). Entrará, efetivamente, abrindo-se à fé; sairá passando da fé à visão e à contemplação, e encontrará pastagem no banquete eterno.

 Suas ovelhas encontram pastagem, pois todo aquele que o segue na simplicidade de coração é nutrido por pastagens sempre verdes. Quais são afinal as pastagens dessas ovelhas, senão as profundas alegrias de um paraíso sempre verdejante? Sim, o alimento dos eleitos é o rosto de Deus, sempre presente. Ao contemplá-lo sem cessar, a alma sacia-se eternamente com o alimento da vida.

Procuremos, portanto, irmãos caríssimos, alcançar essas pastagens, onde nos alegraremos na companhia dos cidadãos do céu. Que a própria alegria dos bem-aventurados nos estimule. Corações ao alto, meus irmãos! Que a nossa fé se afervore nas verdades em que acreditamos; inflame-se o nosso desejo pelas coisas do céu. Amar assim já é pôr-se a caminho.

Nenhuma contrariedade nos afaste da alegria desta solenidade interior. Se alguém, com efeito, pretende chegar a um determinado lugar, não há obstáculo algum no caminho que o faça desistir de chegar aonde deseja.

Nenhuma prosperidade sedutora nos iluda. Insensato seria o viajante que, contemplando a beleza da paisagem, se esquece de continuar sua viagem até o fim.

Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa, Séc. VI



A Vida é Bela...

Certo dia, um pai de família rico levou seu filho para viajar pelo interior com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres. Eles passaram um dia e uma noite num sítio de uma família muito pobre. Quando retornavam da viagem, o pai perguntou:

- Diga, filho, como foi a viagem?

- Muito boa, papai!

- Você viu como as pessoas pobres vivem?

- Sim...

- E o que você aprendeu?

E o filho respondeu: - Bem, pai, eu vi que nós temos um cachorro em casa; eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz; eles têm as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada; eles têm uma floresta inteira...

Enquanto o pequeno garoto falava, seu pai o olhava estupefato. E o filho acrescentou: - Obrigado, pai, por mostrar o quão "pobres" somos nós!

“Na vida, tudo depende da maneira como você encara as coisas, como olha para elas. A riqueza e a pobreza podem ser vistas de maneiras muito diferentes por cada um."

Diga sim a vida e aproveite-a como Deus lhe deu!