sexta-feira, 9 de março de 2012

Passado e destino


“O passado do homem, de cada homem, não pode ser considerado como um destino, como algo que aconteceu e terá uma fatal continuação, sem qualquer outra alternativa possível” (Amedeo Cencini)

Nesses últimos tempos eu tenho me relacionado com o meu passado de forma mais “madura”. Tenho revisto alguns fatos, colocando-os no lugar que, acredito hoje, eles devem estar, sem que venham a afetar no que sou hoje e no que quero ser amanhã. Estou revendo-os com responsabilidade.

Hoje, a minha relação com o meu passado é saudável. Deus tem me auxiliado nesse processo. Tenho utilizado os meios que Ele me apresenta e dentre eles estão o perdão e a reconciliação: PERDOAR E SER PERDOADO.

Nesse tempo de Quaresma, onde somos chamados a caminhar com Jesus Cristo pelo deserto, aproveitemos para fazer as pazes com o nosso passado. Nos passos dados por esse caminho, que possamos meditar sobre a nossa vida, deixando que os ventos do deserto apaguem tudo o que dele (do passado) possa influenciar negativamente o nosso presente e futuro.

Que o Senhor nos conceda a alegria de caminharmos junto com Ele em todo tempo, especialmente nesse tempo quaresmal, para que assim aprendamos a compreender o sentido da Sua Morte e Ressurreição, o sentido de Perdoar e ser Perdoado.

"Sobre o madeiro, levou os nossos pecados em seu próprio corpo..."
(2Pd 2,24a) 


Onde está o teu irmão?


ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO?
(Walmir Alencar)
 
Onde estará aquele que eu concebi?
Confiei aos cuidados teus e agora não está aqui?
Onde andarás o que um dia se descuidou?
Acaso os erros que cometeu são maiores que os teus?


Onde se esconde aquele que foi difamado?
Não pudeste limpar ao menos seu nome?
Olha, sou eu, se ele sofre sou eu
Falam de mim, pois seu rosto é o meu


Como receberás o sol noutro dia?
A luz te lembrará o semblante dele
Em cada manhã verás sua imagem
Até que consoles o meu coração

Onde está o teu irmão?

Como estará aquele que adoeceu?
Quando a enfermidade chegou, teu compromisso acabou?
Como andarás o que era de tua casa?
Novamente responderás: 'Acaso sou eu o seu guarda?'


Braços fortes te dei pra levantá-lo
Meu amor, eu te dei pra aliviar a dor
Que ele enfrentou por querer e não ser fiel
Mas igual a ti, ele espera o céu


Como receberás o sol noutro dia?
A luz te lembrará o semblante dele
Em cada manhã verás sua imagem
Até que consoles o meu coração
Onde está o teu irmão?