sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fátima, Portugal

Viagem “Ao Encontro de Nossa Senhora”

Terceira parte

 
Finalmente, no final do dia 15 de novembro, chegamos a Fátima, Portugal, onde está localizado um dos mais importantes santuários marianos do mundo.
Logo que nos acomodamos no hotel, partimos para o Santuário, onde todas as noites, num certo período do ano, é rezado o Terço Mariano, cada mistério em uma língua diferente. Se a oração do Terço já é linda, ali ganha um novo brilho, pois, à medida em que cada pessoa responde na sua língua de origem, o som que se ouve é um som sobrenatural. Mistura de sentimento, mistura de amor pela nossa mãezinha!
Depois disso, dormir, esquecendo o cansaço, sonhando com os anjos...
Dia seguinte, 16 de novembro, dia de visita ao ambiente em que viveram os Pastorinhos Lúcia de Jesus e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, a quem Nossa Senhora apareceu no ano de 1917.
Aqui, um pouco da história que se passou em Aljustrel, onde nasceram os três pastorinhos.

A aldeia vivia a sua vida tranquila, marcada pelas estações do ano e pelos trabalhos do campo, sendo a pastorícia, a agricultura e a tecelagem, o seu modo de subsistência. Viviam ali, entre outras, duas famílias aparentadas: a família Santos e a família Marto. Das poucas casas dessa época que ainda existem, embora já restauradas, contam-se as duas onde nasceram e viveram os pastorinhos, hoje pertencentes ao Santuário.
Na primavera de 1916, o “Anjo da Paz” apareceu pela primeira vez aos três pastorinhos, no local conhecido como “Loca do Anjo”. Lá ensinou-lhes a oração:

“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos.
Peço-Vos perdão para os que
não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam”

 A segunda aparição do anjo deu-se na casa dos pais de Lúcia, no verão de 1916, no local conhecido como “Poço do Arneiro”. O anjo disse-lhes: “Sou o Anjo da Guarda de Portugal... de tudo o que puderdes, oferecei ao Altíssimo orações e sacrifícios”. Sentada nas lajes do poço, Jacinta teve a visão do Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos, diante de uma mesa, com as mãos na cara, a chorar. Fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe muitas palavras feias. “Coitadinho do Santo Padre! Temos que pedir muito por ele”.
Na terceira aparição, que se deu no outono de 1916, na “Loca do Anjo”, o anjo trazia um cálice e uma hóstia, prostrou-se em adoração à Santíssima Trindade, e rezou com os pastorinhos: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pecadores”. Depois, deu-lhes a Comunhão dizendo: “tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai seus crimes e consolai o vosso Deus”.
A 13 de maio de 1917, os três pastorinhos apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria. Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma paredinha de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante. Julgando ser um relâmpago, decidiram ir embora, mas logo abaixo outro relâmpago iluminou o espaço e viram em cima de uma azinheira (onde agora se encontra a Capela das Aparições), uma “senhora mais brilhante que o sol”, de cujas mãos pendia um terço branco. A Senhora disse aos pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de junho, julho, setembro e outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de agosto, a aparição se deu no sítio de Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, o Administrador da Vila Nova de Ourém levara as crianças para a prisão, onde as reteve por três dias. Nessa aparição, que aconteceu num domingo, pelas 4 horas da tarde, no local assinalado por um momento belíssimo, Nossa Senhora deixou  este impressionante apelo: “Rezai, rezai muito, e fazei sacrifícios pelos pecadores, porque vão muitas almas para o inferno por não haver quem reze e se sacrifique por elas.” Na última aparição, a 13 de outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a “Senhora do Rosário” e que fizessem ali uma capela em Sua. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em julho e setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
 

>