quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amar é escolher o essencial

A globalização trouxe inúmeros benefícios ao homem. Atualmente, com extrema facilidade, temos acesso a outras culturas e a informações sobre tudo o que está acontecendo em todo o planeta. Uma quantidade demasiada de informações é despejada sobre nós cotidianamente. Temos acesso a muitas realidades e, consequentemente, corremos o risco de acabar sufocados em meio a toda essa diversidade.

A vida nos apresenta uma multiplicidade de oportunidades. Através da tecnologia tudo se tornou mais rápido e fácil e temos a possibilidade de realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, mesmo em meio a muitas possibilidades, para ser feliz, o homem precisa escolher a melhor forma para consumir o seu tempo.

Há quem passa horas navegando e conhecendo, superficialmente, muitas pessoas pela Internet, mas não consegue gastar 30 minutos com alguém que lhe é realmente importante, para que possa se aprofundar nesse relacionamento real. Pois prefere o descompromisso e a irrealidade do relacionamento virtual, que não exige nada, e que, muitas vezes, possibilita a informalidade e a ilusão.

Há quem gaste horas e até dias com amigos, em farras e bebedeiras, mas não tem a capacidade de gastá-las com a família. Há quem tenha tempo para ir ao “Shopping Center”, ao clube, ao bar, mas não tem tempo para ir à Santa Missa. Há mulheres que ficam o dia inteiro no salão de beleza, mas não param para escutar o marido. Assim como há pais que estão perdendo os filhos, porque nunca tiveram tempo para escutar suas “tolas experiências”…

Não existe relacionamento sem diálogo, família sem presença, felicidade sem prioridade.

É muito triste para o homem, no fim de sua vida, perceber que desperdiçou tempo demais com o supérfluo e desprezou aquilo e aqueles que eram essenciais.

Há quem se prenda aos erros, deixando de valorizar a pessoa que está por trás destes. Cargos passam, filhos crescem, pessoas adoecem, despedidas acontecem, o tempo passa… e, um dia, a vida se ausenta.

É feliz quem compreende que pessoas têm mais valor do que coisas; que família é presente de Deus e amizade é uma arte que torna a vida mais bonita.

Amar é escolher o essencial; é dizer o que se deve; é escutar a quem se deve escutar; é estar ao lado de quem necessita de nossa presença; fazer o que é preciso.
Pode ser que para você, hoje, o essencial seja perdoar ou pedir perdão. Pode ser que seja estar em sua casa como os seus, não sei… O que sei é que a vida é bela para quem sabe priorizá-la, e que é no agora que temos a possibilidade de reescrever nossa história, mudando a direção em que empregamos nosso tempo e nossas energias.

Quem ama consegue encontrar tempo para aquilo e para aqueles que realmente são importantes. Quem ama sabe priorizar.

A virtude mora na escolha… certa, é claro. Amar é escolher o essencial.



Padre Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova

Só Deus para ter misericórdia!

Parece que quando começamos a caminhar nas estradas de Deus as coisas tendem a nos fazer desistir, as provações começam a surgirem com mais força e por vezes achamos que não seremos capazes de aguentar tamanhas provações.

Mas o amor de Deus por nós é tão imenso que não permite nos afastarmos Dele. Quando achamos que as coisas não vão mais dar certo, entra o Deus do Impossível e nos mostra exatamente o contrário. E no momento que as nossas forças humanas não mais suportam o peso da cruz, é aí que entra em ação nosso Deus, o Deus que toma a direção, que passa a frente, que olha além do que os nossos olhos podem enxergar.

É esse Deus perfeito que assume o comando das situações mais improváveis e que aos olhos humanos não teriam mais solução, é nessa hora que o nosso Deus de Misericórdia volta os seus olhos com compaixão. Mas para que as coisas aconteçam em nossas vidas é preciso deixar Deus agir sem limitações, é preciso clamar pela misericórdia, é preciso buscá-la.  

Agradecemos Senhor, porque confiaste em nós mesmo com as nossas limitações, que nas diversas vezes que pensamos em desistir foi o teu amor e essa misericórdia infinita que nos sustentaram.



Maria Eugênia Dantas, RCC Carnaúba dos Dantas