terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A fé abraça o infinito



Que é o que a razão compreende? Quase nada; mas a fé abraça o infinito. O que crê está muito acima do que discorre, e a simplicidade do coração é preferível à ciência que alimenta a soberba.

O desejo de saber foi quem perdeu o primeiro homem: buscava a ciência, achou a morte.

Deus, que nos fala na Escritura, não quis satisfazer nossa curiosidade vazia, mas iluminar-nos acerca de nossos deveres, exercer nossa fé, purificar e nutrir nossa alma com o amor dos verdadeiro bens, que todos estão encerrados nele.

A humildade de espírito é, pois, a disposição mais necessária para ler com fruto os livros santos; e já não é pouco compreender quanto eles são superiores à nossa razão fraca e limitada.

Apareceu, luz divina, à gente que estava como em trevas pecados; aparece também ao meu espírito, quando leio e medito vossa palavra na Sagrada Escritura. Oh, luz divina que nunca escureça, oh, resplendor celeste que nunca se tenda às trevas, oh, dia formoso que nunca anoiteça, oh, sol brilhante que não se tenda ao anoitecer, caminhai com vossa formosura e entrai nesta alma que está desejosa de vossa claridade; enchei-a de vosso clarão divino para que em vós entenda a verdade, por vós a pratique e goze de vós, que sois a eterna verdade.

Do Livro “Imitação de Cristo”

Nenhum comentário: