quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A maturidade mora na escuta


Todo ser humano traz em si uma profunda necessidade de auto-afirmação. Todos desejam a valorização por parte dos demais, porém, essa necessidade – de ser aceito e de se afirmar diante da vida – precisa trazer em si certa medida de equilíbrio e maturidade, pois, quando não é assim, tendemos a agir puramente aprisionados por nossos instintos.

Todo mundo quer ser acreditado, todos querem ter a razão e a verdade em sua conduta. Por vezes, queremos que nossa maneira de pensar seja acolhida pelos demais, mas, precisamos ter a consciência de que nem sempre estamos certos, e que não podemos exigir que nosso modo de pensar seja acolhido por todos como verdade absoluta.

As grandes catástrofes da humanidade se deram quando alguém ou um grupo específico fecharam-se apenas em um ponto de vista isolado, não se abrindo a outros focos de visão e acreditando serem os únicos donos da verdade.

Muitos são peritos em defender sua própria verdade, mas, verdadeiramente maduro é aquele que sabe ouvir e acolher o ponto de vista dos outros, abrindo-se ao diálogo e reconhecendo que os demais também têm coisas boas a ensinar e a oferecer, e, que, por esta razão merecem ser respeitados.

Todos têm algo a nos ensinar, o ponto de vista alheio contempla realidades não percebidas por nós. É feliz quem sabe ouvir e acolher o que outro expressa, pois tal atitude faz com que sejamos pessoas mais completas, rompendo assim as barreiras do egoísmo que nos fazem acreditar que somente nós estamos certos.

Ouvir é uma virtude, e por meio do diálogo alcançamos grandes progressos.

A vitória mora na humildade, que sabe abrir mão de suas próprias razões, para que o outro seja um pouco mais, assim o consenso acontece e ambas as partes são capazes de crescer.

Quem sabe perder e ceder nas pequenas coisas, conquistará grandes realizações. Compreendamos isso e construiremos significativas conquistas em nossa história.


Pe. Adriano Zandoná, Comunidade Canção Nova

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