quinta-feira, 13 de março de 2014

A alegria do Evangelho se adapta e se transforma

Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. A alegria do evangelho se adapta e se transforma, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de sermos infinitamente amados. Compreendo as pessoas que caem na tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias. “A paz foi desterrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade. Isto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada manhã ela se renova; é grande a Sua fidelidade. Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor” (Lm 3,17.21-23.26)

(Evangelii gaudium, 6)