Nosso
Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao Batismo: "Ide por todo o mundo
e proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será
salvo" (Mc 16,15.16). O Batismo é o primeiro e principal sacramento do
perdão dos pecados, porque nos une a Cristo morto por nossos pecados,
ressuscitado para nossa justificação, para que "também vivamos vida
nova" (Rm 6,4).
"No
momento em que fazemos nossa primeira profissão de fé, recebendo o santo
Batismo que nos purifica, o perdão que recebemos é tão pleno e tão completo que
não nos resta absolutamente nada a apagar, seja do pecado original, seja
dos pecados cometidos por nossa própria vontade, nem nenhuma pena a sofrer para
expiá-los. (...) Contudo, a graça do Batismo não livra ninguém de todas as
fraquezas da natureza. Pelo contrário, ainda temos de combater os movimentos da
concupiscência, que não cessam de arrastar-nos para o mal."
Neste
combate contra a inclinação para o mal, quem seria suficientemente forte e
vigilante para evitar toda ferida do pecado? "Se, portanto, era necessário
que a Igreja tivesse o poder de perdoar os pecados, também era preciso que o
Batismo não fosse para ela o único meio de servir-se dessas chaves do Reino dos
Céus, que havia recebido de Jesus Cristo; era preciso que ela fosse capaz de
perdoar as faltas a todos os penitentes, ainda que tivessem pecado até o último
instante de sua vida."
É
pelo sacramento da Penitência que o batizado pode ser reconciliado com Deus e
com a Igreja:
Os Padres da Igreja com razão chamavam a Penitência de "um Batismo laborioso" (São Gregório Nanzianzeno). O sacramento da Penitência é necessário para a salvação daqueles que caíram depois do Batismo, assim como o Batismo é necessário para os que ainda não foram regenerados (Concílio de Trento).
Catecismo
da Igreja Católica, § 977-980
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