Jesus está na
sinagoga de sua terra. Era seu costume participar das reuniões na
sinagoga. Levantou-se para fazer a leitura. Certamente, com voz
firme e pausada, leu Jesus o famoso trecho de Isaías em que o servo do
Senhor é ungido pelo Espírito. “O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres;
enviou-me para anunciar a boa nova aos cativos…”.
Depois de
fechar o livro e num silêncio intensíssimo sentou-se. Todos tinham os voltados
para ele, para esse filho de Nazaré…. E ele: “Pois bem, em mim se
realizam as palavras que ouvimos. Eu venho para libertar os prisioneiros de
suas cadeias e prisões que foram causadas por seus desvarios. Venho
anunciar um tempo de graça e de paz aos pobres, aos pobres de comida e aos
pobres que se sabem pecadores e frágeis e que choram por esta razão. Hoje
se cumpriu em mim esta passagem das Escrituras que acabais de ouvir. Venho para
abrir os olhos aos cegos, reforçar os joelhos que fraquejam,
desimpedir os ouvidos dos surdos. Venho para a grande festa da
libertação”.
Outra não é
tarefa da Igreja do ressuscitado senão, através de todos os discípulos,
anunciar esse ano de graça. Cabe a ela reunir no albergue das comunidades
os cegos que querem enxergar, os surdos que precisam ouvir uma palavra que os
liberte, os mudos que precisam explodir no louvor de Deus.
Quando nos
reunimos para ouvir as Escrituras temos a alegria de ver
concretizadas as promessas de ontem em Jesus, e de alguma forma, naqueles
que assumem no hoje do mundo a missão de Cristo.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
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