terça-feira, 4 de setembro de 2012

Aceita...


Aceita a vida que Deus te deu. Aceita-te como és.

Aceita teus familiares. Aceita teus conflitos.

Aceita tuas decepções. Aceita tua parentela.

Aceita tuas dificuldades financeiras.

Aceita tuas desilusões. Aceita as ingratidões contra ti.

Aceita tudo e todos.

Aceita atos e atitudes e faze o melhor que puderes.

Aceitar não quer dizer aplaudir e fazer o mesmo, mas compreender que
cada um de nós tem e faz o que pode, que cada indivíduo está num grau
diferente de evolução. Portanto, aceita o próximo como ele é.
Tu, porém, trabalha em favor de teu adiantamento espiritual e autoconhecimento.

Portanto, aceita-te como és, aceita teu próximo e faze sempre o teu melhor.

(Santo Agostinho)

Setembro da primavera...



Setembro, mês da Bíblia e da independência do Brasil.

Ó Pai de infinita ternura, nós te louvamos pelos encantos da primavera. Tu és o sol em meus caminhos. Tu és a beleza do meu jardim, a alegria dos meus familiares. Tu és o infinito do céu azul e das nuvens que enfeitam o firmamento.

Obrigada, Senhor, pela minha vida, pelo meu marido, filhos e netos que tenho. Obrigada pelos meus 73 anos de idade bem vividos.


Josefa Veneranda Dantas, em 01 de setembro de 2000. 


Leitura Bíblica - 1Cor 2, 10-16



“Não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu”.  Assim, lemos na epístola de  Paulo proclamada  na liturgia de hoje.

Ouvimos muitas vezes a expressão vida espiritual.  Levamos uma vida espiritual, precisamos viver uma intensa vida espiritual.  Tentamos nos manter em ligação estreita com o Senhor ao longo de toda a nossa trajetória.  Não somos dele apenas episódica e esporadicamente.  Vivemos no Senhor e para o Senhor porque o Espírito foi derramado em nossos corações e esse Espírito nos faz  conhecer as coisas de Deus.  Ele perscruta o nosso interior. Ele nos foi dado no batismo e está sempre sendo derramado na vida que levamos no seio da Igreja. O Espírito que repousou sobre o caos para colocar ordem no começo da criação, o Espírito que agiu nos profetas, o Espírito que havia pousado sobre Maria, o Espírito que pousou sobre Cristo no seu batismo  no Jordão, esse mesmo Espírito é derramado sobre os fiéis que vivem na Igreja.  Não temos uma vida espiritual parecida a um treinamento feito de ginástica espiritual, de empenhos que partem de nossa vontade.  O Espírito, derramado em nossos corações, permite que tudo em nós seja espiritual, em outras palavras, que tenha o hálito, o sopro do Espírito.  Assim, não temos mais o espírito do mundo. Colocamo-nos fora dos esquemas de lucro, de competitividade, de emulação vaidosa, de interesses egoístas.  Os que vivem espiritualmente deixam-se guiar pelo Espírito.

O Espírito nos leva a perscrutar e sondar os acontecimentos de cada dia. Esse Espírito revela aos cristãos e aos indivíduos os caminhos a serem percorridos para que a instauração do Reino se acelere, o Espírito reza em nós de tal forma  que não apenas movimentamos os nossos lábios ou formulamos nossos pedidos, mas o  Espírito reza em nós, esse Espírito nos permite compreender o sentido das Palavras que ouvimos e através da quais o Senhor quer nos falar e levar os cristãos à verdade.  Esse Espírito que, nas encruzilhadas da história sugere renovações e reformas,  aponta para o novo pedindo que sejamos cúmplices de sua novidade.

Paulo conclui: “O homem psíquico – o que fica no nível de suas capacidades naturais  – não aceita o que é do Espírito de Deus, pois isso lhe parece uma insensatez”.


Frei Almir Ribeiro Guimarães