segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Veni, Creator



Enquanto eu lia o “Livro da Vida”, de Santa Teresa de Ávila, me deparei com um trecho bastante interessante que pretendo trazer para a minha vida. Diz respeito aos desafios enfrentados por Santa Teresa ao ter que tomar algumas decisões importantes para o seu progresso nos caminhos da oração. Por isso, quero partilhá-lo com vocês:

“Disse-me ele que eu me encomendasse a Deus por alguns dias e rezasse o hino Veni, Creator, para que Ele desse luz sobre a melhor decisão a tomar” (Santa Teresa de Ávila)

O Veni, Creator é um hino da Igreja Católica, em honra ao Espírito Santo. Desde que foi composto, no século IX, esse texto litúrgico nunca deixou de ser ressoado na Igreja em momentos importantes, sobretudo, na Festa de Pentecostes. Foi com essa oração solene, que o Papa Leão XIII consagrou o século XX  à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, mesmo século em que surgiu a Renovação Carismática Católica.

Abaixo, transcrevo a oração em português, convidando a todos que façam dela um clamor diário:

Veni Creator Spiritus!   Vem, Espírito Criador!

Vinde, Espírito Criador,
visitai as almas dos Vossos;
enchei de graça celestial
os corações que criastes!

Sois o Divino Consolador,

o dom do Deus Altíssimo,
fonte viva, o fogo, a caridade,
a unção dos espirituais.

Com os Vossos sete dons:

sois o dedo da direita de Deus,
Solene promessa do Pai
Inspirando nossas palavras.

Acendei a luz nos sentidos;

insuflai o amor nos corações,
amparai na constante virtude
a nossa carne enfraquecida.

Afastai para longe o inimigo;

Trazei-nos prontamente a paz
Assim guiados por Vós
Evitaremos todo o mal.

Por Vós explicar-se-á o Pai

E conheceremos o Filho;
Dai-nos crer sempre em Vós
Espírito do Pai e do Filho.

Glória ao Pai, Senhor,

Ao Filho que ressuscitou
Assim como ao Consolador.
Por todos os séculos. Amém

- Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado

- E renovareis a face da terra
 
 Ó Deus, que ilustrastes os corações dos fiéis com as luzes do Espírito Santo, dai-nos, pelo mesmo Espírito, procurar o que é reto, e nos alegrarmos sempre com a sua consolação. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Leitura Bíblica: Lucas 4, 16-30


Jesus está na sinagoga de sua terra.  Era seu costume participar  das reuniões na sinagoga.  Levantou-se para fazer a leitura.  Certamente, com voz firme e pausada, leu Jesus o famoso trecho de Isaías  em que o servo do Senhor  é ungido pelo Espírito. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres; enviou-me para anunciar a boa nova aos cativos…”.

Depois de fechar o livro e num silêncio intensíssimo sentou-se.  Todos tinham os voltados para ele, para esse filho de Nazaré…. E ele:  “Pois bem, em mim  se realizam as palavras que ouvimos. Eu venho para libertar os prisioneiros de suas cadeias e prisões que foram causadas por  seus desvarios.  Venho anunciar um tempo de graça e de paz aos pobres, aos pobres de comida e aos pobres que se sabem pecadores e frágeis e que choram por  esta razão. Hoje se cumpriu em mim esta passagem das Escrituras que acabais de ouvir. Venho para abrir os olhos aos cegos,  reforçar os joelhos que fraquejam,  desimpedir os ouvidos dos surdos.  Venho  para a grande festa da libertação”.

Outra não é tarefa da Igreja do ressuscitado senão, através de todos os discípulos, anunciar esse ano de graça.  Cabe a ela reunir no albergue das comunidades os cegos que querem enxergar, os surdos que precisam ouvir uma palavra que os liberte,  os  mudos que precisam explodir no louvor de Deus.

Quando nos reunimos para ouvir as  Escrituras  temos a alegria de ver concretizadas as promessas de ontem em  Jesus, e de alguma forma, naqueles que assumem no  hoje do mundo a missão de Cristo.


Frei Almir Ribeiro Guimarães

A nossa força está na misericórdia


“Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36)

O amor de Cristo foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo, capacitando-nos a compreender tanto a nossa miséria como a miséria alheia.

A nossa força está no perdão, em sermos misericordiosos, como o Pai é misericordioso.

Quanto mais confiamos na misericórdia, mais misericordiosos nos tornamos. Não podemos viver com medo, porque o nosso coração fica insensível e desconfiado. Ao contrário, aproximemo-nos de Jesus misericordioso e deixemo-nos envolver pelo seu grande amor. Assim, seremos transformados rapidamente em homens e mulheres de misericórdia.

“Quem se dedica a obras de misericórdia, faça-o com alegria” (Rm 12,8).


Jesus, eu confio em vós!


Do livro “Comece Bem o Seu Dia”, Luzia Santiago