quarta-feira, 11 de abril de 2012

Os “ismos” modernos


Desde o Concílio Vaticano II a Igreja vem nos esclarecendo mais intensamente sobre o que há de bom e santo na modernidade, mas também nos adverte sobre os perigos das ideias contrárias ao Evangelho de Jesus Cristo, as ideologias pagãs, os costumes e as práticas que induzem o Povo de Deus aos tantos relativismos modernos. O Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) muito tem falado sobre o perigo do “Relativismo” e dos “ismos modernos”. É o esforço do homem de se emancipar de Deus e ter uma vida eterna e feliz sem o auxílio de Deus. O sacrifício de Cristo de nada valeu para esses “ismos modernos”. Muitos nem acreditam que seja Ele o Filho de Deus. As falsas religiões e seitas se utilizam muito desses “-ismos”, de suas filosofias, símbolos e mentalidades para fazerem suas pregações e discursos. Alguns “-ismos” se confundem e é necessário conhecer bem a Doutrina Católica para identificar o que há de errado nessas ideologias e pensamentos. Vejamos alguns dos mais propagados:

  • Ø  Iluminismo e Reinado da Razão: Surgiu primeiramente como “movimento filosófico cultural na Europa” (Séc. XVIII), mas logo mostrou sua forma errônea e ideológica de ver o homem. Trata-se de uma supervalorização da Razão. Todas as realidades são explicadas pelas faculdades do homem (inteligência), por isso a crença no cientificismo, ou seja, só é digno de crédito o que é provado pela experiência através da Ciência. Os especialistas são os donos da verdade. O iluminismo quer impor suas leis ao Estado e, por isso, é contrário a toda forma de Lei Eclesiástica, à Moral da Vida Cristã e à Doutrina Católica. Gerador de um individualismo cruel, que coloca o homem como independente de Deus, da fé e da Religião Cristã, continua se ramificando em todos os seguimentos da sociedade. Vejamos alguns exemplos:
  • Ø  Racionalismo: Tantas vezes tem usado o nome de “racionalismo cristão”, mas não é nada cristão. São críticos ferrenhos da religião cristã. Ridicularizam as verdades da fé. A filosofia do racionalismo é ateia, obscurantista. Ora, é preciso esclarecer que este mundo não é absoluto, mas finito, pois é obra do Criador. Somente Deus é o Absoluto, o Eterno. Deus não é simplesmente “uma força, uma energia” que se extrai da capacidade intelectual, mas é um Ser Pessoal, Ser Espiritual, Sumo Bem, Suma Verdade, que se comunica conosco e nos ama infinitamente.
  • Ø  Agnosticismo: Prega uma vida puramente natural sem relação com Deus. Diz: “Não podemos crer. Se Deus existe ou não, ninguém pode provar”. São aqueles que querem “prova para atestar se realmente aquilo é verdade”. Andam de braço dado com o ateísmo que assume a bandeira de que Deus é uma ilusão, não existe (ateus).
  • Ø  Ceticismo: Ensinam que somente as sensações, instáveis ou ilusórias, podem ser o parâmetro dos nossos juízos sobre a realidade. A felicidade vem pelo simples equilíbrio das faculdades mentais.
  • Ø  Positivismo: inspirado a criar uma religião da humanidade. Para ele nada há de sobrenatural, portanto, não existe um Deus no céu. Tudo em que creem se baseia na Ciência. Aqui se predomina literalmente a substituição do primado de Cristo por um “pretenso primado do homem”.
  • Ø  Materialismo: Trata-se de uma supervalorização da matéria e desprezo pelo sobrenatural. A posse desregrada, a obsessão por dinheiro, o consumo que escraviza, o individualismo, a ganância, as “ideologias de mercado e da sociedade socialista” são predominantes em suas ideias.
  • Ø  Hedonismo: A mentalidade hedonista moderna propõe o prazer pelo prazer e o prazer e satisfação imediatos em detrimento de valores morais. Ter prazer e satisfação é o principal objetivo da vida. O hedonismo não se refere somente ao uso da sexualidade, mas também à cultura imediatista e consumista que não sabe esperar para ter a satisfação que julga precisar imediatamente. Nesse sentido, é o pano de fundo para o uso de drogas, álcool e sexo sem compromisso.

Extraído do Livro “Enchei-vos – Seminário de Vida no Espírito Santo”

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