sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Qual é a direção de sua vida?


Para onde você está indo? Onde quer chegar? O que você já fez da sua vida? O que pretende ainda realizar? Onde está a tua descendência? Estas e tantas outras perguntas o ser humano faz, constantemente, ao longo da sua vida!

Poderíamos dizer que somente um adulto pergunta sobre a própria vida, mas isso é um engano, pois até mesmo a mais simples pergunta de uma criança representa a sua dúvida sobre a vida. Porém, cabe a cada um de nós não parar nas perguntas, mas buscar, constantemente, uma resposta. Por que digo constantemente? Pelo simples fato de que, a cada pergunta respondida, outras surgirão!

Podemos chegar a um estado de desespero
, de depressão ou de profunda angústia. Isso é muito provável para aqueles que somente buscam respostas para suas perguntas, sem avaliar a fonte, o lugar de onde estão saindo estas respostas. Demos um passo adiante nesta nossa reflexão. Para responder a simples pergunta “para onde estou indo?”, devemos perguntar primeiramente: “quem sou eu?”. Assim teremos o início de uma resposta coerente e verdadeira.

No Salmo 8, o autor sagrado pergunta “Senhor, quem é o homem para cuidar dele tanto assim?”. A resposta encontramos em Gênesis 1,27: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. Aqui, começamos a encontrar a resposta essencial e vital de cada um de nós. Se partirmos desta afirmação do Gênesis, que somos criados à imagem e semelhança de Deus, partimos de uma realidade de vocação, ou seja, de um chamado.

A vocação acima falada é a imagem de Deus que somos, ou seja, o Senhor nos chama a sermos Sua imagem, Imago Dei. Mas não é um chamado passivo que espera uma resposta. Não! A imagem divina que somos é uma vocação ativa de Deus a nós. Antes mesmo de respondermos à pergunta que toda criança faz: "O que vou ser quando crescer?", podemos responder: "quem somos"? Fomos criados à imagem do Pai por amor. Nenhuma outra criatura, no mundo, tem este dom tão grande de ser imagem do Criador; porém, todo chamado exige uma reação.

A resposta é a semelhança à qual Deus nos criou. Ou seja, com o dom da liberdade podemos responder e corresponder a essa semelhança naquilo que escolhemos e fazemos. Na certeza de que não basta apenas um agir moral reto, mas uma profunda adesão total e completa daquilo que é uma resposta decidida e definitiva de cada um de nós ao Criador. Ou seja, uma profunda decisão interior a uma constatação de um dom recebido.

Tendo esta consciência de quem somos, podemos dizer que nenhuma pergunta ficará sem resposta, pois a vida não se faz de perguntas, mas de vocação e respostas dadas, a cada dia, a um amor que ultrapassa as barreiras da nossa ignorância e do nosso tempo, mas respeita, porque o verdadeiro amor é aquele que gera liberdade, por isso nos espera até o último momento.

Para onde você está indo? Eu espero que seja ao encontro com o nosso Deus Amor!

Padre Anderon Marçal