sexta-feira, 14 de setembro de 2012

#FicaAdica 33


Entusiasmo é acreditar na nossa capacidade de fazer as coisas acontecerem, de darem certo, de transformar a natureza e as pessoas. Não espere ter as condições ideais para se entusiasmar, procure esta força dentro de você mesmo. Não é a realidade da vida que tem que nos entusiasmar, nós é que temos que entusiasmar a realidade da nossa vida. Nós é que temos que positivar nossas ideias…

Ilumine seu ambiente de trabalho e da sua casa. A escuridão traz tristeza e depressão! O ambiente determina a condição funcional em que as pessoas agem e fazem as coisas ocorrerem. Então, encha-se da luz divina, respire fundo e acolha a vida com seus desafios. Não tenha medo dos obstáculos e, acima de tudo, determine que você nasceu para ser vitorioso(a) e feliz!

Frei Paulo Sérgio

Uma história da festa da Exaltação da Cruz


Quantas coisas podem mudar em duas décadas! Após anos de ações legais demandando que os crucifixos sejam retirados dos lugares públicos e de banalização da cruz como um acessório de adorno ou arte corporal, não é de estranhar que a festa da Exaltação da Cruz deixe muita gente perplexa.

A história da verdadeira cruz é longa e complicada: começa com um rebento de árvore da graça no Éden, passa através da ponte do Rei Salomão para Jerusalém, até a seleção desse antigo madeiro para a crucifixão de Cristo.

A tradição considera que após a crucifixão a cruz foi escondida.

A cruz de Cristo foi descoberta por Santa Helena, a mãe de Constantino, que fez uma peregrinação a Jerusalém em 326, aos 80 anos. Seu espírito indomável, assim como suas extraordinárias aventuras, tomam sua mais encantadora forma literária no livrinho de Evelyn Waugh, «HHelena».

Parte da cruz permaneceu em Jerusalém, na Igreja do Santo Sepulcro, que foi dedicada em 14 de setembro de 335. Esta data se converteria na festa da Exaltação.

Parece ser que a relíquia viajou pelo mundo inteiro. Foram enviados fragmentos às novas igrejas de Constantino em Constantinopla, enquanto outros pedaços ficaram na Igreja da Santa Cruz de Roma, construída por Santa Helena em sua própria terra.

A devoção à cruz se estendeu tão rapidamente que, antes do final do século IV, escreveu-se o hino «Flecte genu lignumque Crucis venerabile adora» e São João Crisóstomo nos diz que os fragmentos da cruz eram venerados no mundo inteiro.

Contudo, curiosamente, a Exaltação da Cruz não só celebra o redescobrimento da verdadeira cruz; também comemora um evento em um dos momentos mais turbulentos da história cristã.

Em 615, às vésperas do surgimento do Islã, o exército persa avançava por todo o Mediterrâneo. O rei Cosroes da Pérsia, ainda que tenha deixado o sepulcro de Cristo intacto, levou o fragmento da cruz que Santa Helena havia deixado lá. Constituindo-se em um deus, o rei Cosroes construiu um trono em uma alta torre e se sentou nele com a cruz à sua direita, denominando-se como «o pai». O imperador bizantino Heráclio desafiou Cosroes a um combate para recuperar a cruz. Vitorioso, Heráclio devolveu o preciso relicário a Jerusalém. Havia pensado fazer entrar o relicário na cidade pela mesma porta pela qual Cristo entrou antes de sua crucificação, mas uma demolição bloqueou sua passagem. Dado que Cristo havia passado através dessa porta humildemente sobre um burro antes de ser morto, Heráclio tirou a coroa, joias e sapatos, e vestido apenas com a túnica, carregou o relicário nos ombros. Em 14 de setembro de 630, a cruz foi restituída a Jerusalém como exemplo de humildade para todo o povo.

Com o passar dos anos, a cruz foi atacada por muitos. Voltaire ensinou o mundo a ridicularizar a cruz quando, em «O Dicionário Filosófico», escreveu na parte «Superstição»: «São aqueles pedaços da verdadeira cruz, que bastariam para construir uma nave de cem canhões, são as muitas relíquias reconhecidas como falsas, são os falsos milagres, assim como muitos monumentos de uma piedade iluminada?».

Para dar uma resposta à era científica, formou-se no século XVII um grupo de jesuítas da Bélgica, os Bolandistas. Estudaram as evidências que tinham a ver com os milagres, relíquias e vidas de santos. Citam um estudo que pesava e media todas as relíquias conhecidas e chegaram à conclusão de que os pedaços existentes não bastariam para fazer nem sequer uma só cruz.

Esta festa, com frequência ignorada, serviu durante muito tempo para recordar à comunidade cristã que o significado de nossa redenção deveria ser levar a luz ao nosso mundo, vidas e corações de todos os tempos, e que deveríamos refleti-la com o mesmo valor, humildade e determinação que Jesus mostrou durante sua paixão.

No mundo de hoje, onde a cultura pop ri da cruz e os políticos a negam, esta festa impulsiona os cristãos a celebrarem o heroico sacrifício de Cristo e não a envergonhar-se dele.

Fonte: www.zenit.org

Exaltação da Santa Cruz


«Assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que n'Ele crê tenha a vida eterna» (João 3,14-15)

Hoje Nosso Senhor Jesus Cristo está na cruz e nós festejamos, para que saibamos que a cruz é uma festa e uma celebração espiritual. Outrora a cruz significou um castigo, agora tornou-se objeto de honra. Outrora símbolo de condenação, ei-la agora princípio de salvação. Pois ela é para nós a causa de numerosos bens: libertou-nos do erro, iluminou-nos nas trevas e reconciliou-nos com Deus; tínhamo-nos tornado para Ele inimigos e estranhos, e ela deu-nos a Sua amizade e aproximou-nos d'Ele. A cruz é para nós a destruição da inimizade, o garante da paz, o tesouro de mil bens.

Graças a ela não erramos já pelos desertos, porque conhecemos o verdadeiro caminho. Não ficamos de fora do palácio real, porque encontrámos a porta. Não receamos as armas ardentes do diabo, porque descobrimos a fonte. Graças a ela já não somos viúvos, porque descobrimos o Esposo. Não temos medo do lobo, porque temos o bom pastor. Graças à cruz não tememos o usurpador, porque nos sentamos ao lado do Rei.

Eis porque estamos contentes ao festejar a memória da cruz. O próprio São Paulo nos convida para a festa em honra da cruz: «Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção mas com os ázimos da pureza e da verdade» (1Co 5,8). E a razão para isso: «Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado» (v. 7).

São João Crisóstomo (c. 345-407), bispo e doutor da Igreja