quarta-feira, 20 de março de 2013

Leitura Bíblica: Daniel 3



Sidrac, Misac e Abdênago não se dobraram às determinações de Nabucodonosor. Recusaram adorar os deuses do rei.  Este, então, os ameaçou: “E agora quando ouvirdes tocar a trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes a adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?” Os jovens se recusaram e foram lançados na fornalha ardente. Maravilhosamente, as chamas não queimaram os jovens e havia uma quarta pessoa  que parecia um filho de Deus circulando entre as labaredas. Deus se fez presente no meio das chamas e foi libertador e providência dos valentes jovens, corajosos e cheios de fé.

“A proteção de Deus não é sempre visivelmente maravilhosa e magnifica como na história  dos três jovens. Mas  é necessário dar tempo ao desígnio de Deus, a fim de poder vê-lo em seu conjunto, quer com relação a nós pessoalmente, quer na vida da Igreja. Então, aquilo que parecia casual, repetitivo, falho, provisório, assume seu posto e seu valor. Então, também de nossos corações pode prorromper, sincero e festivo, o cântico de louvor a Deus. Ele já estava presente, já agia e nos libertava, quando parecia inexistente, insignificante.  Às vezes, Deus “manda seu anjo”, ou seja, faz perceber exteriormente  sua intervenção, mas sempre e em toda parte os acontecimentos, em seu impulso fundamental, procedem  dele e a ele conduzem por caminhos misteriosos.  Esta foi a fé dos três jovens e de todos os mártires.  Esta deve ser a nossa fé”  (Missal Cotidiano da Paulus, p. 301).

A coragem dos mártires, a audácia de viver a fé cristã: como isso é importante neste tempo de incertezas. É mérito de cada pessoa, mas antes de tudo, é resultado de uma ação providencial do Senhor a fidelidade aos desígnios do Senhor no meio das tribulações. No coração de nossa vida, depois de termos atravessado vales difíceis e escalado altas montanhas sentimos que houve uma presença que nos tornou fortes para os embates e combates. Nem sempre distinguimos essa presença, mas temos certeza de que, no meio das labaredas da vida, “um anjo” esteve presente ao longo de nossa vida.

Frei Almir Ribeiro Guimarães

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