“Entre os homens, são poucos que chegam à outra margem; a maioria fica correndo para cima e para baixo sempre do mesmo lado do rio” (Mouni Sahdu).
Estamos
iniciando um tempo de travessia! O deserto é um lugar inóspito… É o lugar onde
a vida mais luta para prevalecer. É o lugar do encontro com nossos medos,
sombras e limites. Neste lugar simbólico enfrentamos nossas “tentações” de não
aceitar nossos limites, nossas fragilidades, nossa humanidade… Vencer tais
tentações é a chave para encontrar nosso equilíbrio humano, enraizados em nossa
história e no chão de nossas vidas.
A encarnação
de Jesus na nossa humanidade quer nos apontar que devemos também nos humanizar.
Quando não aceitamos nossa condição humana, o diabólico começa a agir em nós
querendo que sejamos aquilo que não somos. Quando aceitamos nossa condição
humana, crescemos e evoluímos em nossa essência, pois aprendemos que o outro é
feito do mesmo “húmus” que eu. Daí não existe espaço para julgamento e nem para
condenação… Cria-se um vínculo entre o que sou e o que a humanidade é…
Frei Paulo
Sérgio, ofm
Nenhum comentário:
Postar um comentário