Certa
dama muito rica, desejava praticar a caridade de forma ampla e eficiente.
Depois de refletir alguns dias, resolveu
aconselhar-se com um amigo que desfrutava excelente conceito pela sua grande
sabedoria e pelo seu bom coração.
- Encantado, porém há uma caridade de primeiro
grau, a que todos estamos obrigados. Consiste em evitar que o próximo padeça
por nossa culpa. A simplicidade e a sobriedade devem ser imitadas porque
diminuem a dor da espécie humana... enquanto a vaidade a ostentação e o luxo a
aumentam de muito. Assim não se pode esquecer de que a legitima caridade começa
pelos que estão mais próximos, entre os quais os mais humildes servidores.
Realizado tudo isto, se ainda mais for possível, iniciará outra caridade ainda
maior.
- Solicitei sua opinião sobre a melhor forma de
empregar o meu dinheiro em obras de beneficência. Não pedi conselhos sobre a
minha vida.
- Acreditei, senhora, que se tratava de vossa
caridade, de vosso amor aos que sofrem. Vejo porém, que toda dúvida esta em
como deveis empregar vosso dinheiro. Em tal caso, entendo que deveis consultar
um homem de negócios.
A preciosa senhora resolveu refletir melhor.
Do livro “Terra Virgem”, Constâncio C. Vigil
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