sábado, 26 de maio de 2012

Quero e preciso



Quero e Preciso 
(Dunga) 

Eu sei, Teu Espírito está agindo. 
Passo a passo, sei que encontrarei 
Tua vontade em minha vida. 

Rompe, dentro em mim, 
um amor inovador. 
Sinto gosto a Tua Palavra, 
amor à Hóstia Consagrada. 

Eu quero Te louvar com todo o meu ser, 
de toda a minha alma,  mesmo sem entender. 
Preciso Te seguir, Teu amor vou perseguir. 
Eu abro todo o meu ser, Tua vontade tem que acontecer. 

Eu sei, não pertenço a este mundo, 
tenho fome e sede do Senhor, 
alimento que vem do lugar que eu sou. 
Treme o meu ser e teme o meu viver. 
Eu sei, Tu és o meu Senhor. 
Da minha vida és o Salvador

Pedro e João: a unidade na diversidade

Algumas pessoas a quem não é concedida uma promoção deduzem daí que não são amadas; se não são envolvidas nos negócios e nas actividades, lastimam-se por terem sido postas de lado. E isto é, sabemo-lo bem, uma fonte de grave desentendimento entre pessoas que passavam por amigas; no cúmulo da indignação, estas pessoas chegam a separar-se e a maldizer-se. [...]

Que ninguém diga que foi posto de lado porque não lhe foi atribuída uma promoção. A este respeito, o Senhor Jesus preferiu Pedro a João; no entanto, não foi por conferir a primazia a Pedro que retirou a sua afeição a João. Confiou a Sua Igreja a Pedro; a João entregou a Sua Mãe muito amada (Jo 19,27). Deu a Pedro as chaves do Seu reino (Mt 16,19); a João mostrou os segredos do Seu coração (Jo 13,25). Por conseguinte, Pedro ocupa um posto elevado, mas o lugar de João é mais seguro. Embora tivesse recebido o poder, quando Jesus disse: «um de vós há-de entregar-me» (Jo 13,21), Pedro treme e assusta-se como os outros; João, instigado por Pedro e encorajado pela sua proximidade ao Senhor, interroga-O para saber de quem fala. Pedro entrega-se à acção; João é posto à parte, para testemunhar a sua afeição,
de acordo com a palavra: «Quero que fique até Eu voltar». Ele deu-nos o exemplo para que também nós façamos o mesmo.

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cistercense

O Sopro do Espírito

Em outubro vamos comemorar os 50 anos de abertura dos trabalhos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Convocado pelo papa João XXIII com o objetivo de abrir as portas da Igreja para o mundo, o Vaticano II representou uma radical mudança para a Igreja Católica. Esta mudança só foi possível porque os bispos conciliares deram voz ao Espírito Santo, deixando que Ele os guiasse pelos caminhos do necessário “aggiornamento”. Por isso cada um dos 16 documentos do Concílio termina com a afirmação: “nós, no Espírito Santo, o aprovamos, decretamos e estatuímos”. Para resgatar as inspirações do Vaticano II, Bento XVI proclamou o Ano da Fé que começa em outubro e tem várias programações previstas para 2013.

Cientes de que vivemos num mundo onde as mudanças se dão de forma muito rápida, precisamos, a exemplo dos padres conciliares, nos confiar ao Espírito Santo para que nos mostre “os caminhos por onde deveremos andar”. E é aí que ganha importância a festa do Pentecostes que comemoramos neste final de semana.

No Pentecostes fazemos memória da vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no cenáculo e celebramos a sua presença contínua na caminhada da Igreja. É o Espírito Santo que propicia o entendimento entre as pessoas e fortalece os laços da unidade. Através do seu sopro vivificador renova as pessoas e as desperta ao amor e à caridade. Foi o Espírito Santo que deu coragem aos apóstolos para que pudessem realizar sua missão no começo do cristianismo e sustentou a Igreja ao longo dos séculos. É Ele que ilumina as lideranças para que sigam na missão de “anunciar o evangelho a toda criatura”.

O Espírito Santo está presente em toda atividade da Igreja, auxiliando-a a adaptar a mensagem cristã às “línguas e linguagens” de nossos dias, para que todos possam ouvir falar do Evangelho na própria língua, na própria experiência cultural. Sua ação consiste em ajudar a Igreja a anunciar sem medo a Verdade através do Evangelho. Por isso, todo aquele que acolhe o Espírito de Deus em sua vida possui a força e a coragem de testemunhar Jesus Cristo como a Verdade, o Amor e a Vida. Quem tem o Espírito de Deus em si não se intimida e nem se envergonha de testemunhar a fé em Deus e se apresentar como discípulo e discípula de Jesus Cristo.

Que o Espírito Santo renove, anime e fortaleça nossas famílias, comunidades, paróquias e Diocese. Que Ele nos provoque com seu sopro para que, a exemplo do que aconteceu no Concílio Ecumênico Vaticano II, consigamos superar as barreiras das divisões e nos unir na construção de uma sociedade de justiça, amor e paz. Para isso, pedimos: “Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor”!

Dom Canísio Klaus