“Ai dos
pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha
pastagem…”. “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque
eram ovelhas sem pastor…”.
E hoje… e
ontem… mais hoje… o que vemos? Há essas
crianças que nascem sem o respaldo de um uma família, numa casa onde não
se fala do sacramento do matrimônio nem do pastor que dá a vida pelos
seus. Vivem com colegas que não têm fé e vida cristã… e essas
crianças e seus colegas… crescem sem ter uma pessoa que lhes diga as coisas
essenciais da vida. Pode até ser que venham a fazer a primeira comunhão…
Mas, isso nunca bastou!
Há esses
casados que precisam trabalhar, lutar, comprar, vender… e não
pertencem a um grupo de oração, a um círculo de aprofundamento conjugal.
Não lhes sobra tempo. Talvez os pastores tenham certa dificuldade em lhes falar
dos temas de Igreja doméstica, de espiritualidade conjugal… Há
esses homens e mulheres da Igreja que conservaram apenas um certo cristianismo
meio infantil, que aprenderam doutrinas no começo… sem terem tido ocasião de
confrontar sua história pessoal com a fé…. Ovelhas sem pastor!
Culpa dos padres? Culpa de quem? De ninguém e de
muitos. Não temos tido a coragem de inventar o novo… e nossa pastoral,
algumas vezes, se tornou seca, legalista, de cursos e não de uma
paixão louca pelo Cristo.
Marcos, no
evangelho hoje proclamado, dá a entender que Jesus e os apóstolos andavam
assoberbados e quase estressados. Jesus mais de que depressa
convida-os a descansar… a se retirarem para um lugar deserto. Na verdade
havia tanta gente indo e vindo que Jesus e os seus não tinham tempo para
comer. E vão então para o outro lado do lago. E as pessoas correm
atrás. Quando o barco chegou as multidões já estavam lá… Nesse
momento é que Jesus pronuncia a famosa frase que nos deixa pensativos:
“Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como
ovelhas sem pastor”.
Cristo é o bom
Pastor previsto e predito por Jeremias: “Suscitarei para as ovelhas
novos pastores que as apascentem; não sofrerão mais o medo e a angústia,
nenhuma delas se perderá, diz o Senhor”.
Frei Almir Ribeiro Guimarães
Nenhum comentário:
Postar um comentário