sexta-feira, 31 de agosto de 2012

#FicaAdica 29



A cada boa ação você lança uma semente, mesmo que não veja a colheita. E ai está o que há de mais sublime na vida: lançar sementes de alegria, esperança e amor no coração das pessoas. Procure ver a vida como um imenso canteiro onde você diariamente lança sementes, onde você cuida, rega e protege. A colheita não é o mais importante e, sim, o ato bonito de semear…

Está aqui uma grande verdade: O que somos hoje, é fruto revelador do ontem. O que seremos amanhã, é semeadura do hoje. Portanto, pratique atos que enobreça o seu espírito e que atinjam positivamente as pessoas. Na experiência fantástica da vida semeamos, cuidamos, encontramos pessoas… amamos e somos amados. A vida, meu(minha) caro(a), é uma grande pedagogia do encontro!

Frei Paulo Sérgio, ofm

Você conhece Jesus Cristo?


Jesus foi rejeitado, porque se apresentou como um trabalhador que cresceu em Nazaré, ao lado de parentes, amigos e conhecidos. Seus conterrâneos não descobriram n'Ele nada de extraordinário que pudesse indicá-Lo como o Messias de Deus. No entanto, a extraordinariedade de Jesus-Messias está justamente aí, na encarnação, no fato de não ter nada que possa diferi-Lo da condição humana comum.
O Filho de Deus se fez como qualquer um de nós, e aqui está o nó da questão. Muitos afirmam que não creem, porque não veem. Os conterrâneos de Jesus não creem, porque veem o Jesus trabalhador, o Filho de Maria, um Homem do povo, que não frequentou nenhuma escola superior, um Homem que vem de Nazaré, lugarejo insignificante.

O escândalo da encarnação continua sendo um espinho atravessado na garganta de muito cristão de boa vontade. Por se encarnar nas realidades humanas, Jesus-Messias foi rejeitado. Ele faz pensar no desafio que é a encarnação do Evangelho na realidade do povo. Não podemos ficar paralisados como os conterrâneos do Senhor, pois Este rejeita o 
pecado da vaidade, do orgulho e da prepotência. Também rejeita o pecado da violência, da ganância e do egoísmo.

Muitas vezes, queremos um Cristo que aprove os nossos erros e que aplauda o nosso falso sucesso obtido à custa de opressão e desonestidade. Muitas vezes, não aceitamos um Cristo manso, pacífico, simples, humilde. A soberba nos faz querer um Cristo imponente, rico, opressor.

A nossa cegueira não concebe um Cristo que nos sugere o serviço aos irmãos, a capacidade de perdão, a simplicidade de coração. É preciso que meditemos sobre isto e transformemos a nossa vida. Jesus se fez um de nós a fim de facilitar o nosso entendimento, e não para complicá-lo. Ele se fez um de nós para que percebêssemos que as glórias deste mundo nada valem, que fomos feitos para uma glória maior.

Somos fracos, apegados às ilusões deste mundo e não percebemos os valores eternos. Renunciar ao pecado e aderir à mensagem de Cristo é o gesto mais sábio que um cristão pode ter.

Peçamos ao Senhor Jesus que Ele não permita que as adversidades nos impeçam de seguir adiante no cumprimento da missão a nós confiada.


Dom Eurico dos Santos Veloso

Leitura Bíblica: Mateus 25, 1-13



“Fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora”

Somos todos peregrinos da casa da felicidade.  Não conseguimos chegar a uma plena e profunda satisfação desse imenso desejo de comunhão e de amor que existe em cada um de nós, esse desejo de comunhão plena. Bebemos de diferentes fontes sem nunca chegarmos a ser saciados.  De fato, nem sabemos bem como definir essa felicidade que sonhamos alcançar. Ela tem a ver com paz, com profunda harmonia, com um amor sem sombras e posses para com o próximo. E bem lá no fundo damo-nos conta que nosso coração é feito para a comunhão com o Amado, o Esposo, o Senhor.

Conhecemos bem a parábola das jovens que  esperavam o noivo para a festa do casamento. Umas, apesar da demora do noivo, estavam com as lâmpadas acesas.  Puderam entrar para a festa. As outras  não fizeram esse esforço de não dormir e quando o cortejo estava para chegar, estavam  longe, procurando óleo para suas lamparinas. Não puderam entrar para a festa de casamento. Depois que as mocinhas espertas e vigilantes entraram a porta de fechou. O tempo terminou, esgotou-se.

Vivemos no mundo. Corremos, trabalhamos, choramos, amamos, lutamos.  E por detrás de tudo o que somos e fazemos essa espera do Senhor que nos visita do Esposo que vem para que possamos viver com ele a festa da intimidade… Agora, no lusco-fusco da fé, depois no face a face. Mas o tempo da vida é longo e a espera cansativa.  Começamos nosso caminho de conversão, ajuntamo-nos a outros de comunidades de advento, de espera, de esperança.  Muitas vezes tivemos  as lâmpadas acesas:  oração constante,  cuidado de cultivar um coração delicado, atenção à chegada do Senhor no rosto de um irmão, na sede de um peregrino, na brisa suave que refrescava nosso rosto.  Pode ser também que, devido ao peso da vida, ao sol do meio dia, à demora da vinda do Senhor  deitamo-nos na estrada e assim não pudemos estar perto da porta de entrada da festa quando ele chegou  com as lamparinas acesas.  As virgens dorminhocas não tinha óleo: não tinham ardor na hora da chegada, estavam meio anestesiadas e assim  correram à cidade para buscar óleo… e foi tarde demais.

A Igreja não é, antes de tudo, uma instituição fria, mas constituída de discípulos que sempre têm óleo em suas lamparinas. A comunidade dos discípulos de Jesus está sempre em estado de atenção.


Frei Almir Ribeiro Guimarães