sábado, 31 de março de 2012

Meus pecados, minha culpa...

Você já percebeu que toda culpa que você sente em relação a Deus, vem dos pecados cometidos?

Pois é, na minha caminhada fui descobrindo aos poucos que o desejo de ser melhor para Deus tinha que passar pelas chagas dos erros por mim cometidos no passado. A partir daí, o desejo de assumir meu passado, de amá-lo, de integrá-lo à minha vida atual, foi transformando culpas que guardava bem no fundo da minha alma. Fui descobrindo também que somente eu posso fazer com que aquilo que ficou congelado, escondido dentro de mim, venha a descongelar e se transformar em água, e que essa água é que lavará todas as minhas culpas diante de Deus. Pois se fui eu a cometer os erros, eu que tenho que cuidar em repará-los.

Sto.  Agostinho, em seu livro “Confissões”, diz o seguinte: “Quero recordar as minhas  torpezas passadas, as corrupções de minha alma, não porque as ame, ao contrário, para te amar, ó Deus”.  E ele diz mais: “É por amor do teu amor que retorno ao passado, percorrendo os antigos caminhos dos meus graves erros. A recordação é amarga, mas espero sentir tua doçura, doçura que não engana, feliz e segura, e quero recompor minha unidade depois dos dilaceramentos interiores que sofri quando me perdi em tantas bagatelas, ao afastar-me de tua Unidade”. Esse pensamento de Sto. Agostinho explica com clareza o desejo que enche também meu coração de ser melhor, de sentir a doçura de Deus, o carinho dEle por mim.

Ainda Sto. Agostinho diz o seguinte: “Tu és o médico, eu sou o enfermo. Tu és misericordioso, e eu sou o miserável”.

Diante disso é que não me canso de pedir auxílio ao Espírito Santo, para que Ele me oriente quanto às faltas por mim cometidas e em especial aquelas que se encontram escondidas no mais íntimo do meu ser. 

Na minha condição de miserável é que me prostro diante de Jesus Misericordioso, aquele que não condena jamais... E escuto-O falando: “Também eu não te acuso. Vai e não tornes a pecar!”


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