sábado, 2 de junho de 2012

O lugar do meu refúgio é o teu colo


O texto abaixo foi publicado originalmente no blog gocarnaubadosdantasrcc.blogspot.com.br. Minha humilde contribuição para as reflexões marianas postadas pelo blog da Renovação Carismática Católica Carnaubense:

“O lugar do meu refúgio é o teu colo, onde eu posso me deitar e ser amada...” Este foi o tema que o Senhor escolheu para mim, para que eu pudesse falar com você sobre Maria. Antes de tudo, gostaria que você compreendesse que este não é somente um artigo, é também um testemunho de vida.

Eu quero começar falando de uma criança que aos seis anos de idade, sem nada compreender, viu sua mãe sendo tirada do seu convívio. Assim inicia a minha história com Maria. Cresci sem a presença da figura materna e com as consequências naturais desse fato. Coisas como passar o dia das mães sem uma mãe para abraçar, para presentear, para quem eu pudesse confeccionar um trabalho na escola, me deixavam muito triste. Durante anos esse foi o sentimento que senti. Até mesmo participar da Santa Missa nesse dia era causa de muita tristeza para mim.

A revolta contra Deus, por causa disso, também fez morada em meu coração, não posso negar. Como o insensato do Salmo 14, muitas vezes eu disse: “Deus não existe!” Porém, o Senhor que conhece tudo, sabia que esse não era o meu caminho. Com o tempo, Ele conseguiu me resgatar desse mar de angústia e colocar no meu coração que não havia esquecido de mim. E aí, fui tomando consciência que não só uma, mas duas mães estavam cuidando de mim o tempo todo.

A certeza desse fato foi acontecendo na minha vida de forma gradativa. Comecei sentindo o desejo de acolher Maria como minha mãe invisível. A partir daí, o amor filial foi renascendo no meu coração, a vontade de ter Maria como minha mãe foi crescendo. Esses primeiros encontros entre Mãe e filha aconteceram em momentos de tristeza, em que me sentia desamparada. E fui descobrindo no olhar sereno de Maria que Ela foi presenteada por Jesus também a mim. E a cada nova experiência ouvia Jesus me dizer: “Eis aí a sua mãe...” À medida que a minha intimidade com a Mãe de Jesus aumentava, eu via que com ela eu podia contar nas horas em que precisava do colo de uma mãe. Passei a fazer isso, passei a procurar consolo em minha mãezinha do céu. Com o tempo, passei também a acreditar que o lugar da minha mãe, Ana Constância, sempre foi ao lado de Jesus. A Virgem Maria, aquela que Jesus me ofereceu como mãe, me ensinou a acreditar em Deus, a acreditar mesmo quando não entendo.

Termino esse texto lembrando a vocês que temos SIM uma mãe que está à nossa disposição a qualquer hora e em qualquer lugar. Eu hoje não tenho receio nem vergonha de pedir auxílio à Maria, minha mãezinha do céu. Com ela eu sei que posso contar. O lugar do meu refúgio é o seu colo, onde eu sei que posso amar e ser amada.

Peço a Deus que estas simples palavras penetrem no coração de você que, por providência divina, está a lê-las. Que, como eu, você possa se sentir amado(a) e acolhido(a) no colo da Mãe de Jesus.


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