quinta-feira, 31 de maio de 2012

Maria engrandece o Senhor que age nela

Minha alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador (Lc 1,46). Com estas palavras, Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons que lhe foram especialmente concedidos; em seguida, enumera os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o gênero humano.

Engrandece o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e ao serviço de Deus; e, pela observância dos mandamentos, revela pensar sempre no poder da majestade divina. Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas na lembrança de seu Criador, de quem espera a salvação eterna.

Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a mais plena ressonância ao serem proferidas pela santa Mãe de Deus. Ela, por singular privilégio, amava com perfeito amor espiritual aquele cuja concepção corporal em seu seio era a causa de sua alegria.

Com toda razão pôde ela exultar em Jesus, seu Salvador, com júbilo singular, mais do que todos os outros santos, porque sabia que o autor da salvação eterna havia de nascer de sua carne por um nascimento temporal; e sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor.

O Poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome! (Lc 1,49). Maria nada atribui a seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom daquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis,pequenos e fracos, em fortes e grandes.

Logo acrescentou: E santo é o seu nome! Exorta assim os que a ouviam, ou melhor, ensinava a todos os que viessem a conhecer suas palavras, que pela fé em Deus e pela invocação do seu nome também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação. É o que diz o Profeta: Então, todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo (Jl 3,5). É precisamente este o nome a que Maria se refere ao dizer: Exulta meu espírito em Deus, meu Salvador.

Por isso, se introduziu na liturgia da santa Igreja o costume belo e salutar, de cantarem todos, diariamente, este hino na salmodia vespertina. Assim, que o espírito dos fiéis, recordando frequentemente o mistério da encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade. E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora das Vésperas, para que nossa mente fatigada e distraída ao longo do dia por pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo do repouso.

São Beda, séc. VIII

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vigiai!



“Vigiai, portanto,
pois não sabeis em que dia
virá o vosso Senhor

(Mt 24,42)

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Vigiai!

Como tem sido sua caminhada para o encontro definitivo com Jesus?

Infelizmente, muitos desanimam e desistem no caminho. Entregam facilmente a sua casa para o ladrão, que veio para roubar e matar.

Como você não vigiou seu lar, ele conseguiu arrombar a porta e entrar nele.

Jesus lhe dá uma ordem para o seu bem: “Vigie, se você quiser se encontrar com Ele!

Decida-se a ser fiel hoje no caminho rumo ao Céu!


Do Livro “Deus Fala com Você”, de Marina Adamo

terça-feira, 29 de maio de 2012

A benção de Deus

Há um Salmo na Bíblia que nos dá um dos mais preciosos ensinamentos para a nossa vida: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas” (Sl 126,1).

Não é por acaso que o título desse salmo é “A fonte de todo bem”, isto é, a bênção de Deus. Muitas vezes, nosso trabalho não produz o que esperamos e nossas obras não dão o fruto que planejamos, porque confiamos apenas em nós mesmos e nos esquecemos de pedir a Bênção Daquele que é o Senhor de tudo e de todos, e que “tem o mundo em Suas mãos”. Tantas vezes Deus permite que nossos projetos fracassem para que aprendamos que sem a Sua Bênção nada podemos fazer.

É próprio daquele que é humilde pedir a Bênção de Deus para sua vida e atividades. Da mesma forma, é próprio daquele que é orgulhoso e auto-suficiente contar apenas consigo mesmo e esquecer-se da graça de Deus. Muitos, após inúmeros sofrimentos e insucessos, acabam, pela própria graça de Deus, encontrando a face do Senhor entre os acontecimentos da vida. Outros, lamentavelmente, persistem em não querer ver a Face daquele que tudo criou. Diz um autor anônimo que “Deus não fala, mas que tudo fala de Deus”. Basta olharmos a natureza e ouviremos Sua voz. “São insensatos por natureza todos os que desconheceram a Deus, e, através dos bens visíveis, não souberam conhecer Aquele que é, nem reconhecer o Artista, considerando suas obras” (Sb 13,1).

Ser humilde é reconhecer que “toda dádiva boa e todo dom perfeito vem de cima: desce do Pai das luzes” (Tg 1,17a) e que, portanto, não temos motivo algum para orgulho, vaidade e auto-suficiência. Da mesma forma, ser humilde é não se desesperar com a própria fraqueza, miséria ou impotência, uma vez que se reconhece que toda a força vem da Bênção de Deus. O livro dos Provérbios ensina que “De resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes” (2 Pe 5,5; Pr 3,34). Ele não ouve a oração do soberbo e, consequentemente, não lhe dá a Sua Bênção. Por outro lado, Deus ama aquele que reconhece a própria fraqueza, e lhe dá a Sua graça.

Somente quando reconhecemos nossa pequenez é que podemos experimentar em nós o poder de Deus. Foi o que o Senhor disse a São Paulo: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (2 Cor 12,9). Foi essa grande verdade, fruto da humildade, que levou o apóstolo a exclamar: “Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo” (II Cor 12,9b).

Vivemos grande parte da vida preocupados com nossas responsabilidades como pais, como profissionais, etc. Quando nos sentimos abalados e amedrontados com nossas tarefas diárias, não será porque contamos apenas com nós mesmos, esquecendo-nos da Bênção de Deus? Nossos fardos são por demais pesados para que os carreguemos sozinhos. É preciso deixar que Deus os carregue para nós. De que forma? Confiando-Lhe nossas obras, entregando-Lhe nossas preocupações, confessando-Lhe nossa fraqueza e pedindo-Lhe Sua Bênção para tudo o que fizermos. Além disso, a melhor maneira de sermos copiosamente abençoados por Deus é fazendo a Sua santa vontade, realizando todas as coisas para Ele e por amor a Ele. É exatamente o que São Paulo ensinou quando disse: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor” (Cl 3,23-24). O mesmo Salmo 126 ensina que: “Inútil levantar-vos antes da aurora, e retrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono” (Sl 126,2).

Quando estivermos cansados e oprimidos pelo peso das nossas atividades, é o momento de pararmos e perguntarmos a nós mesmos se não nos está faltando a Bênção de Deus. Se a resposta for sim, devemos olhar para o céu e dizer ao Senhor, do fundo do coração: “Daí-me a Vossa Bênção! Não me oculteis a Vossa face, para que eu não pereça.”

“Apressai-vos em me atender, Senhor, pois estou a ponto de desfalecer” (Sl 142,7a).

Prof. Felipe Aquino

Como vou me defender?


Pense um pouco sobre as palavras! Na verdade, elas podem nos ajudar muito, mas, às vezes, também possuem a propriedade de complicar tudo.

Eu acredito que grande defesa também é o silêncio. Penso que "silenciar os fatos" é forte estratégia para que a verdade apareça no momento adequado.

Infelizmente, a ansiedade faz com que coloquemos palavras no boca, muitas vezes, sem que passem pelo discernimento. A palavra só é boa quando ilumina.

Quem silencia gasta mais tempo, é verdade; porém, quem fecha a boca aprende a abrir as "portas" da alma.

Pense nisso!

Ricardo Sá, Missionário da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fugir das inquietações do coração




Para que no Senhor esteja a tua confiança, eu as ensino para ti hoje” (Pr 22,19)



Se perdermos a paz do coração, deveremos fazer de tudo para recuperá-la.

É importante sabermos que, por disposição de Deus Pai e Criador, nenhum acontecimento deste mundo é razão para que percamos ou turbemos a paz do coração.

Sabendo que Deus está conosco, atravessaremos todas as tribulações com paz no coração e suportaremos, com a alma tranquila, todas as amarguras e contrariedades da vida.

Quando percebermos que algo começa a nos inquietar, não demoraremos a tomar a arma da oração para a nossa defesa.

Peçamos a Jesus que nos conceda a graça de sermos homens e mulheres da paz.


Jesus, eu confio em vós!


Do livro “Comece bem o seu dia”, Luzia Santiago

domingo, 27 de maio de 2012

O envio do Espírito Santo

Ao dar a seus discípulos poder para que fizessem os homens renascer em Deus, o Senhor lhes disse: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19)

Deus prometera, por meio dos profetas, que nos últimos tempos derramaria o seu Espírito sobre os seus servos e servas para que recebessem o dom da profecia. Por isso, o Espírito Santo desceu sobre o Filho de Deus, que se fez Filho do homem, habituando-se com ele a conviver com o gênero humano, a repousar sobre os homens e a morar na criatura de Deus. Assim renovava os homens segundo a vontade do Pai, fazendo-os passar da sua antiga condição para a vida nova em Cristo.

São Lucas nos diz que esse Espírito, depois da ascensão do Senhor, desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes, com o poder de dar a vida nova a todos os povos e de fazê-los participar da Nova Aliança. Eis por que, naquele dia, todas as línguas se uniram no mesmo louvor de Deus, enquanto o Espírito congregava na unidade as raças mais diferentes e oferecia ao Pai as primícias de todas as nações.

Foi por isso que o Senhor prometeu enviar o Paráclito, que os tornaria capazes de receber a Deus. Assim como a farinha seca não pode, sem água, tornar-se uma só massa nem um só pão, nós também, que somos muitos, não poderíamos transformar-nos num só corpo, em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu. E assim como a terra árida não produz fruto se não for regada, também nós, que éramos antes como uma árvore ressequida, jamais daríamos frutos de vida, sem a chuva da graça enviada do alto.

Com efeito, nossos corpos receberam, pela água do batismo, aquela unidade que os torna incorruptíveis; nossas almas, porém, a receberam pelo Espírito.

O Espírito de Deus desceu sobre o Senhor como espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e de temor de Deus (Is 11,2). É este mesmo Espírito que o Senhor por sua vez deu à Igreja, enviando do céu o Paráclito sobre toda a terra, daquele céu de onde também Satanás caiu como um relâmpago (cf. Lc 10,18).

Por esse motivo, temos necessidade deste orvalho da graça de Deus para darmos fruto e não sermos lançados ao fogo, e para que também tenhamos um Defensor onde temos um acusador. Pois o Senhor confiou ao Espírito Santo o cuidado da sua criatura, daquele homem que caíra nas mãos dos ladrões e a quem ele, cheio de compaixão, enfaixou as feridas e deu dois denários reais. Tendo assim recebido pelo Espírito a imagem e a inscrição do Pai e do Filho, façamos frutificar os dons que nos foram confiados e os restituamos multiplicados ao Senhor.

Santo Irineu, Bispo, séc. II

sábado, 26 de maio de 2012

Quero e preciso



Quero e Preciso 
(Dunga) 

Eu sei, Teu Espírito está agindo. 
Passo a passo, sei que encontrarei 
Tua vontade em minha vida. 

Rompe, dentro em mim, 
um amor inovador. 
Sinto gosto a Tua Palavra, 
amor à Hóstia Consagrada. 

Eu quero Te louvar com todo o meu ser, 
de toda a minha alma,  mesmo sem entender. 
Preciso Te seguir, Teu amor vou perseguir. 
Eu abro todo o meu ser, Tua vontade tem que acontecer. 

Eu sei, não pertenço a este mundo, 
tenho fome e sede do Senhor, 
alimento que vem do lugar que eu sou. 
Treme o meu ser e teme o meu viver. 
Eu sei, Tu és o meu Senhor. 
Da minha vida és o Salvador

Pedro e João: a unidade na diversidade

Algumas pessoas a quem não é concedida uma promoção deduzem daí que não são amadas; se não são envolvidas nos negócios e nas actividades, lastimam-se por terem sido postas de lado. E isto é, sabemo-lo bem, uma fonte de grave desentendimento entre pessoas que passavam por amigas; no cúmulo da indignação, estas pessoas chegam a separar-se e a maldizer-se. [...]

Que ninguém diga que foi posto de lado porque não lhe foi atribuída uma promoção. A este respeito, o Senhor Jesus preferiu Pedro a João; no entanto, não foi por conferir a primazia a Pedro que retirou a sua afeição a João. Confiou a Sua Igreja a Pedro; a João entregou a Sua Mãe muito amada (Jo 19,27). Deu a Pedro as chaves do Seu reino (Mt 16,19); a João mostrou os segredos do Seu coração (Jo 13,25). Por conseguinte, Pedro ocupa um posto elevado, mas o lugar de João é mais seguro. Embora tivesse recebido o poder, quando Jesus disse: «um de vós há-de entregar-me» (Jo 13,21), Pedro treme e assusta-se como os outros; João, instigado por Pedro e encorajado pela sua proximidade ao Senhor, interroga-O para saber de quem fala. Pedro entrega-se à acção; João é posto à parte, para testemunhar a sua afeição,
de acordo com a palavra: «Quero que fique até Eu voltar». Ele deu-nos o exemplo para que também nós façamos o mesmo.

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cistercense

O Sopro do Espírito

Em outubro vamos comemorar os 50 anos de abertura dos trabalhos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Convocado pelo papa João XXIII com o objetivo de abrir as portas da Igreja para o mundo, o Vaticano II representou uma radical mudança para a Igreja Católica. Esta mudança só foi possível porque os bispos conciliares deram voz ao Espírito Santo, deixando que Ele os guiasse pelos caminhos do necessário “aggiornamento”. Por isso cada um dos 16 documentos do Concílio termina com a afirmação: “nós, no Espírito Santo, o aprovamos, decretamos e estatuímos”. Para resgatar as inspirações do Vaticano II, Bento XVI proclamou o Ano da Fé que começa em outubro e tem várias programações previstas para 2013.

Cientes de que vivemos num mundo onde as mudanças se dão de forma muito rápida, precisamos, a exemplo dos padres conciliares, nos confiar ao Espírito Santo para que nos mostre “os caminhos por onde deveremos andar”. E é aí que ganha importância a festa do Pentecostes que comemoramos neste final de semana.

No Pentecostes fazemos memória da vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no cenáculo e celebramos a sua presença contínua na caminhada da Igreja. É o Espírito Santo que propicia o entendimento entre as pessoas e fortalece os laços da unidade. Através do seu sopro vivificador renova as pessoas e as desperta ao amor e à caridade. Foi o Espírito Santo que deu coragem aos apóstolos para que pudessem realizar sua missão no começo do cristianismo e sustentou a Igreja ao longo dos séculos. É Ele que ilumina as lideranças para que sigam na missão de “anunciar o evangelho a toda criatura”.

O Espírito Santo está presente em toda atividade da Igreja, auxiliando-a a adaptar a mensagem cristã às “línguas e linguagens” de nossos dias, para que todos possam ouvir falar do Evangelho na própria língua, na própria experiência cultural. Sua ação consiste em ajudar a Igreja a anunciar sem medo a Verdade através do Evangelho. Por isso, todo aquele que acolhe o Espírito de Deus em sua vida possui a força e a coragem de testemunhar Jesus Cristo como a Verdade, o Amor e a Vida. Quem tem o Espírito de Deus em si não se intimida e nem se envergonha de testemunhar a fé em Deus e se apresentar como discípulo e discípula de Jesus Cristo.

Que o Espírito Santo renove, anime e fortaleça nossas famílias, comunidades, paróquias e Diocese. Que Ele nos provoque com seu sopro para que, a exemplo do que aconteceu no Concílio Ecumênico Vaticano II, consigamos superar as barreiras das divisões e nos unir na construção de uma sociedade de justiça, amor e paz. Para isso, pedimos: “Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor”!

Dom Canísio Klaus

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Unidos pela fé





Aos meus irmãos em Cristo, companheiros de oração, de caminhada, alegrias e tristezas partilhadas...




“Eu aconselharia aos que têm oração que, especialmente no princípio, procurem ter amizade e relações com pessoas que se ocupem da mesma coisa. Isso é importantíssimo, pois, além da ajuda mútua nas orações, muito há a lucrar aí! E não sei por que (já que, para conversas e prazeres humanos, mesmo que não sejam muito bons, procuramos amigos com quem folgar e melhor aproveitar esses prazeres vãos) não se há de permitir à alma que começa a amar e a servir a Deus com sinceridade que compartilhe a companhia de pessoas que têm oração, confiando-lhes suas alegrias e tristezas, visto serem os seus sentimentos os mesmos. De fato, quem realmente deseja obter a amizade do Senhor não deve temer a vanglória, para que, ao primeiro sinal de fraqueza, possa escapar com mérito. Creio que, tendo esse objetivo, obterá maior proveito para si e para os seus ouvintes, adquirirá mais experiência e, ainda, sem entender como, ensinará a seus amigos.”

Livro da Vida, de Sta. Teresa de Jesus


Aprender sempre, mesmo nas situações mais adversas

“Mesmo sendo Filho, 
aprendeu o que significa a obediência, 
por aquilo que ele sofreu” (Hb 5,8)

A vida é um aprendizado constante e impulsiona-nos à dinâmica de sempre estarmos abertos para aprender o novo.

De tudo o que nos acontece, precisamos ter a capacidade e a coragem de obter um ensinamento para nossa vida, ainda que seja na situação mais adversa, assim como o próprio Jesus aprendeu o que significa a obediência ao Pai por meio daquilo que Ele sofreu.

Um grande sinal de maturidade é quando somos capazes de nos manter nesta dinâmica de aprendizado, independentemente da nossa idade. Essa atitude não nos diminui em nada, ao contrário, eleva-nos, porque a humanidade nos aproxima de Deus e dos irmãos.


Jesus, eu confio em vós!


Do livro “Comece bem o seu dia”, Luzia Santiago

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Jesus olha por todos nós


Amigos, vale a pena dar uma conferida, meditar, rezar com o Evangelho proposto para este dia (24/05/2012):

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: Pai santo, não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um. Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim. Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que me deste, por me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste. Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.

(João 17,20-26)

O tempo é um só


“Existem duas sabedorias básicas: a da sociedade de consumo e a sabedoria do Evangelho; uma, a da transitoriedade, a outra, da lucidez da eternidade, da Páscoa, da Ressurreição” (Pe. Roque Schneider)


Muita gente fala assim: o tempo de hoje é muito difícil. Eu acho assim: o tempo é um só. O tempo de chuva, o tempo de seca etc. Desde o início, existe um só tempo para Deus, dando-nos a oportunidade. Quem vive na sua fé, seguindo o caminho de Deus, vendo a luz das estrelas e da ressurreição, que nos leva ao encontro do Pai até nos infinitos... Agora, a vida pertence a Deus. Ele nos deu a vida. Podemos ficar caducos, mas até a flores murcham...!


Josefa Veneranda Dantas, 25/o5/2005

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amar é escolher o essencial

A globalização trouxe inúmeros benefícios ao homem. Atualmente, com extrema facilidade, temos acesso a outras culturas e a informações sobre tudo o que está acontecendo em todo o planeta. Uma quantidade demasiada de informações é despejada sobre nós cotidianamente. Temos acesso a muitas realidades e, consequentemente, corremos o risco de acabar sufocados em meio a toda essa diversidade.

A vida nos apresenta uma multiplicidade de oportunidades. Através da tecnologia tudo se tornou mais rápido e fácil e temos a possibilidade de realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, mesmo em meio a muitas possibilidades, para ser feliz, o homem precisa escolher a melhor forma para consumir o seu tempo.

Há quem passa horas navegando e conhecendo, superficialmente, muitas pessoas pela Internet, mas não consegue gastar 30 minutos com alguém que lhe é realmente importante, para que possa se aprofundar nesse relacionamento real. Pois prefere o descompromisso e a irrealidade do relacionamento virtual, que não exige nada, e que, muitas vezes, possibilita a informalidade e a ilusão.

Há quem gaste horas e até dias com amigos, em farras e bebedeiras, mas não tem a capacidade de gastá-las com a família. Há quem tenha tempo para ir ao “Shopping Center”, ao clube, ao bar, mas não tem tempo para ir à Santa Missa. Há mulheres que ficam o dia inteiro no salão de beleza, mas não param para escutar o marido. Assim como há pais que estão perdendo os filhos, porque nunca tiveram tempo para escutar suas “tolas experiências”…

Não existe relacionamento sem diálogo, família sem presença, felicidade sem prioridade.

É muito triste para o homem, no fim de sua vida, perceber que desperdiçou tempo demais com o supérfluo e desprezou aquilo e aqueles que eram essenciais.

Há quem se prenda aos erros, deixando de valorizar a pessoa que está por trás destes. Cargos passam, filhos crescem, pessoas adoecem, despedidas acontecem, o tempo passa… e, um dia, a vida se ausenta.

É feliz quem compreende que pessoas têm mais valor do que coisas; que família é presente de Deus e amizade é uma arte que torna a vida mais bonita.

Amar é escolher o essencial; é dizer o que se deve; é escutar a quem se deve escutar; é estar ao lado de quem necessita de nossa presença; fazer o que é preciso.
Pode ser que para você, hoje, o essencial seja perdoar ou pedir perdão. Pode ser que seja estar em sua casa como os seus, não sei… O que sei é que a vida é bela para quem sabe priorizá-la, e que é no agora que temos a possibilidade de reescrever nossa história, mudando a direção em que empregamos nosso tempo e nossas energias.

Quem ama consegue encontrar tempo para aquilo e para aqueles que realmente são importantes. Quem ama sabe priorizar.

A virtude mora na escolha… certa, é claro. Amar é escolher o essencial.



Padre Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova

Só Deus para ter misericórdia!

Parece que quando começamos a caminhar nas estradas de Deus as coisas tendem a nos fazer desistir, as provações começam a surgirem com mais força e por vezes achamos que não seremos capazes de aguentar tamanhas provações.

Mas o amor de Deus por nós é tão imenso que não permite nos afastarmos Dele. Quando achamos que as coisas não vão mais dar certo, entra o Deus do Impossível e nos mostra exatamente o contrário. E no momento que as nossas forças humanas não mais suportam o peso da cruz, é aí que entra em ação nosso Deus, o Deus que toma a direção, que passa a frente, que olha além do que os nossos olhos podem enxergar.

É esse Deus perfeito que assume o comando das situações mais improváveis e que aos olhos humanos não teriam mais solução, é nessa hora que o nosso Deus de Misericórdia volta os seus olhos com compaixão. Mas para que as coisas aconteçam em nossas vidas é preciso deixar Deus agir sem limitações, é preciso clamar pela misericórdia, é preciso buscá-la.  

Agradecemos Senhor, porque confiaste em nós mesmo com as nossas limitações, que nas diversas vezes que pensamos em desistir foi o teu amor e essa misericórdia infinita que nos sustentaram.



Maria Eugênia Dantas, RCC Carnaúba dos Dantas

terça-feira, 22 de maio de 2012

Convite para a Festa de Pentecostes 2012




Este é um vídeo carinhosamente preparado pela equipe da TV RCC Carnaúba dos Dantas, convidando todos para participarem do Tríduo de Pentecostes que acontecerá de 24 a 27 de maio deste ano em nossa cidade.
Para maiores informações, assistam o vídeo ;)

E quando a vida nos diz “não”?

Nem sempre quando a vida nos diz "não", tal resposta tem a finalidade de nos encerrar em um tempo de esterilidade. O "não" pode também se manifestar como a possibilidade de trilharmos um novo caminho, adentrando por uma nova porta que a nós se inaugura neste específico momento. Há momentos nos quais, de maneira antecipada e, quem sabe, até precipitada, tudo definimos e estabelecemos dentro de nós, idealizando nossos sonhos e metas de maneira irrevogável. Entretanto, em muitas circunstâncias, as realidades acabarão não acontecendo da maneira como planejamos, e nesses peculiares invernos, poderá – intensamente – nos visitar a frustração.

É horrível desejar tanto uma realidade e, por fim, deparar-se com a sua não realização. Contudo, não é só quando a vida sorri que podemos ser felizes. Muitas vezes, a felicidade que nos espera será preparada pelas lágrimas, sendo que estas podem se tornar um sólido alicerce para a construção de uma madura realização em nossa história. As lágrimas podem também gerar vida e recomeços, e o não, pode se tornar um específico lugar onde se pode refletir e escutar a Verdadeira voz, que poderá nos conduzir à mais perfeita realização.

Neste processo de deparar-se com o "não" se faz essencial a confiança. Confiar em um motivo Maior no qual possamos recostar nossas fragilidades, pois sempre haverá um concreto sentido (significado) no qual poderemos ancorar nossas esperanças e depositar as nossas lágrimas. Faz-se necessário confiar nos planos de nosso Autor, pois, diante de cada circunstância, Ele sempre verá mais longe e comtemplará o real muito melhor que nós mesmos.

É preciso, de fato, confiança e abandono, mesmo quando a vida diz "não", pois o "não" – conduzido por Deus – torna-se fonte de vida e de felicidade para nós. É preciso dizer "sim" aos "nãos" que Deus nos apresenta, acreditando que Ele conhece nossos sonhos e que, quando nos diz "não", é porque está nos preparando algo infinitamente superior ao que esperávamos.

Seus planos são perfeitos, e no centro deles estamos nós. É preciso treinar a audição para o Infinito e sempre n’Ele esperar, dizendo constantemente "sim" às realidades nas quais Ele nos insere. De tal forma em tudo cresceremos, adquirindo uma sabedoria e maturidade ímpares, que nos farão adentrar naquilo que é próprio da Eternidade. Cresçamos com os "nãos", treinemos a confiança e nos abandonemos aos cuidados deste singular e infinito Amor!

Pe. Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova

(CIC) A maternidade divina de Maria

Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" (João 2,1;19,25), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como "a Mãe de meu Senhor" (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos).

- A virgindade de Maria
Desde as primeiras formulações da fé, a Igreja confessou que Jesus foi concebido exclusivamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, afirmando também o aspecto corporal deste evento: Jesus foi concebido "do Espírito Santo, sem sêmen". Os Padres veem na conceição virginal o sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio numa humanidade como a nossa:

Assim, Santo Inácio de Antioquia (início do século II): "Estais firmemente convencidos acerca de Nosso Senhor, que é verdadeiramente da raça de Davi segundo a carne, Filho de Deus segundo a vontade e o poder de Deus, verdadeiramente nascido de uma virgem... ele foi verdadeiramente pregado, na sua carne, {à cruz} por nossa salvação sob Pôncio Pilatos... ele sofreu verdadeiramente, como também ressuscitou verdadeiramente".

Os relatos evangélicos entendem a conceição virginal como uma obra divina que ultrapassa toda compreensão e toda possibilidade humanas: "O que foi gerado nela vem do Espírito Santo", diz o anjo a José acerca de Maria, sua noiva (Mt 1,20). A Igreja vê aí o cumprimento da promessa divina dada pelo profeta Isaias: "Eis que a virgem conceber  e dar  à luz um filho" (Is 7,14, segundo a tradução grega de Mt 1,23).

Por vezes tem-se estranhado o silêncio do Evangelho de São Marcos e das epístolas do Novo Testamento sobre a concepção virginal de Maria. Houve também quem se perguntasse se não se trataria aqui de lendas ou de construções teológicas sem pretensões históricas. A isto deve-se responder: a fé na concepção virginal de Jesus deparou com intensa oposição, zombarias ou incompreensões da parte dos não-crentes, judeus e pagãos. Ela não era motivada pela mitologia pagã ou por alguma adaptação às idéias do tempo. O sentido deste acontecimento só é acessível à fé, que o vê no "nexo que interliga os mistérios entre si", no conjunto dos Mistérios de Cristo, desde a sua Encarnação até a sua Páscoa. Santo Inácio de Antioquia já  dá  testemunho deste nexo: "O príncipe deste mundo ignorou a virgindade de Maria e o seu parto, da mesma forma que a Morte do Senhor: três mistérios proeminentes que se realizaram no silêncio de Deus. (Sto. Inácio de Antioquia)

Catecismo da Igreja Católica, §§ 495-498

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A fábula da raposa

Existiu um lenhador que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.

Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem; e portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiram.

- Lenhador, abra os olhos. A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!

Um dia, o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários – ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa… Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta….

O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar…., mas, principalmente nunca tome decisões precipitadas.

A alegria torna a vida mais longa

“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!” (Fl 4,4)

A Sagrada Escritura fala-nos claramente que precisamos cultivar a alegria, porque: “A alegria do coração é a vida da pessoa, tesouro inexaurível de santidade, a alegria da pessoa prolonga-lhe a vida” (Eclo 30,23).

A tristeza não possui utilidade alguma para nós, portanto, não devemos cultivá-la em nosso coração. Ao contrário, quando nos sentirmos tristes, peçamos a Jesus imediatamente que expulse do nosso coração este sentimento. Que o servir ao próximo seja nosso remédio nessa situação.

“Serve ao Senhor com alegria!”

Jesus, dá-nos hoje a graça de vivermos alegres sempre, porque a tua alegria é a nossa força.


Jesus, eu confio em vós!


Do livro “Comece bem o seu dia”, Luzia Santiago

domingo, 20 de maio de 2012

Humildade: Virtude que nos garante a vitória

A vida sempre ensina, àqueles que se deixam formar por ela, que a humildade é uma virtude que caminha de mãos dadas com a vitória, pois, todos aqueles, que pretensiosamente engrandecem a si próprios, fechando-se às suas próprias fraquezas e limitações, acabam experienciando derrotas e dissabores.

O time, a pessoa, a empresa que se crêem invencíveis e invulneráveis, e que não valorizam a força e as qualidades dos demais, caminham acertadamente para a ruína.

É impossível que exista alguém que seja perfeito em tudo, todos temos defeitos. Quem se enche de orgulho, fechando-se ao aspecto das próprias imperfeições, julgando-se perfeito e vendendo a outros esta imagem, caminha ausente de si mesmo, pois, a verdade que expressa é irreal. Utiliza-se de uma máscara que oculta aquilo que realmente é.

É sabedoria reconhecer-se fraco e limitado, pois, somente assim será possível trabalhar as próprias fraquezas fortalecendo-as gradativamente. Também o é reconhecer as virtudes alheias e aprender com elas.

Os outros têm muito a nos ensinar, e quem não desperdiça a graça de aprender, amadurece significativamente em tudo o que faz.

Quem é humilde reconhece o que tem de bom no outro, cresce com ele, valoriza-o e lhe dá a oportunidade de também ser bom.

O típico orgulhoso é aquele que acredita que somente o que ele faz é bom, e que nos outros a bondade está ausente.

Ter humildade significa não exigir da vida respostas prontas e imediatas para tudo, mas saber acolher o mistério que vai nos formando no cotidiano, nas lutas ordinárias, mesmo quando esta não nos responde...

Aqueles que são muito "seguros" e cheios de si, que crêem não precisar de ninguém e que não conseguem depender do outro em nada, perdem de vista a realidade que tece a vitória na história de qualquer um: a humildade de reconhecer-se na própria verdade e de lutar a partir dela, desprezando a ilusão e assumindo o real.

Humildade é sabedoria, é ser gente, é deixar-se ajudar, é saber respeitar, é dar espaço para amar e ser amado, para encontrar e ser encontrado. Aprendamos com esta virtude, construindo no concreto da vida a vitória que somente ela pode nos garantir.


Padre Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova

De que temos sede?

Sede de atenção?

Sede de amor?

Sede de reconhecimento?

Sede de paz?

Sede de felicidade?

Sede de uma história 
de vida com significado?

Jesus vem ao nosso encontro, independentemente do que as pessoas pensem de nós, que nos discriminem ou riam de nós. Ele não repara em nossas vestes rasgadas, tampouco em nosso coração ferido. Ele vem, gasta tempo conosco e nos oferece a água que nos restaura.



Do Livro “Ágape”, de Pe. Marcelo Rossi